A batata quente de Valdemar

O comando do PL vai se reunir nesta terça (11) com o líder da bancada, deputado Altineu Côrtes, e tentar encontrar uma solução para os problemas de relacionamento surgidos entre bolsonaristas e não-bolsonaristas após a votação da reforma tributária, quando vinte deputados votaram a favor.

A avaliação de Valdemar Costa Neto, segundo seus interlocutores, é que a hostilidade entre os membros da bancada ocorre porque o ex-presidente Jair Bolsonaro fez a reforma parecer uma luta entre direita e esquerda, quando era uma demanda de setores econômicos da sociedade.

Segundo uma fonte do partido, reuniões de líderes de bancadas do Senado e da Câmara com Valdemar e Bolsonaro se tornaram semanais desde o retorno dele ao Brasil. Mas; por se tratar do encontro seguido à votação, se tornará um espaço para encontrar soluções.

Nesta segunda (10), o jornal O Globo divulgou a troca de acusações e insinuações no grupo da bancada no WhatsApp. O clima ficou tão ruim, que o líder suspendeu por um tempo a possibilidade de enviar mensagens para o grupo.

Há um jogo de tensionamento no PL. Ao mesmo tempo que bolsonaristas atacam quem votou pela reforma, partiu de Valdemar Costa Neto a decisão de o partido não punir quem votasse com o governo. Ele não quer transformar a legenda num espaço controlado pelos bolsonaristas mais radiciais.

Segundo um aliado do dono do PL, Valdemar quer criar um ambiente em que os bolsonaristas possam exercer seu mandato, trazendo voto e dinheiro para a legenda, sem que ele perca o controle do partido, nem rompa com o establishment.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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