“Nervosismo”, diz advogado sobre confusão entre os Príncipes

Advogado de réu do 8 de janeiro fez confusão sobre as obras O Príncipe, de Maquiavel, e O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry

O advogado Hery Waldir Kattwinkel Junior (foto) comentou a confusão em sua defesa de ontem, quinta-feira (17), quando representava um dos réus condenados pelo 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal.

Durante a sua arguição, o advogado confundiu as obras O Príncipe, do florentino Maquiavel, e O Pequeno Príncipe, do francês Antoine Saint-Exupéry.

Kattwinkel Junior atribuiu à obra francesa, um livro voltado principalmente ao público infantil, a ideia de que “os fins justificam os meios”.

Segundo o advogado, em entrevista ao Estadão nesta sexta-feira (18), a confusão se deu devido ao “nervosismo”.

Ele também afirmou que a repercussão da gafe é “o que mais causa tristeza no nosso País”.

“O que mais causa tristeza no nosso País é quando uma frase, dita de maneira errada por conta do calor da emoção, do nervosismo no momento, uma citação errada que foi prontamente corrigida, tem mais destaque do que as inúmeras violações de garantias constitucionais de um cidadão brasileiro, que ao meu entender, foram violadas. Como o princípio da presunção da inocência, da individualização da pena, o princípio da proporcionalidade, da razoabilidade”, disse Kattwinkel Junior ao Estadão.

Na quinta, em resposta à arguição do advogado, que envolveu críticas a Alexandre de Moraes, o ministro do STF chamou Kattwinkel Junior de patético.

“Patético e medíocre que um advogado suba à Tribuna com discurso de ódio, para depois postar nas redes sociais. Digo com tristeza que o réu aguarda que seu advogado venha defender tecnicamente. O advogado não analisou nada, nenhum dos crimes. Preparou um discursinho para postar em redes sociais. Isso é muito triste. Os alunos de Direito que estão aqui hoje tiveram uma aula do que não pode ser feito”, declarou Moraes. “Ele quis fazer uma média com os patriotas e só é mais triste porque confundiu príncipe de Maquiavel com o Pequeno Príncipe, que são obras que não tem nada a ver, mas quem não leu, vai no Google e dá problema. Realmente muito triste”, disse Moraes.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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