Sem combinado

O que mais irritou deputados sobre os vetos de Lula na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) é que os acordos sobre o texto passaram por ao menos quatro ministros, além de lideranças do governo no Congresso.

O único ponto divergente no texto do relator Danilo Forte (União Brasil-CE) era o cronograma para liberação de emendas parlamentares. Como não houve acordo, parlamentares já esperavam o veto.

Deputados do Centrão foram informados que Lula não vetaria trechos como os que tratam de recursos do Minha Casa Minha Vida e do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), mas foram surpreendidos.

Forte alega que se reuniu com Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), costurou um acordo e, mesmo assim, não foi cumprido o que foi acordado.

O deputado diz que chegou a ter a garantia de uma liderança do governo de que, tirando o trecho das emendas, todos os demais estavam acertados.

Ao Bastidor, um parlamentar já disse que o que ocorreu nos vetos da LDO repete o padrão de comportamento do governo ao longo do ano. Também reiterou que falta confiança do Congresso na articulação política. Segundo ele, o que surpreendeu dessa vez é que outros ministros foram envolvidos, como Haddad e Tebet, e nem assim o governo cumpriu o que foi acordado. 

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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