Lula exigiu – e tem direito a – novo avião, com especificações compatíveis às necessidades de um presidente com protagonismo internacional: suíte privativa de casal, com chuveiro; sala de reuniões; autonomia de 16 horas de voo, sem escalas; dobro da capacidade de passageiros. Óbvio que será criticado, sempre pelos mesmos, que preferem aviões com capacidade de transportar joias sauditas na vinda e cocaína na ida, sem necessidade de área privativa para o casal presidencial e na configuração que permita ao presidente circular contando piadas sujas para os asseclas.
Lula e Janja pagaram o tributo de fazer amor na saleta da PF com a barricada petista a preservar-lhes a intimidade; não faz sentido o presidente percorrer o corredor do avião para ir ao banheiro – com mais forte razão quanto à primeira dama; a sala de reuniões e maior capacidade de transporte são indispensáveis a um governo com tantos inimigos, ancorado a três dezenas de partidos a viajar no mesmo avião. Em tempo: perdeu a graça, está vencida a chatice do ‘Aero Lula’. O avião é do Estado, a serviço de todo e qualquer presidente, atual e futuro.