Ontem, quando fui ao banheiro no trabalho, empurrei a porta com o joelho, acendi a luz com o ombro, levantei o tampo do vaso com o pé, acionei a descarga com o cotovelo, abri e fechei a torneira com o antebraço, sequei as mãos sem tocar no secador, puxei a porta com a biqueira do sapato e atravessei os corredores sem tocar em nada. Uma hora depois, avisado por uma colega bastante constrangida durante a pausa do café, reparei que tinha esquecido de guardar o pinto.
O QUE não faz uma pesquisa de intenção de voto. Bastou Lula subir para Bolsonaro baixar as calças: já gosta de mulher e não torce o nariz para homossexuais. Desde que começou dizia que ele preferia filho morto a filho homossexual. Os filhos felizmente estão vivos…
A nova edição da Carta aos Brasileiros parece ser mais do que um ato decisivo para a derrota de Jair Bolsonaro e a vitória da democracia. “Foi a coisa mais importante que aconteceu nos últimos anos para barrar a loucura bolsonarista”, afirma o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, que assinou o documento. Ele ressalta o fato de que, entre as pessoas que estão assinando, muitas apoiaram e votaram em Bolsonaro em 2018.
“Mas o desastre foi de tal ordem que restou um pouco de bom senso, sensatez e espírito democrático nessas pessoas”, acrescenta. Para ele, “a carta é um manifesto que torna muito difícil a reabilitação de Bolsonaro, já que reúne diferentes grupos da sociedade, empresários, artistas e personalidades”. O documento já está assinado por cerca de mais de 400 mil pessoas até a manhã desta sexta-feira (29).
O economista comentou também o manifesto Em Defesa da Democracia e da Justiça, em elaboração pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e que terá o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), conforme anunciou ontem (27) a entidade do sistema financeiro. “Sobre a Fiesp, eu não tinha dúvida nenhuma (de que iria se manifestar), por causa do presidente, Josué, uma pessoa progressista, democrática e inteligente”, observa Belluzzo, sobre Josué Gomes da Silva, novo presidente da entidade da indústria desde janeiro.
O manifesto de empresários e de banqueiros é previsto para ser divulgado no dia 11 de agosto, em cerimônia na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), mesma data em que será a lançada oficialmente a Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito no pátio do Largo São Francisco.
Manifesto “retumbante” e general “dúbio“
O historiador Manuel Domingos Neto – também signatário da Carta aos Brasileiros e Brasileiras – considera o movimento de grande significado. “Esse manifesto da Faculdade São Francisco foi retumbante. Pegou muito bem. A receptividade tem sido maravilhosa e é um dado conjuntural de muita relevância. Acredito que vai chegar a muitos mais”, avalia.
Domingos Neto comenta também a declaração do general Luís Carlos Gomes na despedida da presidência do Superior Tribunal Militar (STM), nesta quarta-feira (27). “Nós temos uma Justiça Eleitoral. Ela é responsável pelo funcionamento (das eleições). A nossa missão é diferente, não temos que nos envolver em nada disso. Nós temos que garantir que o processo seja legítimo. Essa é a missão das Forças Armadas“, afirmou o militar.
Na opinião do historiador, a fala de Gomes é “absolutamente dúbia, não sei se por despreparo de linguagem ou se intencional”. Ele acredita mais na dubiedade intencional do general. “Eles não primam exatamente por uma comunicação escorreita. Mas a declaração é dúbia”, diz. “Não é missão das Forças Armadas garantir legitimidade a processo nenhum. O que ele declara é que elas seriam legitimadoras do processo. Quem tem que garantir é a Justiça”, conclui.
O professor de Ciências Sociais da PUC de Campinas Vitor Barletta Machado destaca a importância dos diferentes setores sociais se colocarem publicamente, num momento histórico em os que ocupam o poder “estão fazendo de tudo para provocar medo”. “Quando se lança uma carta como essa, e você se expõe, coloca seu nome, e as pessoas dizerem ‘eu não aceito isso e meu nome está assinado’ aqui tem uma importância muito grande.”
Bolsonaro sentiu o golpe
O presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstra ter sentido o golpe. Disse, nesta quarta, que não precisa de “cartinha” para defender a democracia, mesmo sem ser citado no manifesto. “Vivemos em um país democrático, defendemos a democracia, não precisamos de nenhuma cartinha para dizer que defendemos a democracia”, declarou.
Jair Bolsonaro achaca a democracia. É o que diz o Estadão, em editorial sobre os recados mafiosos dos ministros do Centrão ao TSE.
“Segundo fontes do governo, a negociação tem o objetivo de evitar reações violentas de bolsonaristas no 7 de Setembro e no dia das eleições. Nessas tratativas, há a indicação de que o acatamento das propostas por parte da Justiça Eleitoral seria um modo de acalmar o próprio presidente Jair Bolsonaro, evitando que ele adote alguma atitude de incentivo a distúrbios e outras confusões (…).
Há uma agravante muito séria nessa pretensão de interferir às vésperas das eleições no processo eleitoral: a chantagem. Quando o presidente e seu entorno sugerem que não têm como controlar a reação de seus apoiadores caso as propostas do Ministério da Defesa não sejam adotadas, configura-se inaceitável tentativa de coagir a Justiça Eleitoral.
Ora, não deveria ser necessário recordar que o respeito às leis e às normas eleitorais deve ser incondicional. Se Bolsonaro não aceita as regras do jogo nem reconhece a autoridade do árbitro, deve retirar-se da disputa. Insinuar que pode haver violência se Bolsonaro não puder ditar o regulamento das eleições beira o gangsterismo.”
Sabem que o belzebu real é aquele que traz a família inteira e fala em Cristo
“E com vocês… Ozzy Osbourne, que arrancou a dentadas a cabeça de um pombo!” O público em silêncio. “Alice Cooper, que decepou a cabeça de uma galinha enquanto cantava!” Começam a vaiar. “O grupo Led Zeppelin, que fez orgia com um peixe e sodomizou um morcego!” As pessoas agora estão rindo. Maldade com animal é coisa pra jardim da infância. Aqueles espectadores —os cidadãos de bem— querem mesmo é ver derramamento de sangue humano. Se der pra ter um monte de bebezinhos na UTI, melhor ainda.
Estão cansados dos roqueiros de antigamente, que brincavam de encarnar o diabo. Aguardam a chegada do demônio real. E nem gostam de rock; preferem sertanejo ou gospel. Talvez uma bandinha nazi punk pra fazer a abertura, só pra começar com algo bem leve, e depois a entrada triunfal da supremacia tinhosa. Sabem que o belzebu real é aquele que traz a família inteira e fala em Cristo.
Então o apresentador, o animador de indecências, maldições e ignorâncias, se apruma todo, pois sabe que está na hora. Com voz de spot de varejo das lojas Havan, anuncia a entrada da maior desgraça da história deste país: o homem que, com a ajuda do mega-hit Covid-19 e a conivência do superposte geral da república, dizimou multidões.
A galera vai ao delírio. Não são muitos, porque o que restava de decência no peito dos desavisados serviu pra esvaziar as arquibancadas do evento. Mas os poucos, porque a burrice e a maldade são ensurdecedoras, fazem barulho demais. Batem o pé, se chacoalham, pulam. MATE, MATE, MATE, é o que suas almas conclamam, ainda que a boca grite MITO, MITO, MITO.
E ele entra. Aquele capaz de também matar de inveja qualquer aspirante a satanás. Hitler deve ter se revirado no túmulo ao ver nosso presidente rindo das pessoas que sufocavam antes de morrer. “Poxa! Eu também me regozijei ao matar um monte de gente asfixiada, mas não lembro de ter feito isso em frente às câmeras. Como não pensei nisso antes?”
Famílias se abraçam, casais de beijam. Deveria ser proibido demonstrar amor quando se é a mais pura personificação do ódio. Está no ar a promessa de mais quatro anos de muita autenticidade pra promover a destruição em massa. Se algum coitado resolver lembrar, ali no meio, que o líder odeia mulher (na tentativa de negar que seu marido é misógino, Michelle Bolsonaro confirmou essa frase oito vezes), teme professores e gosta de dormir de conchinha com livro de torturador, vão dar de ombros.
Isso qualquer imbecil da plateia sabe fazer. Mas matar de fome e de falta de vacina tanta gente bacana e honesta, em tão pouco tempo… Esse cara é o cara! Pra quem curte espetáculo de tragédia, sucesso é fila em necrotério. Triunfo é ter mais corpo do que vala pra enterrá-los.
Lá pela metade do show, chega a hora de apresentar a banda. Na bateria, filho esterco 1. Na guitarra, filho dejeto 3. No chocalho infantil, filho estrume 2. Na coxia, as esposinhas. Como são boas moças! O vestido cor de hospital da Michelle foi uma homenagem às vítimas da pandemia? E as mãos sempre rezando, quando não estão recebendo cheques? Generoso que é, Bolsonaro agradeceu até ao seu roadie, Arthur Lira.
Tomada de revolta e ânsia, eu assistia pela televisão ao maior encontro de desgraçados do planeta. Imaginei ali uns cinco conhecidos meus, gente que fazia parte do meu convívio há cerca de dez anos. Bolsonaristas! Imundos! Podres!
Ao meu lado, um amigo recente me mandou respirar fundo. “É preciso conversar e ter afeto por essas pessoas! Se acalme. Anda, desliga isso! Olhe pro céu, pras estrelas.” Céu é uma boa ideia. É de lá que às vezes vêm uns meteoros. Desejei que o Maracanãzinho fosse a cratera de Chicxulub. Até porque vamos mesmo ter que começar tudo de novo.
Salve querido Solda! Foi um imenso prazer participar da oficina de charges com você! Aproveitando, estou enviando a caricatura que o Paixão fez de minha figura e posteriormente colorida por mim. Um abraço, espero que goste! José Quaresma, em algum lugar do passado (Teresina, Piauí).
RATINHO JÚNIOR, atual e futuro governador, vetou a lei da importação de lixo. Os deputados derrubaram o veto e estão que nem pinto no lixo, a ciscar e comer. O governador prefere o lixo produzido no Estado: veja suas alianças para a reeleição. Falhou no imitar Jaime Lerner: “lixo que não é lixo não vai pro lixo”. Porém não aprendeu o “se-pa-re” e carrega seu lixo no mesmo saco.
O projeto de lei 67/2022 que se transformou em lei estadual e possibilita a importação de lixo para o Paraná contém inúmeras inconstitucionalidades.
Derrubados vetos e aprovada pela Assembleia Legislativa, merece a interposição de Ação Direta de Inconstitucionalidade, entre outras medidas. Não obstante a competência da matéria ser comum da União, Estados e Municípios, a norma paranaense invade a competência da União e de outros Estados.
A matéria possibilita a importação de lixo de outros Estados e, eventualmente, embora não esteja formalmente escrito, até internacional, caso entre por estes estados.
Há flagrante invasão de competência da União no sentido de que a coordenação entre os Estados e a política nacional de meio ambiente quem dita é ela.
Não bastasse esse tópico, o texto legal está coalhado de ilegalidades. Desde as definições do art. 2º, com conceitos abertos e amplos, dentre outros artigos, que merecem análise.
Com efeito, a melhor solução para os resíduos é sempre a local. Na história recente, a importação de lixo contaminou todo o sul da Itália.
Nunzio Perrella, ex-chefe da Camorra (máfia napolitana e da Campania), conta em detalhes a história. Entre junho de 1992 e abril do ano seguinte, o principal expoente do clã revelou tudo no livro Oltre Gomorra.
Em dezenas de horas de gravações o autor explicou como e por que o lixo se transformou em ouro. O mafioso arrependido forneceu uma longa lista de nomes, circunstâncias, locais e métodos de descarte (legais e ilegais) de milhões de toneladas de resíduos industriais altamente perigosos.
O judiciário e a polícia tinha à sua disposição um quadro muito preciso do pacto entre industriais sem escrúpulos, empresários acima de toda suspeita e a Camorra, com a cumplicidade silenciosa de políticos e administradores locais incluídos na folha de pagamento dos clãs. Por longos vinte anos praticamente nada aconteceu.
Em apenas dez anos foram apreendidas 13 milhões de toneladas de resíduos transportados ilegalmente – e essa cifra se refere a apenas metade de todos os inquéritos iniciados. Um caminhão carrega 25 toneladas; assim, viajaram ilegalmente 1.123,512 caminhões, que colocados um atrás do outro formam uma longa fila de 7 mil quilômetros, equivalente ao comprimento de todas as estradas italianas, informou o coautor do livro, o jornalista Paul Coltro.
O lixo incluía um pouco de tudo: resíduos industriais e hospitalares, baterias, óleo, lama e cinzas de usinas de energia, hidrocarbonetos pesados, resíduos de alumínio e água industrial, entre outros materiais (BBC).
O depoimento/confissão do amigo Paulo Motta sobre a crença em Jesus, tratado aqui na semana passada, remeteu-me ao meu querido e saudoso Rubem Alves. Dizia ele que, de vez em quando, perguntavam-lhe se acreditava em Deus. Ele ficava mudo, sem dar resposta, porque achava que qualquer resposta que desse poderia ser mal entendida. E apontava o problema no verbo acreditar.
Em muitas de suas crônicas, Rubem tratou da questão. Numa delas, argumentou provocativamente: “Mesmo sem estar vendo, eu acredito que existe uma montanha chamada Himalaia, e acredito na estrela Alfa Centauro, e acredito que dentro do armário há uma réstia de cebolas. Se eu respondesse à pergunta dizendo que acredito em Deus, eu o estaria colocando no mesmo rol em que estão a montanha, a estrela, a cebola…”
E ia além: “É preciso, de uma vez por todas, compreender que acreditar em Deus não vale um tostão furado”. E, antes que ficassem bravos com ele, avisava que a brabeza deveria ser endereçada ao apóstolo Tiago, que deixou escrito em sua epístola sagrada: “Tu acreditas que há um Deus. Fazes muito bem. Os demônios também acreditam. E estremecem ao ouvir o seu nome” (Tg 2,19). Em seguida, perguntava: “Você estremece ao ouvir o nome de Deus?” E respondia: “Duvido. Se estremecesse, não repetia tanto”.
Para Rubem, o que faz o corpo tremer é a beleza. Mas avisava que “a beleza é entidade volátil – toca a pele e rápido se vai”. Em assim sendo, para ele “isso a que nos referimos pelo nome de Deus (…) é um grande, enorme Vazio, que contém toda a beleza do universo”.
Por outro lado, o meu estimado filósofo, usando a ontologia de Riobaldo (de “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa), dizia que “Deus tem de existir. Tem beleza demais no universo, e beleza não pode ser perdida”. E repetia que o grande Vazio sem fim que é Deus vai pelo universo ajuntando toda a beleza que há, garantindo que nada se perderá e o que se amou e se perdeu haverá de voltar e se repetirá de novo.
Então, respondia à pergunta que lhe fizeram: “É claro que acredito em Deus, do jeito que acredito nas cores do crepúsculo, do jeito como acredito no perfume da murta, do jeito como acredito na beleza de uma sonata, do jeito como acredito na alegria da criança que brinca, do jeito como acredito na beleza do olhar que me contempla em silêncio. Tudo tão frágil, tão inexistente, mas me faz chorar. E, se me faz chorar, é sagrado. É um pedaço de Deus…”.
Rubem Alves reiterava que só não acredita no Deus vingador pintado pelo Velho Testamento, “que administra um inferno, inimigo da vida que ordena a morte, eunuco que ordena a abstinência, juiz que condena, carrasco que mata, banqueiro que executa débitos, inquisidor que acende fogueiras, guerreiro que mata os inimigos…”.
Para Rubem, Deus não faz contabilidade. Não soma nem virtudes nem pecados. Porque Deus é o amor. E como é o amor, não tem porquês nem razões.
Em outro texto, também aqui já referido, nas vestes de Mestre Benjamin, um contador de histórias dos tempos antigos, Rubem Alves enunciou mais ou menos a mesma lição:
“A pergunta não deveria ser ‘Você acredita em Deus’, mas ‘Você se comove com a beleza?’ Deus nunca foi visto por ninguém, porque ele não quer ser visto. Ele se mostra na experiência da beleza. Quer ver Deus? Veja a beleza do sol que se põe. Quer ouvir Deus? Entrega-se à beleza da música. Quer sentir o cheiro de Deus? Respire fundo o perfume do jardim. Quer saber como é o coração de Deus? Empurre uma criança num balanço, porque Deus tem o coração de criança”.
Durante o processo de impressão do que seria a quarta edição de Paulo Leminski: O Bandido Que Sabia Latim, em 2013, a família do escritor se mostrou contrária à publicação da obra, que sairia na época pela editora Nossa Cultura. Dois anos depois, porém, o STF decidiu pelo afastamento da exigência de autorização prévia do biografado ou de suas famílias, em casos de pessoas já falecidas, o que finalmente possibilitou que o material escrito pelo jornalista Toninho Vaz voltasse a circular.
Depois de nove anos fora do mercado, a obra retorna às livrarias, integrando agora o catálogo da Tordesilhas Livros. Publicada originalmente em 2001, o livro revelou, em abordagem surpreendente, que Paulo Leminski tinha um filho, até então, desconhecido. Para a nova edição, além do texto original, foi criado um capítulo inédito e atualizado que aborda o assunto e um caderno de fotografias do poeta com amigos e familiares.
Unindo a experiência de jornalista aos anos de amizade com Leminski, na obra, Toninho Vaz se propõe investigar o mistério que foi o poeta do Pilarzinho. De maneira íntima, após um ano de pesquisas e 81 entrevistas realizadas com parentes, parceiros, alunos, ex-mulheres, professores, amigos e até desafetos, o autor reuniu histórias, escritos, poemas, fotos inéditas e rascunhos de textos inacabados.
Personagem inesquecível da contracultura da década de 1980, Paulo Leminski ganhou espaço na cena intelectual brasileira com jeito marginal e alma de judoca. Músico e tradutor, poeta e professor, mestre e lutador, foi acolhido por grandes personalidades da época, como Caetano Veloso, Waly Salomão, Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari, entre outras.
Em Paulo Leminski: o bandido que sabia latim, Toninho Vaz traduz ao leitor quem realmente foi Paulo Leminski Filho, com todas as suas grandezas e contradições. Para o autor, a obra é “o retrato de um poeta brasileiro sem disfarces, o ex-estranho Paulo Leminski.”. Sobre o autor: Jornalista, roteirista, escritor e biógrafo, o curitibano Toninho Vaz foi repórter da revista IstoÉ e do Jornal do Brasil. Foi editor de texto do Jornal Nacional, do Fantástico e do Globo Esporte, além de trabalhar para a rede norte-americana CBS Television.
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