Opções para o PL das Fake News

Lira tenta pautar o tema desde o ano passado

O governo Lula vai insistir na defesa pública da regulação das redes sociais, mas lideranças da base aliada reconhecem as dificuldades em fazer avançar o PL das Fake News. No ano passado, foram ao menos três tentativas de se levar ao plenário o texto do relator Orlando Silva. Sem sucesso.

As acusações de Elon Musk contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, reacenderam o debate. As divergências que impediram o projeto de avançar em 2023 seguem firmes. Governistas veem disposição do presidente da Câmara, Arthur Lira, em pautar o tema, mas o ambiente inflamado dificulta. Hoje, deputados se reúnem para debater o que será votado esta semana.

Com a resistência, a articulação política do governo começa a traçar alguns planos. Reservadamente, parlamentares admitem a possibilidade de se reiniciar a discussão com outro projeto, com um novo relator. É uma possibilidade, com alguma aderência na oposição, mas que não anima a base de Lula no Congresso.

Outra alternativa é retomar algumas iniciativas que foram tentadas durante o primeiro ano do governo Lula. À época, Lira, em acordo com o governo, decidiu fatiar o PL e levar à discussão somente o trecho que trata de fake news, deixando para outro momento o embate sobre direitos autoriais por conteúdo jornalístico e artístico compartilhado em plataformas. Com a pressão econômica das big techs, o objetivo era carimbar os deputados que usavam o discurso da liberdade de expressão para defender os interesses das gigantes do setor.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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