Encontro com o Putinh

Nazismo e comunismo é tudo mesma coisa. Falei isso pro Putinh e ele respondeu que não gosta do Carnaval, mas eu acho que o tradutor que faz gestinho com as mãos traduz errado, porque daí eu disse que ia lá falar com os eslavos, porque tenho um monte de amigos eslavos no Brasil, alguns nem são eslavos, mas eu chamo de eslavo pra sacanear, no fundo são tudo brincadeiras, eu sou muito brincalhão, e eu disse que ia bater um papo com os eslavos ali da Eslovenia, e o cara respondeu que curte mais o Maradona não por ser argentino, mas que o Pelé também foi um grande jogador, e eu prestei bem atenção no tradutor quando eu falei que ele devia fazer as pazes com o amiguinho, e o tradutor fez uns gestos feios que até preciso pedir pra Damares me traduzir, porque eu que não entendo nada desse código morse pude ler que ele disse uma coisa bem diferente, que envolve partes íntimas e tudo, e essas coisas Damares entende disso, que depois que viu Jesus na goiabeira só falta agora ela ver o Lenin, e até é bom que veja por causa que agora somos amiguinhos dos russos, e tudo porque aquele polaco de cabelo vermelho me desprezou, mas ele me paga, vou já já sentar no colo do Putinh.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Nelson Padrella - Blog do Zé Beto e marcada com a tag , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.