A incerteza segue

A articulação política de Lula sabe que a posse nesta quarta (13) dos ministros do Republicanos e do PP não garantirá voto em temas contrários ao perfil conservador do Congresso —e não se trata de pauta comportamental, mas das pautas econômicas mesmo.

Um exemplo. No almoço de ontem com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, se esmerou para convencer os parlamentares de que não há por parte do governo, quando tenta taxar o lucro sobre incentivos estaduais, interesse em aumentar imposto, mas o de tapar “brechas que prejudicam a livre concorrência”. Não conseguiu convencer.

Parlamentares de PP e Republicanos deixaram o encontro dizendo ser praticamente impossível a Câmara aprovar a medida provisória apresentada no início do mês. Ou seja, as bancadas terão ministério, mas o voto não é automático.

Outra briga contratada é a vontade do governo de deixar com a Fazenda a responsabilidade por aprovar as outorgas das empresas de apostas. O grupo do presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (AL), já trabalha para mudar para o Ministério dos Esportes, que ficará com o PP. A legenda de Lira quer sob seu guarda-chuva a liberação das outorgas e sua fiscalização.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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