O feijão e o sonho

O secretário de Estado e atual deputado Ney Leprevost avisa que será candidato a prefeito. Não há novidade, a cada dois anos ele é candidato ou a prefeito ou a deputado. Daí porque sempre é deputado, porque as oligarquias municipais sempre se unem e ele não alcança seu sonho, a prefeitura. Bom moço, político leal, ele alerta o governador, de quem foi adversário em eleição para prefeito. Tudo indica que ainda não será desta vez que teremos o prefeito Leprevost, que ao Insulto começa a soar como útil à cidade, pois o candidato chegou aqui sem perder eleitores e admiradores.

Acontece que a eleição municipal está decidida, no sistema ferrolho das oligarquias Ratinho-Greca-Cury-Pimentel, com a não desprezível ajuda de Jair Bolsonaro. A tantas da campanha Leprevost irá apoiar o melhor colocado na disputa, pois sabe que em dois anos teremos eleições para deputado, quando será eleito na metade inferior da lista. Depois ganhará secretaria de Estado anódina e figurativa. Diferente de Campos Lara, o poeta de Orígenes Lessa, Leprevost nunca fica sem seu feijão, mas, frustrado como o poeta, continuará a alimentar o sonho.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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