Parte do eleitorado de Lula jamais contestará suas decisões

Aprovação da ozonioterapia é estelionato eleitoral

A notícia da aprovação da ozonioterapia como tratamento complementar de saúde teve gosto de déjà-vu. Uma volta a 2020, quando Jair Bolsonaro montou um gabinete anticiência paralelo, demonizava as vacinas, e oferecia cloroquina até às emas do Palácio da Alvorada.

Mas, ao contrário do que houve na pandemia, quando a população estava ligada em todas as ações do abestado que comandava o país, a comoção pelo negacionismo de Lula tem sido pífia. Sim, negacionismo. O presidente ignorou a recomendação de entidades médicas, da Anvisa e da ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Os eleitores de Lula poderiam facilmente tratar o assunto como estelionato eleitoral, uma vez que o então candidato teve o “fim do obscurantismo científico” como um dos pilares de sua campanha. O presidente ignora o fato de que a ozonioterapia é um procedimento considerado experimental. Ao que parece, gás no fiofó dos outros é refresco.

Mas Lula tem sorte. Uma parte significativa de seu eleitorado jamais contestará qualquer decisão de painho, por mais absurda que seja. Outra parte abandonou os jornais, os sites, o Twitter e segue exausta pela distopia dos últimos anos e alheia ao que é feito no novo governo. É compreensível, mas não aceitável, deixar de fiscalizar um novo presidente apenas porque ele não é medíocre, incompetente, um terraplanista político, como seu antecessor. Lula tem sorte de a sociedade estar anestesiada, ainda sob efeito da ressaca do golpismo.

Se o pessoal estivesse ligado, teria sido uma gritaria a não nomeação de uma mulher para o STF —o que pode se repetir quando Rosa Weber se aposentar—, a defesa da exploração de petróleo na Foz do Amazonas, a fritura em banho-maria da ministra Marina Silva, os afagos a ditadores de esquerda. Sem falar de todas as declarações equivocadas, desconectadas do espírito do tempo.

Lula tem sorte, mas precisa também de juízo.

Publicado em Mariliz Pereira Jorge - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Preta da casa

Billie Holliday. © Reuters

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

El coche de ayer

carrão-de-ayer© Iara Teixeira

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História – 2008


Publicado em Charge Solda Mural | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Elas

Paulette Germaine Riva, Emmanuelle Riva – 1927|2017 –  conhecida como um dos símbolos do amor da Nouvelle Vague.  © Reuters

Publicado em elas | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, quarta, 9 de agosto. Dia Internacional dos Povos Indígenas. E o Censo mostra que aqui no Paraná são mais de 30 mil pessoas.

Tchau, Copel
Dia desses me contaram que a casa onde moraram Bento Munhoz da Rocha Neto e sua esposa, Flora, vai ser demolida. No lugar vão erguer decerto um prédio enorme, o que faz sentido do ponto de vista econômico, mas é uma baita perda para o patrimônio cultural.

Bento vai ser sempre lembrado como um dos grandes homens do Paraná. Como governador, em um só mandato, fez coisas que serão lembradas por muito tempo. Só para ficar em um, que mais importa aqui, criou a Copel. Fez muito mais que isso (estradas asfaltadas, criou o Centro Cívico, fez a expansão do Paraná rumo ao Oeste). Mas se tivesse feito só a Copel, já seria grande.

A demolição da casa é uma perda. A venda da Copel é algo absurdamente mais triste. O estado perde sua maior empresa, abre mão de lucros anuais e de um instrumento de desenvolvimento que ninguém sabe agora na mão de quem ficará. Tudo em nome de uma suposta competitividade (o mesmo argumento de 30 anos atrás, e que não faz o menor sentido para um monopólio).

Em 100 anos, Bento será lembrado. O atual governador provavelmente não será nem mesmo citado nos livros de História (um argumento que para ele talvez nem faça sentido, tendo em vista seu desprezo pelo conhecimento e pelos livros). Assim como, propositadamente, não vai citado neste breve texto.

Leia mais  aqui

Publicado em Plural | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

On the road

berlim-junho-1994-julio-covelloBerlim, junho, 1994.  © Julio Covello

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Goodneighbor_034. © IShotMyself

Publicado em amigos do peito | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Comédia da vida privada | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

logo-gaveta-do-povo

recchia

© Tiago Recchia

Publicado em Tiago Recchia | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Jan Saudek. © Sára Saudková

Publicado em Jan Saudek | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Faça propaganda e não reclame

Most Offensive, Banned and Rejected Ads. Bacardi – Canada – Banned as it “objectified and demeaned women” (ASC).

Publicado em Faça propaganda e não reclame | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Bolsonaro, o influencer

A despeito das eventuais repercussões dos “rolos” de Carla Zambelli (PL-SP) com o hacker Walter Delgatti e de sua inelegibilidade, Jair Bolsonaro está certo de que chegará a 2026 politicamente forte e como o principal influenciador das eleições presidenciais. Acha que não “vai colar nenhuma tentativa de atingi-lo”, referindo-se ao caso do Rolex que tenente-coronel Mauro Cid tentou vender.

Segundo fontes inteiradas da conversa entre o ex-presidente, o governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, e o prefeito Ricardo Nunes, do MDB, nesta segunda (7), Bolsonaro afirmou que não abrirá mão de definir quem será o candidato a presidente de seu campo político. Disse que é cedo para definir.

O ex-presidente, no entanto, sabe quem não quer: Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais. Disse que ele é inexperiente, não sabe fazer política e que só esteve ao seu lado na última eleição presidencial porque “não tinha para onde ir”. O adversário de Zema, Alexandre Kalil (PSD), tinha o apoio do PT.

O ex-presidente também acha que a discussão sobre drogas no Supremo Tribunal Federal deve beneficiar a direita e parabenizou o governador de São Paulo pela ação da polícia no litoral paulista. Na ocasião, 16 pessoas morreram.

Publicado em O Bastidor | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Ouvido absoluto

fusadois

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Contestado: o documentário

O filme revela que o mais sangrento conflito social da história do Brasil aconteceu no Paraná… e só no Paraná… e apenas com paranaenses.

A guerra não foi por disputa de território entre Paraná e Santa Catarina como querem fazer crer alguns “doutos”, que torcem a bandeja para o lado catarinense. Os atores da guerra foram caboclos, índios, posseiros, fazendeiros paranaenses, imigrantes polacos, rutenos e italianos recém assentados, na então região Sul do Paraná.

A divisa do Estado paranaense com o Rio Grande do Sul, no rio Uruguai, existiu até 1917. Quem contestava (daí o porquê da palavra “Contestado”) a faixa de 30 km de largura, que atravessou os Campos Gerais do Paraná e que foi dada em concessão pelo governo federal para o norte-americano Percival Farquhar, eram os habitantes paranaenses. Nunca foram, os catarinenses que contestavam.

A guerra foi sim, entre os paranaenses daquelas terras (que hoje se chama Oeste Catarinense) contra o Exército brasileiro e a Polícia Militar do Paraná. Forças que dizimaram milhares de paranaenses para defender interesses do milionário dos Estados Unidos.

Foi a primeira vez que a invenção de Santos Dumont foi usada numa guerra. Fato que causou enorme tristeza no inventor.

Não houve batalhas entre paranaenses e catarinenses pelas terras entre os rios Iguaçu e Uruguai. Encerrada a guerra, as terras paranaenses foram cedidas pelo governador do Paraná e advogado de Farquhar (contra os posseiros e fazendeiros paranaenses), o guarapuavano Afonso Alves de Camargo ao governo de Florianópolis. E não foram cedidas por causa da guerra, ou disputa de território, mas para favorecer a Lumber (maior devastadora da mata mais rica em madeiras nobres do Sul do Brasil), empresa do norte-americano.

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter