Todo dia é dia

talita-por-albertTalita do Monte.  © Albert Piauhy

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Mural da História – 2009

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Meu tipo inesquecível

Millôr Fernandes, 1924|2012. Somos todos insubstituíveis mas alguns são mais insubstituíveis que outros (Fraga). © Contigo

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Marcel Marceau

SEM-PALAVRAS

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Poeta menina – 2006

Dose tripla nesta quinta-feira, 12. Além do feriado em homenagem à padroeira do Brasil, é o Dia da Criança e, ao menos para este vosso escriba, bem mais que isso. 12 de outubro é o aniversário de alguém que só poderia ter nascido numa data dedicada ao que em nós foi, um dia, inocência e encantamento: o aniversário da poeta Helena Kolody (1912-2004).

Tecelã de filigranas e delicadezas, a existir hoje no azul que daqui se vê – e se escuta -, viva estivesse (e quem garante tenha morrido?), Helena estaria completando 94 anos! De família de ucranianos longevos, não seria difícil nem impossível que a poeta pudesse estar entre nós (e quem garante não esteja?), com seu riso de dentes largos e a graça sensível que nela era mais, bem mais que uma virtude.

Kolody e crianças sempre se misturaram. Além de toda uma vida dedicada à educação de nossos infantes, foi, à maneira de Quintana, uma poeta de essências encantatórias e do desconcerto que há de morar sempre nestes muitas vezes endiabrados filhotes da espécie. Helena, aliás, nunca perdeu a infância de vista. Lamentável não haver até agora em Curitiba nenhuma rua com seu nome.

Quem, senão uma poeta disposta a apostar na magia, escreveria estes versos quase infantis, não morasse neles um cantante Miró (outra eterna criança em traço e cor…): “No poema/e nas nuvens,/cada qual descobre/o que deseja ver.” ? Não muito diferente de um outro poema, este do filho de um amigo meu, o Rafinha, 9 anos, me perguntando na praia, excitado diante do mar: “Tio, se o mar começa aqui/ onde é que ele termina?”

Perguntas-poemas, sem dúvida, nascidas de um lugar ignoto da alma onde, desde muito cedo, vigora o mistério de uma sabedoria essencial que parece preceder o ser humano, este ente o mais das vezes inviável. A exemplo da interrogação, lançada ao acaso, pelo menininho, a acolher na concha da mão o passarinho que acabou de morrer: “Pai, se o passarinho saiu dele agorinha mesmo, ele vai demorar pra voltar?”

Ou aquele outro, esbaforido, a entrar correndo dentro de casa, subindo numa cadeira e colocando os ponteiros do relógio de parede que marcavam 3 horas, um em cima do outro no exato meio-dia: “Vó, tô mudando as horas que é pra mim poder brincar na rua a tarde inteira, tá bom?”

Não muito diferente da poesia-menina de Helena Kolody, livre de pretensa inteligência “adulta”, limada de todos os excessos, puríssimo artefato poético-existencial: “Pintou estrelas no muro/e teve o céu/ao alcance das mãos.” Simples? Como uma noiva voando numa aquarela de Chagall…

Ou o piazinho que acabou de completar cinco anos, e exibe para o jovem avô todos os dedinhos de uma das mãos: “Ói, vô, tá vendo? Eu já sou esta mão aqui inteirinha!” Ante o frouxo de riso do avô, uma pergunta irrespondível: “Do que é que você tá rindo, vô? Mão é palhaço, é?…”

Coisas. Bilhetes da vida nas asas de clandestina felicidade nascida de um saber sem culpa, palavras lavadas pela passagem das horas, palavras-estrelas, última lua da madrugada: “Hoje é o chão da existência!” Noventa e quatro anos? Nada, do azul que daqui se vê, Helena é apenas uma menina, andando descalça o chão de folhas dos bosques da eternidade. Escutas?

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Horóscopo para os nascidos no dia de hoje

Nesta fase, o homem deve descer atrás da mulher, deixando o cavalo por último. Ao subir, ele vai na frente ou ao lado da mulher, divagando sobre os egípcios e sua vida nômade, anterior à sua instalação no Vale do Nilo.

A Tábua Lunar indica perigo se a mulher usar jóias (pedras preciosas) pela manhã, principalmente se forem falsas. Os brócolis devem ser cozidos em fogo brando e levados imediatamente à mesa, numa travessa enfeitada com salsinha e souvenirs, em horário de pouco tráfego, evitando a hora do rush.

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Keyra. © Zishy

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Flagrantes da vida real

© Maringas Maciel.

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© Annie Leibovitz

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Álbum

© Jan Saudek .The End of The World

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Contra Damares e Michelle

Minoria na CPI das ONGs, a base aliado do governo tem levantado informações para contrapor a oposição bolsonarista que domina a comissão.

Os alvos da ala governista são a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e suas ligações com a Missão Evangélica Caiuá, uma ONG ligada à Igreja Presbiteriana que realiza trabalhos em tribos indígenas pelo país.

De 2019 até 2023, a ONG recebeu, segundo o Portal da Transparência, R$ 900,3 milhões. Parte do valor foi usado, segundo a organização, para a saúde Yanomami, povo que passou por uma tragédia humanitária sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ONG chegou a ser responsável por 64% dos atendimentos em saúde indígena no Brasil.

Até o momento, a CPI tem priorizado depoimentos críticos à atuação de organizações não governamentais na região amazônica e busca alguma ligação delas com o governo federal.

O discurso vigente do presidente da comissão, Plínio Valério (PSDB-AM), e do relator, Márcio Bittar (União Brasil-AC), é o de que as ONGs atendem interesses internacionais, em especial dos Estados Unidos e da União Europeia. Eles dizem ter mais de 370 ONGs atuam só na região do alto do Rio Negro.

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Música em forma de ectoplasma

A indústria fonográfica voltou a vender singles, como em 1902, só que durando 30 segundos

Leio na coluna de Mônica Bergamo (25/6) entrevista em que a cantora Pitty lamenta que, hoje, “as pessoas têm dificuldade de ouvir um disco inteiro”. E acrescenta: “Ou até mesmo uma música. As coisas acontecem em 30 segundos.”

Também lamento. Poucos objetos foram tão abandonados depois de tantos serviços amorosamente prestados, como o disco. Segundo sei, a maioria hoje só compra música numa mídia invisível e incorpórea chamada streaming, à base de uma música de cada vez. Voltamos ao tempo dos singles em 78 r.p.m., o formato com que os discos foram lançados em 1902.

Eles eram pretos, de cera, e vinham num envelope individual, contendo música só de um lado. Mas, quando se descobriu que se podia gravar música nos dois lados, o disco se multiplicou. As gravadoras inventaram os álbuns de quatro envelopes, contendo quatro discos —oito músicas— capazes de conter, digamos, a trilha sonora de um musical. Em 1948, esse álbum foi comprimido num único disco de vinil girando em 33 r.p.m. —o famoso LP—, contendo as mesmas oito músicas. Como comportava tanta música quanto aqueles álbuns, o LP também foi chamado de “álbum”.

As gravadoras ampliaram os LPs para doze músicas, lançaram LPs duplos com 24 músicas, e, não contentes, caixas com três ou mais LPs, com quantas músicas quisessem. Até que, em 1984, surgiu o CD, que comportava a música de dois ou mais LPs num único disco. E logo vieram os CDs duplos, triplos, quádruplos, as caixas de CDs e as caixas contendo caixas e caixas de CDs. A música, de todos os gêneros, tomou o mundo. Nunca ouvimos tanta música.

Mas, há uns 10 anos, as gravadoras acharam que isso estava errado. Era música demais, e para que tanta música? Então acabaram com os CDs, as lojas e tudo, e voltaram a vender singles, como em 1902, com uma música de cada vez. Só que, agora, em forma de ectoplasma e, dizem, durando 30 segundos.

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Flagrantes da vida real

A Trupe de Elite: da esquerda para a direita, todo mundo. Montagem de “Mesmas Coisas”, de Manoel Carlos Karam, primeiro ensaio aberto ao público, na sede da cia. brasileira de teatro, em algum lugar do passado. © Maringas Maciel

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Mural da História – 2009

brasil-2

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