Almir Feijó, olhar maior da crítica de cinema

Neste domingo, 6, morreu em Almirante Tamandaré, o jornalista e publicitário Almir Feijó Junior, a grande referência da crítica de cinema de Curitiba no século 20.  Ele morava no Nosso Lar, Casa de Idosos, plenamente assistido pelo filho, Rodolpho Feijó, fruto de união de Almir e  Marlene Zanini, ex-vereadora em Curitiba. Numa cerimônia reservada à família, houve cremação do  seu  corpo, no Crematório Vaticano. Oportunamente, ampliaremos nosso olhar sobre o amigo desaparecido.

Voa, meu pai. Voa que o céu é teu. Estivemos juntos até o fim. Agora chegou a hora de você descansar. Mais um que este vírus maldito levou. Desfaça estas mãos cruzadas, meu pai. Jogue fora este terno preto. Abraços braços e voe bem alto. Agora você é poesia. Um filme do John Wayne, uma sinfonia de Mahler, um haikai do Leminski, um quadro da Helena Wong, um solo do Charlie Parker, um canto da Billie Holiday. Tudo aquilo que você mais gostava. Eles estão todos lá estão te esperando. Um dia a gente se reencontra, pai. Aí juntos, eu e você, nas crinas do seu unicórnio, viajando entre as galáxias, cruzando oceanos de luz, iremos visitar aquele lugar onde nascem as estrelas e que só você sabe
me mostrar. Amor, amor, amor. Rodolpho

R.I.P.  + Almir Feijó Júnior (1950-2021)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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