Fraga

Quem confunde cachepô com panachê toma sopa em vaso.

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Lula e Maduro, o amor é lindo

Narrativa é uma história que cada um conta como quer e cuja veracidade depende de quem a escuta

Entre as várias besteiras que tem cometido em vez de dedicar-se a reconstruir o país, Lula embarafustou-se por uma mixórdia verbal na segunda-feira (29) ao receber em palácio um convidado que entrou em surdina, quase que pelos fundos e sem limpar os pés: o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Lula chamou de “narrativa” as acusações que pesam sobre Maduro e sua maneira de tratar os opositores —com prisões, sequestros, desaparecimentos, afogamentos, tortura, estupros e execuções, tudo isso possibilitado por asfixia da imprensa, degola do Poder Legislativo, pesada corrupção de militares e eleições de araque.

Esse é o violento diagnóstico contra Maduro pela Anistia Internacional, a Human Rights Watch, a Organização das Nações Unidas e o Tribunal Penal Internacional de Haia, entidades a que apelamos contra Bolsonaro por incitação a golpe de Estado, charlatanismo na pandemia e genocídio dos povos indígenas. Não por acaso, Bolsonaro também chamou a isso de “narrativa”.

Narrativa, como se vê, é uma história cuja veracidade depende de quem a conta —ou de quem a escuta. Lula instou Maduro a “construir sua narrativa, para que possa efetivamente fazer as pessoas mudarem de opinião”. Jurando por essa narrativa antes mesmo de ouvi-la, carimbou: “A sua narrativa vai ser infinitamente melhor do que a que eles têm contra você”. O amor é lindo, não?

E então vem a mixórdia verbal: “Está nas suas mãos construir a sua narrativa e virar esse jogo, para a Venezuela voltar a ser um país soberano, onde somente seu povo, por meio de votação livre, diga quem vai governar o país”.

Pois não é exatamente o que o mundo espera da Venezuela? Que volte a ser um país soberano, onde somente o povo, através de eleições livres, sem as mentiras, as gambiarras econômicas e o uso da máquina do Estado praticados por Bolsonaro, digo Maduro, escolha quem irá governá-lo.

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Marilyn Monroe

© Richard Avedon, 1957

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2012

desratização-no-senado

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Flagrantes da vida real

maringas-foto-livro© Maringas Maciel, sobre cartum do livro “Solda”.

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Mural da História – 2010

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Iliza Monteforte. © Zishy

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Vinicius Jr.

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O calo da pedicura

A pedicura por vezes me sorri quando passo em frente do salão, aberto à rua, sempre animada enquanto remove calosidades e asperezas, as clientes, pele a amolecer na água tépida da bacia. Hoje ela chutou a bacia com cliente e tudo. Reação típica do Brasil que emergiu em 2018: a pedicura assistia na tevê à chegada de Nicolás Maduro e senhora em Brasília, a entusiástica acolhida de Lula/Janja em vestidão entre o vermelho e o laranja; os dois em abraços e beijos com os Maduros, no calor fácil e superficial dos brasileiros. A pedicura revoltada com o primeiro casal brasileiro. Para ela, os Maduros tinham mais que apodrecer na Venezuela, longe do Brasil. Pessoa simples, a pedicura vive no mundo linear e plano de seu planeta: o presidente Bolsonaro rompeu relações com a Venezuela quando esta não deu posse ao presidente paralelo.

Parecia jogo combinado,: em seguida o noticiário divulgava o segundo repúdio de Deltan Dallagnol à sua cassação, injustiça tão grande quanto a justiça na condenação de Lula. O protesto da pedicura coincidia em dia, horário e tom com mais uma bravata de Deltan Dallagnol, esvaindo-se no desespero da cassação. O incansável Dallagnol afirmava que não pensaria duas vezes em apoiar Bolsonaro contra Lula, óbvio previsível e ululante, espertice para grangear apoio na Corregedoria dos deputados, derradeira chance para reverter sua cassação. A revolta é legítima, mas advogar desse modo e em causa própria é ter um idiota como cliente. A pedicura foi autêntica, ainda que simplória e tosca na percepção das relações internacionais. Dallagnol devia mais é esfriar a cabeça na bacia da pedicura. Assim para de trocar os pés pelas mãos.

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Evitando Alcolumbre

O governo trabalha para que o texto do novo arcabouço fiscal vá ao plenário do Senado sem passar na Comissão de Constituição e Justiça. Há um acordo de líderes para que a matéria seja analisada somente na de Assuntos Econômicos. O motivo é um só: Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que preside a CCJ.

Como mostrou o Bastidor, o Palácio do Planalto trabalhou para que o senador não fosse o relator da matéria na Casa. O favorito é Omar Aziz (PSD-AM). Agora, a batalha da liderança do governo é evitar a dependência de Alcolumbre – que, na definição de um parlamentar petista, “costuma criar dificuldades para vender facilidades”. O desejo é só contar com ele quando não tiver saída.

O histórico pesa contra o senador. Na tramitação da PEC da Transição, Alcolumbre, que não conseguiu a relatoria, garantiu a celeridade da votação na CCJ e cobrou alto. Indicou três ministros como se fossem consenso no União Brasil. Até hoje isso causa problemas ao governo.

O senador ainda briga para aliados seus ocuparem postos no segundo e terceiro escalões da administração federal. Há mais de 50 cargos que precisam ser ocupados, segundo contas que correm nos bastidores do Congresso.

A avaliação da bancada do PT é que é necessário contemplar potenciais aliados do PP, partido de Lira, do Republicanos e até do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e não atender a novos pedidos de Alcolumbre.

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Samuel e a Força de Vontade

Samuel chegou do trabalho e assim que colocou os pés em casa, Sara, a esposa, o encarou com uma expressão de desdém e falou:
– “Teu amigo Moishe Bloom finalmente parou de fumar”.
Samuel deu de ombros, sem demonstrar interesse, e ela continuou:
– “Imagine só… Alguém que fumou 3 maços por dia durante 20 anos, de repente decidiu abandonar o vício! Isso é o que eu chamo de força de vontade, uma coisa que, ambos sabemos, você definitivamente não tem”.
Mas Sara ainda não tinha acabado:
– “E isso não é tudo. Aquele teu amigo bêbado, o Bernardo Levy, entrou nos AA e finalmente desistiu da bebida. Outro exemplo do tipo de força de vontade que você não tem!”.
Depois desse segundo comentário Samuel achou que já era hora de mostrar que estava aborrecido e respondeu:
– “Estamos falando em força de vontade, certo? Então você vai ver… A partir de hoje vou dormir no quarto de hóspedes. Vou te mostrar que não preciso tocar em um fio de cabelo de você!”
E Samuel manteve a palavra, até que uma noite, depois de estar dormindo sozinho há mais de uma semana, acordou com uma batida na porta do quarto, e gritou:
– “O que você quer? Me deixe dormir em paz”.
E Sara respondeu:
– “O Moishe Bloom voltou a fumar”.

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Tiago Recchia

Plural

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