Os moristas e os humoristas

A raiva de muitos jornalistas com a candidatura de Sergio Moro é tanta que a coisa chega a ser engraçada

Na imprensa, a oposição aos moristas é a dos humoristas. Porque a raiva de muitos jornalistas com a candidatura de Sergio Moro é tanta que a coisa chega a ser engraçada. Acusam-no de ser quase tudo o que é ruim: parcial, autoritário, traidor, sem palavra, falso, radical, fraudador, maquiavélico, ilegítimo e por aí vai. Só não o acusam de ladrão, porque, bem, você sabe.

Os ataques partem de petistas, bolsonaristas e aqueles que podem ser definidos como temeristas (para os quais o Estado de Direito equivale a manter isso aí, viu?). Mas, como são bem mais numerosos nas redações e adjacências, os petistas fazem mais barulho. Tudo sempre sob o manto da imparcialidade jornalística, claro, porque petista não é besta de dizer que tem lado.

Todos batem tanto que qualquer crítica razoável ao ex-juiz se tornará suspeita. Tanto batem que Sergio Moro poderá virar bolo e crescer ainda mais por causa da oposição da imprensa.

Mario Sabino

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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