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© Jan Saudek

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Animus jocandi

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prefiro comer sossegado
o meu prato de merda
do que dividir um filé
com um filho da puta
como você

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Baseado no livro homônimo de Peter Biskind, este documentário produzido pela BBC traça a ascensão de uma geração de cineastas de Hollywood que brevemente mudou a face do cinema com uma abordagem mais pessoal que elevou os limites do que era aceitável na tela. 

Entre os diretores influentes que aparecem estão Arthur Penn (“Bonnie and Clyde”), Dennis Hopper (“Easy Rider”), Francis Ford Coppola (“The Godfather”), John Schlesinger (“Midnight Cowboy”), Bob Rafelson (“Five Easy Pieces”) Martin Scorsese (“Taxi Driver”), Peter Bogdanovich (“The Last Picture Show”), e Jonathan Demme (“Crazy Mama”). Narrado por William H. Macy, o documentário apresenta clips vintage de Coppola, Scorsese, Beatty, George Lucas, Sam Peckinpah, Roman Polanski, Robert Altman, e Pauline Kael. Também inclui material original de entrevista com Penn; Roger Corman; Bogdanovich; Hopper; David Picker; o escritor/diretor John Milius e Paul Schrader; as atrizes Karen Black, Cybill Shepherd, Margot Kidder e Jennifer Salt; os atores Peter Fonda, Kris Kristofferson e Richard Dreyfuss; os produtores Jerome Hellman, Michael Phillips e Jonathan Taplin; a editora Dede Allen; a designer de produção Polly Platt; os escritores David Newman, Joan Tewksbury, Gloria Katz e Willard Huyck; os cineastas Laszlo Kovacs e Vilmos Zsigmond; o agente Mike Medavoy; e o ex-executivo de produção Peter Bart. Entre os filmes discutidos estão “Rosemary’s Baby”, “The Wild Bunch”, “Mean Streets”, “American Graffiti”, “The Rain People”, “Midnight Cowboy”, “M*A*S*H”, “McCabe and Mrs. Miller”, “The Last Picture Show”, “Shampoo” e “Taxi Driver”.

Easy Riders, Raging Bulls: Como a Geração Sexo, Drogas e Rock’N’Roll Salvou Hollywood é um livro de Peter Biskind, publicado pela Simon & Schuster em 1998. Easy Riders, Raging Bulls é sobre os anos 60 e 70 Hollywood, um período do cinema americano conhecido pela produção de filmes como The Godfather, The Godfather Part II, The French Connection, Chinatown, Taxi Driver, Jaws, Star Wars, The Exorcist, e The Last Picture Show. O título é retirado de filmes que encerram a era: Easy Rider (1969) e Raging Bull (1980). O livro segue Hollywood à beira da Guerra do Vietnã, quando um grupo de jovens diretores de cinema de Hollywood conhecidos como os “nerds do cinema” estão fazendo seus nomes. Ele começa na década de 1960 e termina na década de 1980.

 Documentário|Kenneth Bowser| 119 minutos|2003|EUA

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Pra não esquecer

Fernanda Young – 1970|2019

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Rui Werneck de Capistrano

Na vasta e devastada seara alheia habita um parasita de olhos bem abertos e estômago cheio: o profeta. Cioran (duas gotas após as refeições) disse que dentro de cada homem dorme um profeta pronto pra atacar, prescrever, anunciar. Longe de mim estar perto disso. Apenas constato e lanço, às vezes com pouco tato, pra pessoas de fino prato e baixela de prata. Abra alas e asas, faça ouvidos de mercador de carros, tranque as portas da percepção. Haja o que houver, aja como quiser.

Desencontros marcaram o fim de semana. Nem eu mesmo encontrei comigo. Estava ausente de qualquer propósito. Naveguei nas vagas estrelas da ursa maior. A noite estrelou meu filme. Notícias explodiram como bombas no Iraque. Fediam firmes propósitos e exalavam perfume de rosas nas entrelinhas das estrelinhas.

Uma notícia: o Brasil é campeão mundial de raios. Setenta milhões riscam os céus todos os anos em busca de algum lugar tranquilo para descansar na terra. Um Cristo, aqui, seria eletrocutado, morto e sepultado. No terceiro dia ressuscitaria como cordão de lâmpadas de Natal — made in China — enfeitando uma árvore de rua. Blim-blom! Raios me partam!

Já sai outra notícia quentinha: as mulheres pensam mais do que os homens. Por isso, estão mais sujeitas às neuras, às pressões da vida social. Os psicólogos denunciam e os consultórios terapêuticos comprovam. Ainda bem que penso pouco, devido à minha precária condição de pertencer ao cambaleante sexo masculino. Ó, raios! Ó, mulheres!

Condições de subsistência: cachorro filhotão no quintal e roupas no varal não se dão bem. O Sol é testemunha. Num rasgo de animação ele rasga as roupas.

Trim-trim! Do outro lado da linha, me confortam: leite fervendo e derramando por cima da leiteira faz parte do mobiliário doméstico. Calma! Não é descuido de hoooomem na cozinha, não. Bon jour! Ulalá, merci! Oui, excuse moi! Limpar o fogão depois é a pena mais leve que o Tribunal da Humanidade pode impor. Ria o leite do Chico Buarque derramado. Aqui estou eu, de novo, falando sozinho com você.

*Rui Werneck de Capistrano é autor de várias milongas e vastas curtas

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1987

Três em um: Josely Baptista Vianna, Carlos Careqa e Marcos Prado, Curitiba. © Pablito Pereira

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Nenhum preconceito?

este-felicianoMarco Feliciano|A Pancada evangélica, em algum lugar do passado © Diácono amigo.

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Que voem todas as suas pedras

Chovia. Saí descalço pra andar na grama encharcada porque gosto disso: banho de chuva! Devagar caminhei até o pé de caqui-café. Meus pés, brancos demais, já estavam gelados.

Eu sabia que ali havia um formigueiro grande, daquelas formiguinhas miúdas, vermelhinhas, de picada ardida. Curioso procurei o tal edifício das formigas e com um galhinho perfurei a parede e afundei e rasguei.

A água da chuva entrou direto e as formigas saíram loucas para fora gritando o alarme com suas antenas em riste. Uma falava pra outra e corria e falava com mais uma e assim agitava-se o condomínio inteiro.

Logo, centenas, senão milhares delas remendavam o castelo. Entretido na observação das atividades das formigas fiquei ali: olhos pregados nelas e a chuva molhando o mundo.

Foi aí que ouvi um choro, um resmungar fundo, um lamento triste demais até para aquele dia chuvoso. Detrás do pinheiro maior dos seis que se reúnem ali há quase um século, havia um anjo com suas duas asas, agachado numa poça d’água, com a cabeça aureolada pendida entre os joelhos. Os cabelos cacheados estavam escorridos e a sua túnica ensopada. Os pés dele dentro da água da poça eram dois peixes albinos. A auréola, feito letreiro de neon, piscava denotando algum curto-circuito ou algo que o valha.

O anjo arfava com a cabeça caída e as mãos postas em súplica. Ao ver a figura deixei imediatamente as formigas de lado e me aproximei daquele anjo bem devagar, para não assustá-lo de jeito algum. Mas, ele pressentiu minha aproximação e ergueu os seus olhos verde-claros e me olhou sem medo nenhum de mim. Seus olhos eram quase transparentes como, aliás, ele inteiro era. Eu podia ver o tronco do pinheiro-mor através do corpo dele. E havia uma fosforescência azulada em torno dele.

Ele levantou-se devagar, devia ter um metro e meio de altura não mais, mas, ele abriu o seu enorme par de asas branco-cinzentas que, de ponta a ponta, deviam alcançar bem uns cinco metros ou mais!

Aí, eu me senti pequeno. Com a borda da manga da sua camisola o anjo enxugou suas lágrimas em seus olhos e voltou a me encarar com aquela cara calma, sem ruga nenhuma, tranquila.

Eu não conseguia fechar a boca! Olhava aquela criatura hermafrodita e semi-transparente parada ali, debaixo do pinheiro-mor do nosso quintal em São Luiz do Purunã e não conseguia acreditar!

Então, ele sorriu! Sorriu fazendo esforço visível, só pra me agradar! Sorriu como sorriem as nossas crianças, como sorriem os pássaros em pleno vôo ou os peixes nas correntes submarinas.

Senti uma paz imensa sendo derramada sobre mim, como uma chuva diversa daquela comum, de água. Essa chuva de paz era leve, sutil, perfumada assim: feito o luar nas noites de verão, perto do mar.

Tentei falar mas, não me vinham as palavras!

E o anjo continuava lá fingindo que ria, sim, fingindo porque qualquer um que estivesse chorando como ele estava a poucos minutos atrás não poderia recuperar-se e sorrir como ele pretendia.

Qualquer um “humano”, né? Porque o caso é que aquele anjo, aliás, como todos os anjos e arcanjos do universo, não são humanos, evidentemente posto que: são anjos e arcanjos!

Depois de secar seus olhos na manga de sua túnica e sorrir, ele fechou e abriu as duas mãos e nelas surgiram luzes pequenas, flutuando sobre as palmas das mãos dele. A luz flutuante gasosa sobre a palma da mão direita era azul celeste e a luz, também pequena e gasosa, na mão esquerda, era alaranjada.

Ele então levantou vôo levitando, bem devagar, subindo em direção à copa do pinheiro-mor. Eu então, sem pensar, tentei agarrar sua túnica branco-cinzentas para puxá-lo para baixo, mas, minhas mãos passaram direto por dentro da túnica.

Ele subiu mais um pouco e parou no ar me olhando lá de cima com certa curiosidade, exatamente como eu quando observava a pouco as formigas lá no formigueiro.

E então, o anjo arremessou a bolinha de luz alaranjada em minha direção e ela veio lenta pelo ar e explodiu bem na minha cara!

Aí o anjo se cobriu inteiro com uma luz violeta e eu senti meu corpo formigar e ouvi, dentro da minha cabeça, uma voz tranquila, nem masculina e nem feminina, dizendo essas palavras que eu nunca compreendi completamente, mas, também sei que nunca as esquecerei.

Ele disse assim:

– “Hosana ao gigante universo! A força viva da luz do mais alto e fundo dos céus!

Que esta luz transpasse todas as suas células e cure todo o seu corpo! Que voem todas as suas pedras! Que sua luz seja livre!”

E então ele foi sumindo no ar em meio aquela luz violeta, até se transformar numa esfera de fumaça e então sumir de vez! Fiquei eu parado olhando pra cima com a chuva varrendo minha cara abestalhada com o ocorrido.

Acho que fiquei ali parado por muito tempo pois, quando finalmente caminhei pra casa vi a pele das minhas mãos enrugadas como quando você fica muito tempo dentro d’água, no mar, numa piscina…

Mas, o que importa pra mim, é que eu me senti bem! E ainda me sinto bem desde aquela aparição angelical.

Então, o que eu quero lhe dizer é: “Que voem todas as suas pedras!” Amém!

HNSG|CTBA|201222

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Dois óbitos que me abalaram

No último dia 15 de fevereiro, faleceu em Los Angeles, Rachel Welch, o primeiro amor da minha vida. Descobri o cinema aos 13-14 anos em Porto Alegre. Nas quintas-feiras, dia em que os cinemas mudavam a programação, chegava da escola e esperava meu pai vir almoçar. Eu queria, confesso, a Zero Hora, e ia direto para a página da programação dos cinemas, que era repleta de anúncios dos lançamentos do dia. Todos cinemas de rua, já que não havia shoppings. Escolhido o filme, pegava o ônibus, descia na esquina da Borges de Medeiros com a Rua da Praia e, invariavelmente, ia ao Guarani ou ao Imperial, os mais chiques da oficialmente Rua dos Andradas.

Apesar de menor de idade, havia descoberto um truque infalível. A “inteira” custava cinco cruzeiros e eu dava uma nota de dez para a bilheteira (eram sempre mulheres) e dizia: “Uma inteira e pode ficar com o troco”. Com o porteiro, trajado sempre de terno e gravata, havia outro golpe: entregava o ingresso e junto uma nota de cinco. Nunca me pediram documentos que comprovassem que eu tinha mais de 18 anos.

Mas voltemos à Rachel. A primeira vez que a vi na tela, confesso não lembrar o nome do filme, foi amor a primeira vista. Rosto perfeito, corpo magnífico, seios admiráveis e as coxas. Ah, as coxas de Rachel eram inigualáveis, nunca mais vi tão perfeitas como as dela! Rachel Welch começou a sair em todas as revistas do mundo por causa de sua beleza inigualável. Meu pai também comprava toda a semana a revista Manchete. Quando saiam fotos de Rachel, eu ia ao banheiro para os devidos fins. Rachel, fique sabendo que te amei com todas as minhas forças de menino.

Por uma dessas coincidências da vida, acabei casando com uma Raquel, que no próximo dia 31 de março fará um ano que a leucemia levou. Mas a minha Raquel deixou o meu maior tesouro: o Bruno Silveira Motta. Raquel, fique sabendo que te amei com todas as minhas forças de homem.

Outro óbito triste foi o do Paulo Vecchio, ocorrido no último dia 17. Sobre o Paulo, segue abaixo texto que saiu publicado no blog do Solda, no dia 3 de julho de 2022:

“Prezadíssimos Solda e Célio, extremamente feliz em ser aceito na Academia (Paranaense de Letraset) e ler o texto do Célio e ver a arte do Solda. Estou muito orgulhoso mesmo e com o coração alentado.

“Não sei como escrever mais do que ‘muito obrigado’, pois nessas horas faltam palavras. Somente uma correção, que o Célio não tem culpa, eis que nas milhares de conversas que tivemos nestes quase 30 anos de amizade, jamais contei o que narro agora.

“Não sou Paulo Roberto por causa do Falcão. Ele surgiu no profissional do Inter em 1972 e eu sou de 1959.

“Na verdade, minha mãe e meu pai engravidaram em 1958 e dois meses antes do bebê nascer, minha mãe teve uma queda na escada do prédio (morávamos no 2º andar) e, infelizmente, abortou.

“Quando engravidou depois, a vizinha do 3º andar, chamada Célia Vecchio, passou a cuidar diariamente da minha mãe, ficava mais na casa dos meus pais do que na dela. Um mês antes do parto, mudou-se para a casa dos meus pais, expulsou o meu pai do quarto, e dormia ao lado da cama da minha mãe, numa cadeira. Não deixava ela levantar para nada. Fez tudo isso por amor e amizade.

“Minha mãe e meu pai então resolveram que eu teria o nome do filho da dona Célia, que se chamava Paulo Roberto Vecchio, que era dos juniores do Internacional e depois, nos profissionais, jogou no Inter, Londrina, Ferroviário e Coritiba, sendo campeão e artilheiro pelo Ferroviário e pelo Coritiba

“Quando vim morar em Curitiba, meu pai descobriu o Paulo Vecchio, e eu o conheci pessoalmente. Ele trabalhava meio expediente na Rede (herança dos tempos do Ferroviário) e meio expediente no Bamerindus.

“Descobri que era um grande sujeito e conservei a amizade com ele. Hoje, deve ter uns 80 anos e volta e meia alguém escreve sobre o gol que marcou no último minuto no Atlético na conquista do paranaense de 1968. Forte e fraterno abraço a ambos. Contem comigo, amizade eterna.”

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Um Púcaro brasileiro na Bulgária

O Púcaro Búlgaro é um romance surrealista, e ultimo livro de Campos de Carvalho, lançado em 1964. A trama contempla a saga de um homem que resolve organizar uma expedição para verificar se a Bulgária de fato existe.

Em 2008 antes de viajar  a Bulgária para uma exposição durante o “Festival de Cultura Brasileira”, organizado pela embaixada do Brasil naquele país, Rogério Dias comentou com o Embaixador Paulo Wolowski a respeitodo romance nonsense de Campos de Carvalho. O embaixador Wolowski, entusiasmado por conhecer a história, solicitou que Rogério não deixasse de levar um exemplar do livro na viagem.

Como a primeira e única edição de 1964 estava esgotada, Rogério começou uma peregrinação por sebos, onde o livro só era encontrado a preço de obra rara. Não podendo levar o livro prometido, Rogério resolveu pintar uma tela com um vaso, a qual deu o nome de “Púcaro Búlgaro”, para levá-la para a exposição.

Durante a exposição, realizada no Museu Arqueológico de Varna, a história de como surgiu o quadro foi contada e passada de boca em boca, despertando uma grande curiosidade dos búlgaros, tanto que em 2009 a Embaixada do Brasil na Bulgária junto com o departamento de línguas latinas da Universidade de Sófia resolveram lançar uma edição bilíngue do livro, usando na capa a imagem da tela pintada por Rogério.

Dois fatos curiosos desta história

O primeiro: Rogério só pintou a tela porque não encontrou o livro, no entanto um dia antes de seu embarque para a Bulgária, a Editora José Olimpio lança a 2ª edição do livro (sem que ele ficasse sabendo)

O segundo: a Embaixada procurou, mas não conseguiu um espaço adequado para a exposição que foi realizada no período de alta temporada na cidade litorânea de Varna, e as galerias locais já estavam com exposições marcadas, por esse motivo a exposição teve que ser realizada no Museu Arqueológico da cidade, justamente um local que conta com o maior acervo de púcaros do país, alguns com mais de dois mil anos.

A julgar pelo prefácio que o escritor búlgaro Rúmen Stoyanov fez ao livro, creio que o mesmo pode não ter agradado muito aos leitores daquele país. Ele diz: … “O Púcaro Búlgaro é obra prima naquela prosa latino americana, mas pode provocar certo desconforto aos leitores búlgaros privados de senso de humor: como alguém vai gastar gozações com a Bulgária, questionando se ela existe; como vai desencadear sua engenhosidade a expensas nossas? E se argumentamos a mesma coisa com signo contrário, ou seja, o Brasil e se os brasileiros não existem, vão achar graça, heim? Não sei se acharão graça. Suponho que não darão bola ou soltarão gargalhadas, mas o próprio Drummond já nos ganhou dizendo por ocasião, d’O Púcaro, com toda a impiedade: “Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?”Além do mais, Campos de Carvalho duma penada eliminou o estado do Ceará, cuja área é de 146.000 quilômetros quadrados, para que vejam aqueles sambistas como dói, e nós respiremos com alívio patriótico…” (contracapa do livro editado na Bulgária)

Sobre o autor

Walter Campos de Carvalho (1916-1998), escritor mineiro radicado em São Paulo, figura tão curiosa quanto às personagens que criou. Autor de pelo menos quatro pequenas obras-primas da literatura brasileira – A lua vem da Ásia (1956), Vaca de nariz sutil (1961), A chuva imóvel (1963) e O púcaro búlgaro (1964).

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O irritante guru do Méier

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Flagrantes da vida real

Ferreira, agitando no carnaval curitibano. © Maringas Maciel

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Americanizou

Gisele Bundchen pediu US$ 6 mi para figuração de três horas no camarote da Brahma em um dos desfiles do carnaval do Rio. Exigências que nem Beyonce faria para cantar em emirados árabe: brindes, só com água mineral (marca não informada, com certeza a Perrier, da fonte francesa), dez convidados seletos, no máximo, camarote de vidro com distanciamento da, e para contemplação, patuléia suarenta na avenida.

A Brahma, assustada, regateou para US$ 2 mi, com redução do programa inicialmente discutido. Quitado o contrato, a ex-übermodel retorna a Porto Rico ao aconchego do instrutor de jiu-jitsu, com quem afoga as mágoas do divórcio e do baque milionário no investimento em bitcoins (o manager um Bernie Madoff adolescente, foi preso e seu fundo investigado pelo FBI).

Fique claro que o problema não foi o cachê, mas a atitude diante da celebração nacional do carnaval, um desafogo pelos anos da pandemia e pelo desastre chamado Bolsonaro. Cobrar milhões da Brahma-Ambev é problema dos acionistas. Que nem afeta o três controladores, ditos referenciais, que (Lehman, Sicupira e Telles) continuam bilionários.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Comentários desativados em Americanizou
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