Jaguar

Retrato do incrível  Jaguar, e seus  90 anos bem vividos, que integra meu projeto com cartunistas brasileiros. A prova de que cartunistas são essenciais tem nome e se chama Jaguar, uma das pessoas mais importantes  na imprensa brasileira nos últimos 50 anos.

Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe (Rio de Janeiro RJ 1932). Caricaturista, ilustrador, desenhista, jornalista, cronista. Jaguar inicia sua carreira como cartunista, em 1957, na página de humor da revista Manchete.

No ano seguinte, a convite de Carlos Scliar (1920 – 2001), passa a colaborar com a revista Senhor, onde conhece Ivan Lessa e Paulo Francis (1930 – 1997). Na década de 1960, trabalha por oito anos no jornal Última Hora. Em 1968, lança Átila, você é um bárbaro, uma antologia de seus cartuns. Paralelamente ao trabalho de cartunista, é, durante 17 anos, escriturário do Banco do Brasil, emprego que abandona em 1971.

No banco, conhece Sérgio Porto (1923 – 1968), também funcionário e escritor, que sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, tem vários de seus títulos ilustrados por Jaguar. É um dos fundadores da famosa Banda de Ipanema, inaugurada no primeiro carnaval pós-golpe militar de 1964, e que congregava jornalistas, escritores, cineastas, atores, músicos, artistas plásticos e cartunistas.

Funda em 1969, o semanário carioca O Pasquim, ao lado de Millôr Fernandes (1923), Tarso de Castro, Sérgio Cabral (1937), Henfil (1944 – 1988), Paulo Francis, Ziraldo (1932), entre outros. Em O Pasquim, cria o rato Sig, uma alegoria de Sigmund Freud (1856 – 1939), que se torna símbolo oficial do jornal, aparece na capa e no começo das matérias, e é o mascote da publicação. Dentre os personagens criados por Jaguar, além do rato Sig, destacam-se: Gastão, o vomitador; Boris, o homem tronco e o cartum Chopnics, publicado inicialmente no Jornal do Brasil.

Em 1999, edita a revista Bundas – satirizando a publicação Caras -, com Ziraldo e outros remanescentes de O Pasquim. Em 2000, lança o livro Ipanema – Se Não Me Falha a Memória, pela editora Relume Dumará, e, no ano seguinte, Confesso que Bebi, Memórias de um Amnésico Alcoólico, pela Record.

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Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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