Tempo

Sandra, no colo de Vera Solda, o cartunista que vos digita, Zeca, o garçom, e Ernani Buchmann, no Bar Rei do Siri, década de 1970. ©  Dico Kremer

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Álbum

Popoff Sergey

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Os grilos machos, no verão, permanecem em silêncio e com a luzinha apagada a noite toda, com a finalidade de atrair a parceira que se encontra a milhares de km de distância e não sabe que o grilo apagou a luz mas ainda não foi dormir.

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Genesis

© Sebastião Salgado

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Ostras

Retícula sobre autorretrato de Lina Faria.

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A vida curiosa das palavras

A maioria dos dicionários etimológicos costuma nos dar o princípio das palavras de um modo quase sempre frio e sucinto. Não há charme nem gozo – as palavras, em estado lexical, lá estão – marcadas, quase sempre, pelas datas de seu surgimento e/ou de seu uso corrente, em abreviados e desengraçados parênteses. Apesar de não abandonar nunca os meus inseparáveis Antenor Nascentes e Antonio Geraldo da Cunha, dois celebrados monstros da pesquisa etimológica, impossível não denunciar, contudo, a “frieza” inerente aos velhos dicionários ou a sua inextricável limitação.

Não tome, entretanto, meu bom leitor, em hipótese alguma, a assertiva, como perfídia; não, é só uma constatação – gelada feito um pepino.Mas isto está por um fio – nas livrarias brasileiras já pode ser encontrado o produto final de sete anos do incansável e diuturno trabalho de um jornalista que só não se tornou filólogo por acaso. Falo do carioca Márcio Bueno, que não é meu parente mas o autor do mais que delicioso “A Origem Curiosa das Palavras” ( José Olympio, 264 págs, R$ 34,00, formato 16 x 23 cm) – extenso e acordado projeto que além de consumir quase um decênio da vida e energia de seu idealizador, posso assegurar, leitor, é barato garantido para quem nele viaje e em seus intrigantes verbetes.

Coisa que podemos fazer, em primeira mão, aqui e agora, só para dar uma idéia, ainda que pálida, do que seja esta “etimologia para milhões”. A melhor maneira, aliás, de fazer interessante a qualquer pessoa o rico patrimônio da última Flor do Lácio, como chamou à língua pátria, em decassílabos perfeitos, o nunca assaz louvado Olavo Bilac, num soneto pra lá de famoso.

A palavra alameda, por exemplo, leitor – atualmente designa rua ou avenida tendo às margens qualquer tipo de árvore. No começo o nome era aplicado somente a vias sombreadas por “álamos”… Já alarme, nos ensina Márcio Bueno, procede da expressão all’arme, que significa, em bom italiano, “às armas”. O brado era usado para que uma tropa militar se armasse com vistas a se defender ante a iminência de uma investida inimiga…

Quando chamamos alpinista ao nosso herói Jorge Niclewiecz, que já chegou ao topo do Aconcágua, só não erramos porque o uso sistemático da palavra a incorporou ao idioma, posto que “alpinista”, na origem, era só para designar quem escalava os Alpes… Tanto assim que no espanhol de nuestra America um sinônimo para alpinista é “andinista”, uma clara referência aos Andes…

Biruta, esta uma descoberta exclusiva de Márcio Bueno, é, sabemos, um saco de lona cônico que, nos aeroportos principalmente, é fixado no alto de um mastro para indicar a direção do vento. Em razão de seus movimentos, muitas vezes descontrolados, o termo acabou por designar também “pessoa amalucada”. E não o contrário, como muita gente pensa…

E quem poderia supor que a palavra canalha tem a ver com “cachorro” ? Pois tem, e muito, leitor. O termo deriva do italiano, de “canaglia” – cachorrada, cachorrice, cachorreira… Já dundum – aquela bala que quase matou o Ronaldo Reagan, e que explode no impacto, muitos aí podem estar pensando ser um vocábulo onomatopaico, isto é, que imita o som que produz, como “xixi”, por exemplo. Quem assim pensou, errou – “dundum” vem do nome da localidade indiana Dum Dum onde foi desenvolvido o projétil…

E xará, então, vejam que coisa curiosa – usado para designar “homônimo”, vem do tupi onde “xe’rerá” quer dizer “meu nome”. Tão curioso quanto a etimologia de xereta que procede do verbo “cheirar” e designa o indivíduo que vive metendo o nariz onde não é chamado… O que não é o caso, – ouviu professor Albino Freire? –, nem do “xe’rerá”.

Bueno, autor deste impagável “A Origem Curiosa das Palavras” e nem deste outro Bueno que em vez de dissertar sobre fugacidades, o seu legítimo ofício, mete-se hoje aqui a demarcar a origem das palavras…

O Estado do Paraná, domingo, junho de 2003

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Fraga

Outro dia quase fiz uma asneira. Pensei em alguns muares e nas subcondições em que vivem. Aí imaginei fazer uma asneira das grandes, em que coubessem vários asnos. Pensei em tudo: listei o material necessário para a asneira, elaborei um croquis em perspectiva e incluí até uma estimativa de custos.

Logo vi que a minha asneira seria das maiores. A começar que sua estrutura não ia caber na planta baixa do meu apartamento. E ia dar um trabalhão levar as toras de eucalipto até o andar alto onde moro. Mão-de-obra também não está fácil: apesar de tanta gente fazer asneira hoje em dia, eu queria uma bem feita, sob medida para a sala, onde os asnos se sentissem em casa. Outro dos problemas foi que o condomínio reagiu mal à minha asneira. Impediu que os três animais subissem no elevador (eles também empacaram na escadaria de entrada). Foi tanta complicação por causa de uma asneira que tive de desistir. Como sou teimoso, logo planejei outra coisa, uma besteira completa. Para meia dúzia de bestas. Eu ficaria na saleta e elas seriam instaladas na sala, que teria a asneira adaptada ao formato de besteira, adequado ao porte dos bichos.

De novo minha iniciativa foi mal compreendida pelo síndico, que vetou a entrada da manjedoura, sacos de capim e a vinda de um ferreiro vez em quando. Diacho. Será que daria para construir no quarto da empregada um minúsculo sistema hospitalar, para cuidar de mulas com tendões inflamados? Eu não sou dos que não se importam que a mula manque. Gritaria geral da vizinhança. Recuei, estrategicamente. Resolvi que devia diversificar. Em vez de muares, podia tratar bem de equinos, que são mais queridos. Numa área livre da cobertura do prédio, eu faria um telhado para tirar os cavalos da chuva. Inventivo e entusiasmado, ainda imaginei uma calha para coletar os aguaceiros e assim ter uma cisterna sempre cheia para lavar a égua. Mas aí os condôminos todos se opuseram, decerto preocupados com infiltrações. Me deram um ultimato: ou eu parava com asneiras e besteiras ou me expulsavam dali. Com essa última rejeição de um projeto de carinho e cuidados com animais, parei pra refletir.

Pensei na piscina pouco utilizada do playground. Bastava uma rampa de acesso e seria tão mais prático dar com os burros nágua. Será que dessa vez topariam? Afinal, não seria nenhuma asneira ou besteira.

 Apenas uma burrada.

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Pontes de ouro

Em dois meses e meio nos EUA, Jair Bolsonaro já custou R$ 950 mil de despesas para o Tesouro. Na conta não entra o que recebe direta e indiretamente como ex-presidente. Os R$ 950 são para manter seu aparato de segurança nos EUA. Ainda não apareceu o abelhudo para dizer que é ilegal, pois ex-presidente não é exilado compulsório para receber subvenção do governo. O que o Brasil tem que lhe pagar é aquilo que recebe como ex-presidente em moeda nacional no território nacional. Quer viver fora, pague a diferença.

O TCU, a PGR, a AGU e a CGU não mexem com isso, pois é preferível Bolsonaro lá fora visitando supermercados e reforçando o colesterol no KFC, que aqui no Brasil enchendo o saco, atormentando Lula e engolindo camarão cru. Mas já deu na vista. Parece a coisa mafiosa de taxa de proteção, em que o governo paga para não ser assaltado. O governo Lula aplica a lição de Maquiavel, “a nemico que fugge, ponti d’oro” – ao inimigo em fuga, pontes de ouro.

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Quaxquáx!

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O inimigo favorito

Cada governo elege o seu inimigo favorito, no qual descarrega a sua ira e os seus problemas. O de Bolsonaro era o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral; o de Lula é Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. O empecilho é que ambos são imexíveis. Moraes ocupa cargo vitalício no STF, e Campos tem mandato até dezembro de 2024.

O conflito entre o capitão fugitivo e o ministro Moraes é de conhecimento público e cresceu às vésperas da eleição presidencial do ano passado e logo depois. Na ensandecida ânsia de permanecer alojado no Palácio do Planalto, Jair creditou a sua derrota ao sistema eleitoral e ao seu presidente. Deu no que deu: teve de acoitar-se no balneário da Florida, nos EUA de Trump, enquanto seus seguidores/terroristas/vândalos encontram-se na cadeia ou à espera da ordem de prisão.

Luiz Inácio acaba de chegar à presidência pela terceira vez. Está cheio de problemas pela frente. Além do genocídio yanomami, tem o Bolsa Família, o desequilíbrio das contas públicas, a base parlamentar, a divisão da sociedade, a relação com as Forças Armadas e o desprestígio internacional do Brasil, para citar apenas alguns. Mas ele preferiu encrencar com o Banco Central, órgão do próprio governo. Não se conforma com a manutenção elevada da taxa Selic, comandada por Campos Neto.

Para quem não sabe, a taxa Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado para o controle da inflação. Em todo o mundo (ou em quase todo), o Banco Central é um órgão independente, com o propósito de escapar das ingerências políticas. Lula e o seu PT já defenderam essa autonomia, e até sugeriram, sem resultado, a sua inclusão na carta constitucional de 1988, mas agora parecem ter mudado de opinião. Quer dizer, tal qual o desequilibrado capitão atribuiu o seu fracasso eleitoral ao TSE, Luiz Inácio quer imputar ao Bacen o eventual descumprimento de suas promessas de campanha.

Todo mundo sabia que seria impossível, já nos primeiros momentos do novo governo, atingir índices de crescimento econômico iguais aos de seus mandatos anteriores. Menos Lula. Quer dizer, saber, sabia, mas faz questão de dizer que não.

Isso não é bom, companheiro. Dá munição para o inimigo. Não sei se Roberto Campos Neto é o nome ideal para a direção do Banco Central. Mas, segundo a opinião geral de especialistas, inclusive de apoiadores do atual governo, ele tem feito o seu trabalho – muito mais técnico do que político – com correção. Pouco importa se é neto de Bob Field (como lembrou, dias atrás, o colega articulista Paulo Roberto Ferreira Motta), figura de triste memória, que, depois de servir-se dos governos Vargas, Kubitschek e Goulart, foi servir a ditadura fardada. Ou se foi nomeado por Bolsonaro, a pedido de Paulo Guedes. Então, companheiro presidente, se o homem está cumprindo o dever dele, paciência. Se você tem estômago para digerir um Arthur Lira, o que é um RCN?

No comando do Copom (Comitê de Política Monetária), Campos Neto fez a taxa Selic baixar a 2% em 2020. Aí chegou a pandemia e a alta dos preços, forçando o aperto monetário. Em um ano e meio, a partir de fevereiro de 2021, a taxa Selic subiu mais de mil pontos-base, alcançando 13,5% ano no segundo semestre de 2022. Baixá-la agora, artificialmente ou à força, seria um péssimo negócio.

A baixa, segundo os entendidos, é questão de tempo. E de cuidado. Para o tiro não acertar no seu pé, prezado Luiz Inácio.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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Liberdade e luta

No fim de agosto de 1980, estudantes e militantes trotskistas organizaram em plena ditadura homenagens a Leon Trótski, pelos 40 anos da sua morte (21/08/1940). Em Curitiba, o encontro em um diretório estudantil contou com a presença do poeta Paulo Leminski. Oito anos depois ele escreveria a biografia de Trótski – ‘A Paixão Segundo a Revolução’ (Editora Brasiliense).

Para os trotskistas, escreveu o poema À Liberdade e Luta: “Me enterrem com os trotskistas|na cova comum dos idealistas|onde jazem aqueles|que o poder não corrompeu |Me enterrem com meu coração|na beira do rio|onde o joelho ferido|tocou a pedra da paixão”. Uma de suas filhas se chamaria Leon, se tivesse nascido homem. Nasceu um ano depois destas fotos, virou Estrela. * Ps.: Imagens do acervo de negativos advogado Nilo Kaway Jr., colega de faculdade e fotógrafo do jornal ‘Estrada Franca’, que editamos em 1979/80 na PUC-PR.

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É preciso pôr um freio no ‘crescimento infinito’

Eu tenho um amigo palestino, o cineasta Hany Abu-Assad. Nós nos conhecemos no Festival de Toronto de 2005, ele lançando o seu segundo filme, “Omar”, depois do bem recebido “Paradise Now”, e eu e meu cônjuge, “Casa de Areia”. Residente às margens do mar da Galileia, sobre cujas águas caminhou Jesus, Hany se formou em engenharia aeronáutica na Holanda, mas trocou os cálculos pela sétima arte.

Hany tem uma visão irônica e fatalista do conflito entre o Ocidente e o Islã. “Querem nos enfiar a globalização e o consumo goela abaixo, mas o planeta não vai suportar o atual nível de exploração de recursos hídricos, minerais… Sou engenheiro, sei o que estou dizendo. E quando formos obrigados a voltar a viver da subsistência, nós, os atrasados, estaremos mais aptos a resistir.”

Filho de muçulmanos, Hany assinaria embaixo do “Laudato Si”, carta encíclica de 2015, publicada no terceiro ano de pontificado do papa Francisco. “Esta irmã (a Terra) clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la.” “Laudato Si” prega o “regresso à simplicidade”, em oposição ao “crescimento infinito ou ilimitado” da “mera acumulação de prazeres”.

E, antes mesmo de Alá e Cristo, a secular Academia já alertava para os perigos do progresso desenfreado. Em “Há um Mundo por Vir? –ensaio sobre os medos e os fins” (Editora Cultura e Barbárie; Instituto Socioambiental), a filósofa Débora Danowski e o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro também enxergam, nas civilizações ameríndias tidas como primitivas, um exemplo de resistência às catástrofes que nos aguardam no Antropoceno.

“Os ameríndios nos ensinam como sobreviver num mundo devastado por uma civilização inimiga, que julgava ter direitos de soberania sobre tudo o que existe e, hoje, se encontra na posição de inimiga de si mesma.”

Se alguém não apertar o freio, os pastores do crescente fértil e os povos da floresta seremos nós amanhã.

Eu assisti às imagens do flagelo dos yanomamis e das crateras de lama tóxica na mata virgem de Roraima pela televisão, de uma Lisboa apartada da perturbadora ansiedade apocalíptica que assola o planeta. Com dez milhões de habitantes espalhados por um território pouco menor que o da reserva indígena invadida pelo garimpo ilegal, Portugal foi salvo pela estagnação.

O findo Império Marítimo floresceu nos Descobrimentos, mas foi incapaz de sustentar suas ambições expansionista através dos séculos. Tensões constantes com a vizinha Espanha; a Inquisição e a evasão de cérebros; a investida da Holanda mercantilista sobre portos estratégicos do Atlântico e das Índias; a custosa dependência da Inglaterra; a invasão napoleônica; o fim do tráfico negreiro e a independência das colônias, sem contar as décadas perdidas de salazarismo, chutaram Portugal para escanteio.

Pisei pela primeira vez em Lisboa ainda criança, em julho de 1974, três meses depois da Revolução dos Cravos. Sisuda, suja e deprimida, a cidade, como Inês, parecia morta. Nos menos dramáticos anos 1990, era comum ouvir nas ruas a expressão “quando eu for à Europa”, como se o país não fizesse parte do continente.

Com 20 anos de atraso, a mcdonização dos grandes centros aportou no Tejo, junto com o euro e a União Europeia. A onda dos arranha-céus de vidro espelhado, rodeados de vitrines de perfumaria e grifes, já estava ultrapassada, o que livrou Portugal do boom imobiliário Miami duty free shop.

A “capacidade de se alegrar com pouco”, louvada pelo Santo Padre, era traço de caráter da terrinha e a longa paralisia se transformou num ativo de mercado nos sites de decoração e turismo.

“Jardim à beira-mar plantado”, o país mais ocidental da Europa é, também, o mais distante da Guerra da Ucrânia. As sequelas sociais do regime escravocrata que fomentou ficaram de brinde para as ex-colônias e, se os turistas continuarem vindo e a Jihad não inventar de reconquistar a península Ibérica, grandes são as chances de Portugal preservar a aprazível modéstia.

Por trás da aparente estabilidade, no entanto, reside o desassossego. Os portugueses, como o resto dos europeus, desistiram de ter filhos e envelhecem num ritmo preocupante. Desacelerar é, também, perecer.

O Brasil adolescente, violento e irascível nada tem da senilidade melancólica da Europa. Nele, tudo é barulho e desespero, tudo é excesso, é muito e é demais. E “a mera acumulação de prazeres”, condenada pela encíclica, é fundamento de sua maior festa, o Carnaval.

Vai ser ruim de segurar.

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Tusquinha

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Tomi Ungerer

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