Há sangue frio (2)

O protofônico que tem medo de virginia wolff não quer esperar a perícia montada; de como ser vaiado pela gargantula da républica curitibana: essa é mais uma tarifa para o supra hipócrita, amoscanhento regrudado no teto do aeroaperto do alfa rábius oculto entre teias de homens aranha; o parecer do banco central detona relatórios hediondos e condena reles vocês sabem quem a ler catataus e livros dos contrários por toda eternidade, para afugentar os corvos monossilábicos, parte do guruato lhe atira pedras, pratos de sopapos embotam o cérebro fétido: já não cogita, ergo, o caralhaquatro!

A mão que afaga é a mesma que desenha. Calungas desbotados se amontoam de maneira cruel em minha mesa.

Habeas corpus moles, nesse espaço de tempo, hipócrita mostra a bunda reluzente de necrófilo estapafúrdio, fanzines de carteirinhas abrem as bocálidas e respiram mau hálito resplandescente, barata com caspa, assim excitou o daltônico trevisélico emparelhado com o vampiro de curitiba na subida de sísifo, comendo o fígaro de prometeu acorrentado, tratando os algozes com respeitinho de adolescente, intumescido. Vade retro, hipócrita, quem te viu na mtv? Toda família curitibana tem um louquinho trancado no porão, macaqueando hipérboles antagônicas sobre eras trevisânicas, moléculas que andam de biciclétula. O protomedicato decidiu fechar as boticas, evitando tumulto barbalho defronte ao paulanque da marechal

Começam a chegar los libros, milhares deles, exército trivial, hoje é quinta-feira da semana passada, nada de novo, nada, nada, nada e de novo, sentenciou leminscoso, não dá em nada! Múmia leprosa habitando uma tumba em forma de atabaque (cadê os ovos que a galinha pôs?), o tear de chardin envigota marapendi; crustáceos bucéfalos procrastinam ao pôr-do-sol, morro de são paulo: vivo de curitiba; espantalhoso itarareense fincado no primeiro planalto, quilate mas não morde, me entupi guarani, sou fadado ao fracasso. Milhares de mulheres incendeiam sutiãs em protesto contra os peitinhos intumescidos das martasrochas. Um faulo prancis desmorona e desaba sobre o palestrante proibido. Uma procissão de lúgubre aspecto passa levando hipócritas à frente, estandartétrico, ensinando como se vaia curityba, num instante interveniente o povo mirrado desaquece e segue a ortografia, a parte da gramática que ensina a escrever corretamente as palavras.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Há sangue frio e marcada com a tag , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.