O governo do fracasso

O homem agora está inaugurando parques residenciais em Maceió, RN. Governo sem obras é assim: pintou uma valeta nova, lá está ele inaugurando-a. Um pontilhão ligando nada a coisa alguma, idem. Em regra, são pequenos trabalhos municipais ou estaduais. Quando não inacabados, como ocorreu no ano passado em Goiás. Já abraçou a autoria, inclusive, de obras federais feitas ou iniciadas nos governos anteriores.

Justiça seja feita: quando assumiu o trono, no início de 2019, em um almoço dos EEUU, ele avisou que não iria construir nada. Surpreendentemente, disse que “Nós temos é que destruir muita coisa. Desfazer muita coisa”.

Pensou-se que fora força de expressão, conversa para a sua plateia. Nada disso, até agora, o governo de JMB cortou investimentos em infraestrutura, na saúde, na educação, na cultura, na ciência, na pesquisa, no combate à miséria; acabou com o Bolsa Família, acolheu e acoitou bandidos no governo, esvaziou as universidades, incentivou o desmatamento, a mineração ilegal, o tráfico ilegal de madeira, a invasão de terras indígenas e atacou a imprensa. Deixou centenas de milhares de brasileiros morrerem de Covid-19 e fez o que mais adora fazer: mentir, mentir, mentir.

É um paspalhão que está fazendo muito mal ao Brasil. Mas pretende continuar desgovernando. Ainda que precise valer-se de obras alheias.

Só para lembrar: em outubro do ano passado, s. exª. organizou uma cerimônia de inauguração do Ramal do Agreste em Sertânia (PE), cuja função seria levar água a 68 municípios pernambucanos. O problema é que, para funcionar, o ramal depende da Adutora do Agreste, obra que está parada porque o próprio presidente vetou, em abril passado, os recursos para concluí-la. Ou seja, inventou a transposição da seca.

Também já inaugurou obras prontas e inauguradas. Exemplo: em maio de 2021, “inaugurou” o viaduto da PRF em Alagoas. A estrutura, no entanto, já estava em funcionamento desde 23 de dezembro de 2020, quando foi entregue pelo governador Renan Filho. A obra foi financiada com recursos transferidos pelos governos de Dilma Rousseff e de Michel Temer, em convênio com o governo de Alagoas.

Qualquer dia, assumirá a transposição do Rio São Francisco, idealizada no tempo do Império, iniciada no governo Lula e continuada no governo Dilma. Aliás, já andou arrolando-a entre as “suas obras”. Ora, quando o destrambelhado chegou à Presidência, 97,5% da transposição estavam concluídos. E, mesmo assim, por pouco, ele não a finalizou. Se a obra seguisse o ritmo do seu modus operandilevaria 43 anos para ser terminada, afirmam os entendidos.

Nunca, em tempo algum, o Brasil teve uma administração tão nefasta, que conseguiu – isto sim! – espalhar o ódio e a violência entre os brasileiros, jogar irmão contra irmão e desmoralizar o Brasil internacionalmente.

Se for preciso rezar para tirar o indigitado do trono brasiliense, rezemos. Não sou eleitor de Lula, não votarei nele e continuo mantendo a minha opinião sobre ele, várias vezes exposta claramente neste espaço. Mas qualquer candidato é melhor que aquele cujo nome não deve ser dito nem escrito. A sua continuidade na presidência será um castigo insuportável, que o Brasil não merece receber.

E tem gente que não enxerga!

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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