Fraga

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Impunes absolutos

LI a frase de Donald Trump, na época em que se lançou candidato, na qual jactava-se de poder matar alguém em plena luz do dia na Quinta Avenida, em Nova Iorque, que nada lhe aconteceria; que nasceu com imunidade e impunidade garantidas. Ainda que chocante, não achei absurda, porque o absurdo alia-se ao doentio na sociedade dos EUA. Um passeio pela História revela que esse apanágio (perdoe o palavrão) é da sociedade que sucumbe ao engodo de líderes carismáticos e manipuladores – ainda que estes não resistam à menor análise da racionalidade e da consistência do que dizem e fazem. Trata-se de uma relação não racional, espiritual, digamos, até mágica entre o manipulador e os manipulados: estes aceitam, aprovam, submetem-se, aplaudem.

Cansa, mas é necessário repetir exemplos, tanto de bons como de maus. Passa por Moisés, Cristo, Maomé, chega em Hitler, Kadaffi, Stalin, Trump … e Bolsonaro. Bolsonaro, do grupo dos facinorosos, tem as mesmas impunidade e imunidade: a desatenção com o covid, a destruição da Amazônia, a fome e o desemprego, o cinismo abusado e hipócrita, as mentiras deslavadas que ofendem o brasileiro, o caos econômico e administrativo que criou para garantir-se no poder. E, como sempre ele nos insulta depois de nos injuriar, o apelo aos EUA para o golpe contra as eleições e o cinismo impiedoso com o desaparecimento do jornalista inglês e do sertanista brasileiro na região da Amazônia que entregou ao tráfico, à destruição ambiental e à criminalidade, inclusive estrangeira.

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Autorretrato

© Ricardo Silva

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Dossiê mostra como o governo Bolsonaro transformou a Funai em uma fundação anti-indígena

Sob o governo do presidente Jair Bolsonaro, Funai se tornou uma fundação anti-indigenista, marcada pela não demarcação de territórios indígenas e a perseguição a servidores e lideranças. É o que denuncia um documento produzido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos, o Inesc, em conjunto com a associação Indigenistas Associados, Ina, que representa servidores do órgão.

O dossiê também aponta uma militarização sem precedentes da Funai. Das 39 Coordenações Regionais do órgão, apenas duas são chefiadas por servidores civis – outras 24 são coordenadas por oficiais das Forças Armadas e policiais militares ou federais.

Nos altos escalões, a situação é parecida. Além do presidente, Marcelo Xavier, que é policial, outros três oficiais de forças de segurança armadas compõem a diretoria.

Marina Verenicz

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O sexo dos ‘velhos ridículos’

Estigmas, estereótipos e preconceitos associados ao sexo na maturidade

Vocês repararam que vários casais de mais de 70 anos, apenas com roupas íntimas, protagonizaram cenas sensuais nas propagandas do Dia dos Namorados? Acharam libertador enxergar corpos diferentes daqueles que são maioria nas propagandas sempre tão fartas de corpos jovens e perfeitos?

A moda, a publicidade e a indústria da beleza parecem ter descoberto que todos nós já somos ou seremos velhos amanhã e que queremos amar, namorar e ter tesão em todas as fases das nossas vidas.

Os mais velhos, nos últimos anos, deixaram de ser invisíveis e de ter vergonha de mostrar seus corpos e desejos. As propagandas estão fazendo sucesso porque retratam a transformação que está acontecendo na sociedade brasileira. Estamos começando a tirar os óculos da velhofobia que só enxerga feiura, decadência, miséria e doença na velhice, para enxergar beleza, alegria, tesão e prazer nessa fase da vida.

No entanto, vale o alerta de uma psicóloga de 65 anos: “De repente, todo mundo passou a achar que os velhos estão na moda. O cabelo branco que era considerado horrível passou a ser lindo. Agora a obrigação é deixar o cabelo branco, não pode mais pintar, tem que mostrar que é velha. Passou a ser fashion respeitar a diversidade e colocar cotas de velhos nas propagandas e desfiles de moda para ser politicamente correto. O mercado não é idiota, quer lucrar cada vez mais. Ele descobriu que os mais velhos também têm dinheiro e que eles ainda têm tesão, namoram e gostam de sexo”.

É verdade: os mais velhos namoram, fazem sexo e sentem muito tesão pela vida. Mas por que a recorrência preconceituosa de usar o advérbio “ainda” quando se fala de amor, sexo e prazer na maturidade?

Há mais de 30 anos venho mostrando que a velhice pode ser, e é, uma fase de conquistas, alegrias, descobertas, realizações, prazeres e aprendizados. É o momento de deixar florescer “o tesão da alma”, como dizem as mulheres mais velhas que tenho pesquisado: “É a primeira vez que eu posso ser eu mesma, nunca fui tão livre, nunca fui tão feliz, é o melhor momento de toda a minha vida. É uma verdadeira revolução”.

É o que eu chamo de “revolução da bela velhice”. Se, antes, eu também tinha pânico de envelhecer e só conseguia enxergar feiura, doenças e perdas no meu próprio processo de envelhecimento, hoje meu olhar está mais focado na alegria, no aprendizado e no tesão de viver que só aumentam com o passar do tempo.

Como mostra um médico de 72 anos, a intimidade e a confiança adquiridas com o tempo permitem novas formas de dar prazer a si mesmo e à esposa. Apesar de a frequência sexual ter diminuído bastante se comparada à da juventude, ele relata que sente muito mais tesão na relação com a esposa:

“O maior problema não é a idade, mas o tempo do relacionamento. É quase impossível manter o tesão em um casamento de meio século. Apesar de ser um dinossauro em extinção, comprei um vibrador e uma lingerie sexy para minha mulher no Dia dos Namorados. É importante quebrar o tabu de que os velhos não têm tesão. Embora o corpo mude com o tempo, não podemos parar de dar risadas, namorar e brincar. Meu tesão não está só no sexo, mas principalmente na vontade, no prazer e na alegria de estarmos juntos. Na verdade, meu tesão hoje é mais saboroso, livre e criativo”.

Os mais velhos que “ainda” têm tesão e “ainda” namoram são acusados de “velhos ridículos”, como revela uma empresária de 73 anos. Para ela, o maior preconceito e intolerância contra a velhice vêm das próprias mulheres:

“Como diz minha neta, estou ‘ficando’ com um rapaz mais novo do que as minhas filhas. Já ouvi das minhas filhas e de amigas que sou o exemplo perfeito da velha maluca, caduca e caquética. Elas me chamam de coroa periguete e velha ridícula. Ligo o botão do foda-se para o que elas pensam. Não tenho vergonha de sentir tesão, de namorar e de querer desfrutar cada minuto da minha velhice. Prefiro ser uma velha ridícula do que uma mulher amarga, mal-amada e infeliz como elas são. Quando elas me xingam eu assumo: ‘Sou uma velha ridícula, e daí?'”.

Publicado em Mirian Goldenberg - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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thegoodstuff-101Thegoodstuff _101. © IShotMyself

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Don Diludir

cardeais© L’Osservatore Romano

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Mostra “Mulher”

Um dos banners de Tiago Recchia, na tenda dos 10enhistas de Humor do Paraná, 28º Salão Internacional de Humor do Piauí, 2008

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Marilyn Monroe. © Andre de Dienes

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#diariodobolso: quem quiser picanha e leite condensado que entre pro Exército, talkei?

Diário, andam falando muito sobre fome esses dias, porque parece que tem 33 milhões de brasileiros com esse problema aí.

Mas falar sobre isso adianta? Não adianta. Então não vamos ficar martelando nesse assunto, talkei? A gente não pode ser negativo. Falar num problema só aumenta ele. Por exemplo, se alguém faz rachadinha, você muda quem investiga o bagulho e pronto. Se tem problema de desmatamento, você muda quem mede esse treco e tá resolvido.

Por isso, no tocante à fome, no primeiro dia do meu governo já acabei com o Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), um treco criado pelo Itamar Franco há trinta anos.

Pô, eu vou querer um monte de sociólogo, padre e comunonutricionista falando no meu ouvido que o povo precisa comer? Quem quiser picanha e leite condensado que entre pro Exército, talkei?

Só que em maio de 2019, uma comissão parlamentar ressuscitou o Consea. Mas eu não entreguei os pontos. No mês seguinte vetei a volta dessa porcaria. E o Congresso apoiou o meu veto: 299 a 162. Goleada!

Em 2019, também fechei os 27 armazéns da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e acabei com os estoques de regulação. Imagine só, Diário, que o governo estocava alimentos pra estabilizar preços. O pessoal do agro gostava disso? Claro que não. Então acabei com a brincadeira.

O que importa é o Mercado, não o mercadinho da esquina, talkei?

Também tirei dinheiro do Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e enterrei o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), que comprava produtos sem agrotóxico pra alimentação escolar. No tempo do Barbudo, chegaram a gastar quase R$ 1 bilhão nessa bobagem.

O Brasil saiu do mapa da fome em 2014. Mas, pelas contas de um pessoal aí, voltou em 2018. E agora tão dizendo que mais da metade dos brasileiros está em insegurança alimentar.

Pô, quem tem insegurança alimentar sou eu, que nem posso comer um camarão sem mastigar que já entupo as tripas.

#diariodobolso

PS: Olha, Diário, quem quiser fazer alguma coisa contra a fome que vá no site da Ação pela Cidadania, aquele treco do Betinho, e doe um trocado. Porque, se depender de mim, o brasileiro vai ter barriga tanquinho.

José Roberto Torero

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#ForaBozo!

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Um orçamento sigiloso

O orçamento secreto é um assunto pouco debatido e divulgado pela grande mídia. A falta de critérios na liberação dos recursos em ano eleitoral é um mistério.

Não bastasse a propaganda partidária que, na prática, tornou-se propaganda eleitoral antecipada, com personagens que buscam a (re)eleição, temos esse mundo de dinheiro sendo distribuído sem critérios e de forma secreta.

Afinal, o orçamento secreto beneficia quem?

Atualmente, a liberação de recursos do orçamento é a principal moeda de troca em votações importantes no Congresso. O dinheiro disponível neste ano era de R$ 16,5 bilhões, mas o governo efetuou um bloqueio de R$ 1,7 bilhão em março para compensar o aumento de outras despesas.

O Palácio do Planalto e a cúpula do Congresso Nacional têm usado esses recursos para privilegiar aliados políticos e, com isso, ampliar a base de apoio deles no Legislativo.

Que tipos de emendas existem?

As emendas individuais, que todo deputado e senador têm direito; as de bancada, onde parlamentares de cada estado definem prioridades para a região; as de comissão, definida por integrantes dos colegiados do Congresso, e as do relator, criadas por congressistas influentes a partir de 2020 para beneficiar seus redutos eleitorais.

E as emendas parlamentares como funcionam?

A cada ano, o governo tem que enviar ao Congresso até o final de agosto um projeto de lei com a proposta do Orçamento Federal para o ano seguinte. Ao receber o projeto, os congressistas têm o direito de direcionar parte da verba para obras e investimentos de seu interesse. Isso se dá por meio das emendas parlamentares.

As emendas parlamentares se dividem em: emendas individuais: apresentadas por cada um dos 594 congressistas. Cada um deles pode apresentar até 25 emendas no valor de R$ 16,3 milhões por parlamentar, valor referente ao Orçamento de 2021. Pelo menos metade desse dinheiro tem que ir para a Saúde.

Há as emendas coletivas: subdivididas em emendas de bancadas estaduais e emendas de comissões permanentes, da Câmara, do Senado e mistas, do Congresso, sem teto de valor definido.

E as emendas do relator-geral do Orçamento: as emendas sob seu comando, de código RP9, são divididas politicamente entre parlamentares alinhados ao comando do Congresso e ao governo.

Ao longo do mandato de Bolsonaro, governo e Congresso destinaram R$ 65,1 bilhões do Orçamento para as emendas de relator. Desse total, R$ 36,4 bilhões foram empenhados, etapa em que o dinheiro é reservado para ser pago quando o bem ou serviço forem entregues.

As emendas de relator surgiram pela primeira vez na aprovação da LDO de 2020. Desde então, ao menos R$ 16 bilhões ao ano são reservados para indicação dos parlamentares..

As emendas de relator ampliaram o controle do Congresso pelo Executivo em relação ao orçamento, em detrimento de ações estruturais dos ministérios.

Ainda não há critérios para a distribuição dessas emendas, mas o Relator da proposta de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2023, promete fazer mudanças nas emendas de Relator. Será?

Eis o sigilo orçamentário brasileiro que beneficia o Centrão e os partidos aliados do governo, sem critérios e em segredo.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
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