Dez anos do KeyNews

Da capo: origens O Key San criou o blog para mim em fevereiro de 2013, mas só comecei a fazer postagens intensivamente a partir de março. Inicialmente a ideia para o nome era KANEWS, isto é, notícias do Canil do Key. Mas este nome já estava ocupado, e a ideia ficou reduzida para Keynews, notícias do Key. Primeira condição: nada de interação, tem muita gente circulando nesses meios internéticos e que comenta tudo o que lê – eu investiria muito tempo em responder às observações.

Além do mais, a intenção era apenas postar coisas e recomendar aos conhecidos durante conversas:    “- tá lá no blog, se te interessar”. Essa linha foi mantida ao longo desses dez anos: as postagens são basicamente minhas pesquisas para aulas sobre Arquitetura no Brasil e no Paraná – são as mais procuradas, segundo informações do WordPress. Mas também reflexões inevitáveis para um leitor costumaz de gibi e apreciador de velhas revistas. Uns poucos cartuns fotográficos “que ninguém quer publicar”, crônicas publicadas em jornais que não chegam a Curitiba y otras cositas mas. Claro, indignações relacionadas ao patrimônio cultural e à cidade: desde a administração Ney Braga, nos anos cinquenta, nada do que acontece em Curitiba me passa despercebido. Reconheço que tivemos alguns bons prefeitos – ainda gosto da cidade, apesar de tudo o que se diz e faz contra ela, e não vejo razão alguma para deixar de protestar, como forma pessoal de participação. Corte de árvores – principalmente araucárias -, “verticalização e adensamento”, carrismo, maloqueirismo, vandalismo, obrigatoriedade de celular, estão entre meus alvos principais. EVIDENTE que não tenho a menor consideração pelo que é politicamente correto, invenção americanosa para entortar e regredir os rumos da civilização, levando para os tribunais o que é atribuição das salas de aula.

Explicação

TODOS esses troços digitais – computador, celular – são uma chatice. Não sei se cheguei ao planeta muito tarde – e já não tenho paciência para transformações obrigatórias – ou muito cedo, antes dessa parafernália ser coisa que se possa assimilar sem estourar os bagos.

Reconheço – como se quem produz essas coisas precisasse disso – que, em alguns aspectos, o digital foi fantástico – é só pensar, por exemplo, na fotografia: o percurso antigo (desde ter uma câmera cara e filmes, o moroso processamento até a imagem impressa) e o atual, no qual até mesmo se prescinde – aliás imprudentemente – do impresso.Da mesma forma, um texto – ainda faço os meus manuscritamente, para não me irritar com o Word, único programa que conheço razoavelmente – da machina dactylographica até o impresso num jornal, revista ou livro, não há comparação possível. Quem já viu um incunábulo ou teve o privilégio de visitar a Biblioteca Laurenziana, pode avaliar ao quanto de bom e de ruim chegamos.

Isso é para explicar porque este blog tem um visual tão simples – podem chamar de simplório, se assim lhes apraz – considerados os recursos disponíveis. Falta paciência para digerir os atalhos existentes, mesmo com os tutoriais – chatos, pernósticos e longuíssimos, feitos para piazada que, como bem disse o Ziraldo, em vez de chocalho, ganhou mouse no berço.

Desempenho

Apesar dos esforços e minuciosas estatísticas do WordPress, não tenho muita paciência para me preocupar com frequências e falta delas no blog. Mas sei que oscilam – não entendo nem me incomodo muito com elas – entre um mínimo de 10 e 30 diárias, com exceções que podem chegar ao absurdo, como quando defendi a Ponte Preta e, em três dias, tive VINTE MIL visualizações. ÛRRA! Mas também não é raro chegar perto das 100 diárias.

2014|21.581 – 2015|19.418 – 2016|17.320 – 2017|35.586 – 2018|16.698 – 2019|10.939 – 2020| 10.233 –  2012|7.253|- 2022 – 6.114

Mais importante que esses números, foi a qualidade dos contatos que o blog me proporcionou, gente que usou minhas postagens em trabalhos, acadêmicos ou não, e me procurou para aprofundar no assunto. Ou brasileiros e não – brasileiros que tomaram conhecimento de itens da cultura paranaense/brasileira por esse caminho. Alguns amigos deram origem a postagens, e algumas postagens deram origem a amizades… As 355 postagens feitas até agora, me são bastante satisfatórias.

Colegas

Não tenho paciência para navegações internéticas, a não ser para procurar músicas. Mas reconheço que tem uns sites que não apenas frequento como também recomendo:

htpps://jhbdesign.com.br

https://cartunistasolda.com.br

https://palavradobo.blogspot.com

https://bit.ly/cartoons_strips_illustrations_etc

https://circulandoporcuritiba.blogspot.com

Por que não falo de política

Minha avó era mais proverbial que a Tia Zulmira do Stanislaw Ponte Preta: tinha tantos ditos que desconfiávamos que havia uma produção própria. Mas o importante é que sempre apareciam oportunamente e sempre “matavam a cobra”, encerrando o assunto.

(Confira nos arquivos de abril de 2022)

E um dos provérbios que mais me aproveitam, era enunciado com nojo: “a única coisa que se ganha ao pisar na merda, é o sapato sujo”. Preciso como um tiro de fuzil com mira telescópica…

Selfie: eu e a musa

INTER ARMA SILENT MUSAE   (apud dicionário do Paulo Rónai) Por mim, esse antigo aforismo greco-romano (civilizações guerreiras, portanto) tinha que ser invertido:

NA PRESENÇA DAS MUSAS, SILENCIEM AS ARMAS!

https://keyimaguirejunior.wordpress.com

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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