Lágrimas do crocodilo

BOLSONARO nega o jantar em Belo Horizonte com Guilherme de Pádua, o assassino de Daniela Perez. Em gesto de rara empatia, exige respeito a Glória Perez, mãe da vítima. Não fosse raro a e externado no período eleitoral, o gesto é de levar ingênuos às lágrimas de emoção.

Então lembramos o desdém de Bolsonaro com o assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira por traficantes de madeira da Amazônia devastada em seu governo inoperante. E de imediato vêm à mente os mortos pelo covid, cujo risco Bolsonaro aumentou ao impor um general de intendência inepto como ministro da Saúde.

A empatia de Bolsonaro não é com Glória Perez. Pelo Método Bolsonaro nas tragédias, a empatia é com ele mesmo, porque quase morreu com estocadas, como aconteceu com Daniela Perez. A empatia de psicóticos como Bolsonaro é tão representativa de sofrimento como as lágrimas do crocodilo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Rogério Distéfano - O Insulto Diário. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.