Air Metamorfose One

Lula exigiu – e tem direito a – novo avião, com especificações compatíveis às necessidades de um presidente com protagonismo internacional: suíte privativa de casal, com chuveiro; sala de reuniões; autonomia de 16 horas de voo, sem escalas; dobro da capacidade de passageiros. Óbvio que será criticado, sempre pelos mesmos, que preferem aviões com capacidade de transportar joias sauditas na vinda e cocaína na ida, sem necessidade de área privativa para o casal presidencial e na configuração que permita ao presidente circular contando piadas sujas para os asseclas.

Lula e Janja pagaram o tributo de fazer amor na saleta da PF com a barricada petista a preservar-lhes a intimidade; não faz sentido o presidente percorrer o corredor do avião para ir ao banheiro – com mais forte razão quanto à primeira dama; a sala de reuniões e maior capacidade de transporte são indispensáveis a um governo com tantos inimigos, ancorado a três dezenas de partidos a viajar no mesmo avião. Em tempoperdeu a graça, está vencida a chatice do ‘Aero Lula’. O avião é do Estado, a serviço de todo e qualquer presidente, atual e futuro.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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