Elas

guerra-2Óleo sobre tela. © Isabel Guerra

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Adeus, ‘cumpade’ Ykenga

Ykenga foi um dos primeiros amigos que fiz no desenho de humor.

No final dos anos 80, quando lancei um jornalzinho de humor chamado ‘Cartoon’, ele  foi o primeiro cartunista que escolhi para entrevistar e convidar para participar do tablóide.

Ele trabalhava no jornal ‘O Povo’, na Lapa. A entrevista rolou no “Carlitos”, um boteco que ficava em frente ao Capela, na Mem de Sá, 96, onde Jaguar jantava com Madame Satã, tarde da noite.

A entrevista começou à tarde e entrou pela noite. Enchi três fitas K7. Falamos de tudo e bebemos todas. Ykenga era bom de papo e de copo. Depois da entrevista, ele me deu dois originais enormes, que tinha feito para a edição de ‘O Povo’, do dia seguinte.

Quando os garçons já estavam empilhando as cadeiras sobre as mesas, ele me pediu: “Me dá uma carona? Corajoso. Eu já não tinha condições sequer de dirigir pra mim, muito menos para os outros. Por sorte, na época, não havia Lei Seca. E lá fomos nós para o outro lado da poça. Só então o negão (época boa, podíamos chamar um amigo de negão, sem problemas) me disse que não morava “bem” em Niteroi, morava em São Gonçalo, longe pra cacete!

Levei Ykenga em casa, mas, na volta, não sei como, perdi as fitas com a entrevista e os desenhos que ganhei de presente. A entrevista nunca foi publicada. Não foi a primeira vez. Uma vez, depois de receber uma “Moção” da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro e uma medalha do vereador Pedro Porfírio, esqueci os dois em um táxi.

Participei com Ikenga de diversos salões e exposições de humor e fiz várias viagens com ele. Só para o “Salão Internacional de Humor Ecológico”, no Abraão, na Ilha Grande, foram 10 anos.

Carioca, Ykenga nasceu Bonifacio Rodrigues de Mattos, no dia 14 de maio de 1952. Estudou no Colégio Santo Inácio e é, por formação, desenhista técnico e sociólogo. Como cartunista Ykenga iniciou a carreira na década de 1970, no jornal alternativo “Favelão”, impresso e distribuído nas comunidades cariocas.

Iniciou profissionalmente a carreira de cartunista em 1970, no “Pasquim”, levado pelo Henfil, a quem foi apresentado pelo irmão Betinho, com quem Ykenga trabalhou no Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE).

Passou pelas redações de: ‘O Dia’, ‘O Povo’, ‘Cartoon’,  ‘Perú Molhado’, ‘Prensa de Babel’, ‘Última Hora’, ‘O Fluminense’, ‘Jornal dos Sports’, ‘Tribuna da Bahia’, ‘O Povo’, de Fortaleza, ‘Libèracion’, da Suécia, ‘La Juventud’, do Uruguai e ‘Stachel’, da Bulgária, entre outros.

Ilustrou livros com textos de Martinho da Vila, Novos Talentos da ABL e o Catálogo do ‘Salão Internacional de Caricatura de Montreal’ (Canadá).

Em 2015, lançou o livro Casa Grande & Sem Sala, uma sátira ao clássico Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, em que contesta, com o uso do humor, o mito da democracia racial. O nome do livro, prefaciado por Chico Caruso, faz alusão à série de charges Casa Grande & Sem Sala, do próprio Ykenga, que foi publicada em jornais da década de 80 e que aborda a realidade das favelas cariocas.

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Eça de Queirós

Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos e pelo mesmo motivo.

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convite

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Mural da História – 2020

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Os advogados do PT e do PL não gostaram

Representantes de petistas e liberais no julgamento que pede a cassação de Sergio Moro lamentaram o parecer demolidor do relator. Julgamento segue na quarta-feira, 3

O desembargador Luciano Carrasco Falavinha desmontou na segunda-feira, 1º, as acusações feitas por PL e PT contra a campanha do senador Sergio Moro (União-PR). Uma por uma, caíram no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) pelas mãos do relator do caso as alegações de que o ex-juiz se beneficiou de suas pré-campanhas à Presidência da República e ao Senado por São Paulo para se eleger senador pelo Paraná em 2022. Restou aos advogados de petistas e liberais espernear.

“Foi um voto que, para nós, é bastante equivocado em várias premissas. Eu acho que acaba aceitando muitas desculpas do Moro para apagar o caminhão de dinheiro que injetou na sua pré-campanha”, disse Luiz Eduardo Peccinin (foto), advogado do PT, à Folha de S.Paulo.

Bruno Cristaldi, advogado do PL, disse que “o voto do relator foi bastante complacente num ponto muito delicado, onde (sic) ele desconsiderou os gastos de uma campanha presidencial como se fossem gastos que pudessem ser não computados por um abuso de poder econômico”.

Precedente

Para Cristaldi, que representa ação apresentada pelo ex-deputado Paulo Martins (PL), derrotado por Moro em 2022, a interpretação do relator do caso “abre um precedente perigosíssimo de pessoas se candidatarem para um cargo com teto de campanha muito maior, sabendo que podem fazer um gasto que não vai ser computado por uma campanha seguinte”.

Curiosamente, Falavinha argumentou que o perigo seria considerar o contrário, pois o gasto de qualquer pré-campanha majoritária malsucedida inviabilizaria a disputa por outros cargos por esse mesmo candidato na eleição.

O desembargador disse que as ações que questionam a eleição de Moro não demonstraram intenção deliberada e declarada do ex-juiz de concorrer ao Senado no estado do Paraná desde o início de sua pré-campanha ao Palácio do Planalto — o que seria necessário para comprovar o abuso de poder econômico.

Falavinha destacou também que foi uma ação do próprio PT contra mudança de domicílio eleitoral que inviabilizou a candidatura de Moro ao Senado por São Paulo.

Segue o jogo

O julgamento foi interrompido por pedido de vista do desembargador José Rodrigo Sade e segue na quarta-feira, 3. Independente do resultado no TRE-PR, a questão deve ir parar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o lado derrotado apresentar recurso. Cabe ao TSE a palavra final sobre o caso.

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Há livros & livros

Depois de um romance sobre um especial menino deficiente físico, improvisado barqueiro noturno à beira da terceira margem das espumas flutuantes do rio Itararé, que conversava com as estrelas dirigindo o barco de sua imaginação chamado Faísca de Aladim (GOTO – A lenda do reino do barqueiro noturno do rio Itararé) feito as mil e uma noites de uma nova terra do nunca;

Depois de um inusitado romance sobre um bebê especial na barriga da poderosa mãe PHD em Física Quântica contando como é, como foi, como estava sendo no selfie-service troninho barrigal (GUTE GUTE – Barriga Experimental de Repertório) cheio de graça;
Depois de um romance meio a la pensador oriental Confúcio dizendo de um homem rico que, se sentido infeliz depois de tanta luta para ser vencedor em terra de dementes, que larga tudo e vai morar na selva para mal e porcamente numa cultura de subsistência ter a paz espiritual que nunca alcançou nas batalhas da Vida numa sociedade pústula e civilização podre (TIBETE, De quando você não quiser mais ser gente);

Depois de dois místicos romances ecumênicos bem diferenciados e desparafusados, como o explosivo (feito um arauto do caos) ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS, e o apocalíptico e assustador (mexendo com vespeiros historiais de religiosos impérios decadentes) O MARCENEIRO, A última tentativa de Cristo, Jesus no Brasil;

Ao final de quase trinta livros, era de se perguntar se o atiçado escritor Silas Corrêa Leite finalmente sossegaria o facho, enquanto nesses entremeios escrevia um livro sobre Anne Frank, um outro sobre Sylvia Plath e um perigoso trabalho sobre o golpe de 2016 no Brasil, e quando se pensava que o louco poeta e ficcionista daria um tempo e lançaria mais um de poemas, seus desvairados inutensílios ou mesmo um novo porta-lapsos, ou lançaria um de contos, feito troios perigritantes ou mesmo campo de trigo com corvos, e eis que o louco de mágica mão, o escritor dá pá varrida surpreendeu, e tirou um circo inteiro da cartola, e veio com um romance social, O LIXEIRO E O PRESIDENTE, para assim atiçar os ânimos, a imaginação e esse fim do mundo que se tornou o país em submissão fascistoide. Pode uma coisa dessas, mortadelas e coxinhas-hipoglós?

Em seguida, sem parar, um bendito e louco romance de fantástica ficção científica de arrebentar os miolos, bizarrices, palavras criadas, neologismos, tudo num apocalíptico novo mundo depois de uma hecatombe, e o que et5stou na terra, com seus marionetes feito um novo planeta hewah, chamado TRANSPENUMBRA DO ARMAGEDOM.

Parou por aí, o poeta? Dois romances infanto-juvenis, A COISA, Muito além do coração selvagem da vida, agora ano prelo O MENINO QUE QUERIA SER SUPER-HEROI, e, pasmem, o seu imaginário diário de uma secreta paixão impossível de Anne Frank foi aprovado por uma editora que bancou o livro historial…

Por essas e outras, segurem-se, e salve-se quem puder… (ele escreve mais rápido do que vocês conseguem ler? – livro bom é quando o leitor morre no final? – escrever é doença ou cura?) Sim, talvez, numa futura Atlântida, diz ele, os loucos herdarão a guelra.

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O sangue do justo

O juiz relator do processo de cassação de Sergio Moro critica a postura do PT, e só deste, que teria requerido a cassação do senador por mera oposicão política. Ainda que o relator critique, a atitude do PT foi legítima, pois fazer oposicão comporta ate ação mesquinha, que – data venia do relator – definitivamente não foi o caso, pois a premissa do senador a contraria se lembrarmos que o senador também foi impugnado em sua candidatura pelo Estado de São Paulo.

Nada bastasse, o outro adversário da eleição do senador foi o PL, partido a quem prestou assessoria qualificada no debate de Jair Bolsonaro com Lula. Portanto, trata-se apenas de política, que adota métodos que repugnam a visão de mundo estrita e legalista dos magistrados. Ainda assim, em algo que não qualifica a opinião do relator, há de se lembrar que Deltan Dallagnol, companheiro de política e de aventura de Sergio Moro, foi absolvido por unanimidade pelo TRE do Paraná e em seguida cassado por unanimidade no TSE. Portanto, ou ninguém esta limpo ou todos estão sujos do sangue desse justo, o senador Sergio Moro.

Publicado em O Insulto Diário - Rogério Distéfano | Deixar um comentário
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Mural da História – 2012

Luiz Felipe Leprevost e Lina Faria, depois da leitura de “Cebola”, de Manoel Carlos Karam, no ACT, Ateliê de Criação Teatral . © Vera Solda

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Padilha joga em todas

A insatisfação de parlamentares da base aliada com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) vai além das atribuições do petista em sua pasta. O ministro, por exemplo, tem interferido na liberação de recursos do Banco do Brasil destinados ao apoio de alguns eventos públicos, de acordo com relatos feitos ao Bastidor.

Recentemente, um deputado buscou a área de publicidade do BB, entrou em contato com Padilha e, sem retorno, teve que recorrer a outro ministro: Paulo Pimenta, da Secom (Secretária de Comunicação).

Quando o assunto é verba parlamentar, deputados, como noticiou o Bastidor, recorrem, cada vez mais, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar de um tema que, em tese, diz respeito a Padilha.

Há parlamentares que ainda têm emendas pendentes do fim do ano passado. Havia a promessa de recebimento, mas o dinheiro não caiu. Foi Lira quem, recentemente, mandou uma mensagem direta a deputados anunciando que nos próximos dias eles seriam contemplados.

Sem interlocução com o Congresso, o ministro também sofre críticas por sua atuação na articulação política. Deputados dizem que Padilha participa pouco das costuras eleitorais nas principais cidades do país.

O clima entre aliados é de pessimismo com o PT. A reclamação é que o partido de Lula priorizou somente a si mesmo na distribuição de cargos em postos-chaves da administração federal, na escolha de comissões da Câmara que terão mais recursos e na liberação das emendas. Tudo de olho nas eleições municipais deste ano e à revelia de muitos aliados.

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Reaça

© Claudio Paiva

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Flagrantes da vida real

Alberto Melo Viana, o Baiano. Foto de Giovanna Pignanelli (sobrinha neta, 3 anos).

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Solda vê TV

1980. César Marchesini ajudou nesta TV e a assinatura dele está na tampinha  da bóia.

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Mural da História – 2015

20-Bandinha-de-August-Bruel Há muitos, muitos anos, nos Campos Gerais: a bandinha de August Bruel. © Acervo da família.

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