Carma

A REDE GLOBO está no sufoco com o vai-não-vai da renovação de seu contrato com a televisão de Fernando Collor em Alagoas. Tradicional repetidora, com vínculos antigos entre as famílias Marinho e Collor de Mello, a Globo rescindiu o contrato com a empresa de Collor diante de repetidas condenações desta pela Justiça. A família Collor conseguiu liminar para impedir a rescisão, liminar essa que acaba de ser cassada pelo TJ/AL. Briga de cachorro grande em canil de elite, com toques cármicos.

Isso deve dar certa satisfação ao presidente Lula: em sua primeira eleição foi derrotado exato por Fernando Collor e em não pequena medida graças ao apoio da Rede Globo e à comentada edição que desfavorecia Lula no debate com o adversário. Claro que Lula já superou a dor, a Globo e ele, práticos que são, já se acomodaram; Lula até afirmou, em comício com a presença de Collor, que este fora injustiçado no impeachment. Mas sempre tem o schadenfreude, como os alemães chamam a alegria com a desgraça do inimigo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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