Adeus às armas

O MINISTRO Fachin, presidente do TSE, bateu na mesa e disse que as eleições são assunto civil, de gente “desarmada”. No mesmo dia Bolsonaro fez um dos seus recuos instantâneos, no estilo do escorpião que pede carona ao sapo. Porque Fachin e os brasileiros comprometidos com a normalidade institucional sabem que nas eleições haverá gente armada de uniforme e gente armada à paisana.

O blog se desculpa com o presidente do TSE, a quem atribuiu a aceitação de consultoria militar sobre as urnas. Quem fez isso foi o antecessor, Luís Roberto Barroso. Fachin apenas manteve a situação e enfrentou pressões do ministro da Defesa. Até onde o presidente do TSE aguenta é o temor de todos que o apoiam e aplaudem.

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A abolição da miséria, no país dos banqueiros

Passados 134 anos da Abolição da Escravatura no Brasil, ainda convivemos com o preconceito e o apartheid social em nosso país.

A pobreza, o desemprego e a miséria são efeitos das políticas neoliberais que pregam o cada um por si e o “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Resultado da falta de políticas sociais de distribuição de renda, de bancos ganhando trilhões do governo e captando bilhões da população, cada vez mais endividada e negativada.

No Brasil de Bolsonaro e aliados, tornou-se um desafio professar uma religião diferente da do poder, como a Umbanda, o Candomblé, o Espiritismo, o Catolicismo, o Judaísmo ou o Islamismo.

Estamos num governo que possui “religião oficial”, que indica Ministros para o Supremo Tribunal Federal com determinado credo religioso, que lança tentáculos em todas as esferas do poder, em busca de apoio e votos.

O Centrão, esse monstro político, é o grande fiador de tudo isso, que afunda a economia e os indicadores sociais no Brasil.

Os grotões negacionistas dizem que não há preconceito no país, que é tudo “mimimi”, e que a vida é assim mesmo.

Cresceram, vertiginosamente, os índices de violência doméstica, violência contra os idosos, o preconceito contra os negros, a intolerância religiosa, e aumentou, sensivelmente, a população de miseráveis no país.

O Brasil reingressou no mapa da fome, com 70 milhões em estado de precariedade alimentar.

Erradicar a miséria é fundamento da Constituição, mas muito pouca gente dá bola para isso. A renda mínima pode resolver isso, mas não é discutida e nem está na agenda governamental.

A escravidão continua, com outra roupagem, atualizada, e presente de forma estrutural.

No Brasil, o lucro dos quatro grandes bancos cresceu 13,6%, não há crise para quem faturou 24,76 bilhões, apenas no primeiro trimestre de 2022 (Itaú-Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil).

Debater o 13 de maio significa ouvir a voz e perceber os invisíveis, que são a grande maioria no Brasil.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
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Jogos nada inocentes

A direita se inspira nos games para suas campanhas de ódio e fake news

Não entendo de games, nunca me dei ao respeito de jogá-los e nunca me interessei por eles. Quando surgiram, nos anos 70, eu só conhecia o mundo letrado, racional e cartesiano em que nascera. Nesse mundo, duas premissas levavam a uma conclusão e, mesmo que às vezes se bagunçasse a velha ordem do começo, meio e fim, só quem pensasse existia. Os games pareciam dispensar a pessoa de pensar e, ainda assim, garantiam a sua existência. Era sedutor demais e não admira que muitos jovens se entregassem.

Como os jogos —perdão, games— existiam numa dimensão à parte, o mundo adulto não os via como ameaça. Afinal, que mal fazia um fliperama em que uma galinha atravessava a rua no meio do trânsito e o jogador tinha de fazê-la esgueirar-se entre os carros antes de ser achatada? Mas os games perderam a inocência e, mesmo quando se tornaram incrivelmente violentos, tratando de invasões, confrontos e táticas de guerra, o mundo real não se tocou. E já ali eles não eram uma brincadeira —seus criadores eram profissionais oriundos do establishment militar, peritos em propaganda, mísseis e bombardeios.

A Folha deu na segunda-feira (9) uma importante entrevista de Daniela Arcanjo com o sociólogo britânico Jamie Woodcock, 34, talvez o primeiro a atentar para os games na política. Segundo ele, a direita, mais afeita à cultura online, se apropriou deles para disseminar sua pregação, o que explica a súbita epidemia mundial de negacionismo, supremacismo e neonazismo.

Os games não são de direita, mas uma ativa facção de seus usuários, sim. E, nesse ponto, diz Woodcock, a direita está muito à frente da esquerda e dos liberais. A torrente de fake news, disparos em massa e discursos de ódio são suas “ferramentas”, como bem sabemos no Brasil. Some-se agora a campanha suja contra o voto eletrônico.

Enquanto cochilamos, a direita conhece bem os botões a apertar.

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Mohammad Rasoulof

adeusAdeus|Goodbye|Bé omid E didar| Irã, 2010.

Adeus, de Mohammad Rasoulof (2010) é mais um filme iraniano que mostra o tipo de democracia que vive o país. Lançado em 2011 na mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes, onde recebeu o prêmio de direção, o filme foi proibido de circular no Irã, apesar de ter tido aval do governo para ser realizado.

Também pudera: num país cheio de restrições às liberdades civis, ele conta a história da advogada Leyla, que conseguiu licença para exercer a profissão dela em Teerã, a capital do Irã, enquanto o marido está exilado — ele, um jornalista militante anti-governo. Então, ela fica grávida e tenta deixar o país, mas, obviamente, vai enfrentar uma série de dificuldades burocráticas para realizar o objetivo. Como se imagina, o tema é político, mas também esbarra nas questões comportamentais e religiosas, caso do papel da atuação da mulher em uma sociedade tão fechada quanto à iraniana.

O filme foi realizado logo após a prisão do cineasta em 2010, junto com outro diretor, Jafar Panahi, também opositor do governo. 

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Padrelladas

Chega o inverno, aparece problema com ácaros. Comprei um aparelhinho que liga na tomada, se chama esterilér. Então, ligo no lado direito da cama o aparelho que atrai os bandidinhos e logo aquele povo todo se dirige na direção do objeto. Espero meia hora e mudo o aparelho para o lado esquerdo, e os ácaros sentem-se atraídos para esse lado e caminham para ali. Vou trocando o trubisco de lugar até que lá pelas tantas os exaustos ácaros põem-se a dormir e também posso eu entregar-me aos braços de Morfeu.

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Hazel Moore. © Zishy

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Mural

Outubro|2009

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A brigada à paisana

O BRASIL tem 6 mil militares da ativa em cargos civis. Isso equivale a uma brigada, o antepenúltimo nível superior da força de terra. Legal e normal, pois funcionários civis saem e voltam para os cargos – alguns nem voltam, como os que se elegem e ficam 30 anos em mandatos parlamentares. Sociólogos (Raymundo Faoro, por todos, n’Os Donos do Poder) estudaram o patrimonialismo da função pública: o sujeito entra no cargo e só sai pelo tempo, pela idade ou pela improbidade. Não é dono do cargo no sentido estrito, mas não o deixa a não ser na forma da lei. Até lá vai ficando, entra e sai como porta giratória de cozinha.

Enquanto está fora, em cargo de outra área, pode optar pelo salário melhor. Normal? Dentro da lei, sim. Acontece que os órgãos públicos têm lotações, tantas pessoas para cada cargo, no pressuposto que aquele número corresponde à necessidade do serviço (uma falácia, que encobre a difícil mensuração da eficiência no serviço público). Quando o funcionário deixa seu cargo para outra função, em outro órgão, seu cargo terá que ser exercido por outro, seria a lógica.  Mas dificilmente acontece, o que leva à percepção de que a lotação está mal dimensionada, que não necessita de tantos funcionários.

No entanto, no Brasil funciona assim. Sempre o patrimonialismo, resquício da realidade que vem do Império; também patrimonialismo pela pressão que fazem os funcionários sobre o Estado para se proteger da instabilidade, da dispensa por desnecessidade. A alternativa, dizem, seria pior, o spoil system dos americanos, pelo qual as mudanças periódicas de partidos no poder renovam intensa e extensamente com entradas e saídas os quadros de funcionários, jamais estáveis em cargos. A cultura americana admite sem danos a situação porque obedece ao pressuposto da eficiência e da probidade.

O Brasil não tolera a instabilidade, pois a administração pública seria alvo de empreguismo acentuado pelas mudanças no poder. Ou seja,  corrupção atenuada pelo patrimonialismo nos cargos. É uma deformação do sistema, que, mesmo abonada pelas reservas contra o mal maior, leva à pergunta, que se faz quanto aos 6 mil militares da ativa se sobrevier uma guerra ou a ditadura que exijam sua atuação? Como o problema será atendido? Convocando reservistas ou ou os militares fora de suas funções? Avança-se: 6 mil militares ativos fora de suas funções, ainda são necessários às suas corporações?

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© Irina Dyvyn. Zishy

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No julgamento de Johnny Depp, Amber Heard forçou lágrima de US$ 50 milhões

Com uma frase, ela detonou a autocomiseração, o choro brotou tímido, depois repetiu o mote, até espremer algumas gotas

“E tudo isso por nada! Por Hécuba! O que é Hécuba para ele, ou ele para Hécuba, para que chore assim por ela?”, “Hamlet”​, ato dois, cena três. Shakespeare sabia. A lágrima do ator tem altíssimo valor de mercado.

Para o intérprete, não basta, é claro, vertê-la sem dar conta do personagem. Existem casos, fenômenos fisiológicos que se debulham com impressionante facilidade, mas não convencem na pele de outro. E existem, também, aqueles que convencem, mas não choram.

Pode-se simular um esgar, um desdém, uma alegria profunda ou raiva acumulada sem grandes malabarismos técnicos. A ciência atesta que o sorriso fingido não aciona todos os músculos faciais tensionados pelo franco, mas a diferença é imperceptível para o espectador comum.

A lágrima, no entanto, é o milagre concreto do sentimento, secreção de milhões de circuitos sinápticos, memórias cavadas no tempo, que terminam por produzir uma mistura de água e sais minerais, excretada pelo canal lacrimal. A lágrima é a prova física da emoção. Ou você dá conta dela, ou não dá.

Em “Corra”, filme de Jordan Peele, a sogra racista hipnotiza o candidato a genro girando uma colherzinha de café na xícara. Um carrinho, plano-sequência sem truques ou cortes, avança lento, na direção de Daniel Kaluuya. Conforme a lente se aproxima, os olhos dele marejam, até explodirem num choro descontrolado.
Por certo, o racismo de que trata o filme foi um dos gatilhos que levou o ator a atingir aquele estado abismal de medo e fragilidade, mas suspeito que não só. A tomada é um raio-x assombroso da alma de Kaluuya e fez história.

O close final de “Noites de Cabíria”, de Federico Fellini, é outro lacrimoso instante sublime da sétima arte. Depois de sofrer o diabo, Giulietta Masina caminha pelo parque escuro e, sem aviso prévio, rompe a quarta parede, nos encara com os olhos umidíssimos e… sorri com a inocência intacta.

Faço essa longa introdução sobre o pranto nas artes, talvez para esconder a vergonha do real motivo da crônica. Admito, sem orgulho, ter me viciado no julgamento de Johnny Depp e Amber Heard, transmitido ao vivo pela internet.

Amber não possui o carisma do ex-cônjuge e parece ter forjado evidências para chantageá-lo na separação. Conta, no entanto, a favor da moça, a difícil convivência com um homem mais velho e poderoso do que ela, dependente confesso de álcool e drogas.

Por se tratar de dois atores, o caráter teatral do tribunal se impõe.

O cavalo de Jack Sparrow foi Jack Sparrow nas acareações. Misterioso, irônico e sedutor, Depp brindou o júri com uma compilação de seus melhores momentos na tela. Investido da dignidade dos loucos, o astro confirmou o uso e abuso de substâncias lícitas e ilícitas, jurando, em plena era do MeToo, ser vítima das calúnias e agressões de uma maníaca depressiva oportunista.

Chegou, então, a vez de Amber narrar a sua versão do conturbado, e curto, casamento, vivido entre ilhas paradisíacas nas Bahamas, mansões na Austrália, rehabs no Caribe e coberturas cinematográficas em Los Angeles. Uma vida comparável à dos deuses do Olimpo, irresistível ao voyeurismo de mortais como eu.

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Primavera

Os orientais, sobretudo os japoneses, este povo de delicadezas e de suicídios, têm um haicai para cada estação do ano. Sucintos, brevíssimos, o lampejo do riscar de um fósforo. Impossível, entre eles, passar de uma estação a outra, sem dar a elas as boas-vindas, ou os adeuses. Com pincel e poesia sobre uma folha de papel-de-arroz. Primavera, verão, outono, inverno…

Não sem propósito, cá neste domingo de setembro, em que a primavera reestréia, outra vez me vem a certeza de que a Natureza não se repete. Nem mesmo em se tratando de nova primavera, ainda que velha de tanto reacontecer pela vida afora. Que o diga o vetusto ipê que daqui da janela de casa chega a acender – frondoso e amarelo a exibir a inédita floração de 2007.

Foram outras as flores na primavera passada, outros os ventos e certamente outras as abelhas que voaram por ele num zumbido quase audível na tarde quieta, não o atrapalhasse o escarcéu dos cães e a música dos passarinhos. Daqui todo sacode, pródigo em exibir-se, o velho ipê, com uma arrogância vegetal que é só dele, e insubstituível.Nos jogos florais de há muitos séculos, o poeta Bashô reunia-se com os numerosos discípulos justo quando a primavera abria os olhos nos olhos da flor-do-camaleão, minúscula florinha, da família de nossa popular olhos-de-gato. Não, não a pensem de olhinhos puxados e ademanes nipônicos. A flor-do-camaleão brota em Kyoto no exato dia em que a primavera abre as asas numa profusão de inseto e céu. Primavera/até a flor do algodão/quer ser amarela.

O haicai aí, antigo como a própria primavera, e sempre novo a cada vez, saúda a estação, a lápis-de-cor. E tange a verdade profunda da “impermanência” que nos faz só entes provisórios desta vida que de tão besta chega a ser lírica. Igual que a derradeira folha de uma árvore, que, sem alarde, no outono cai. Não grita nem se desespera – cai. Simplesmente cai na leveza do vento e ao abrigo do chão.Fôssemos assim os humanos, a vida seria só um livro em branco onde grafaríamos o registro humilde de nossa passagem, não menos humilde, cá por este desolado mundo. Entretanto, grandiloqüentes e angustiados, aflitos e sem esperança, mesmo face ao mais banal dos eventos, o Ego, este obscuro pesadume do ser, a tudo vigia e controla, a tudo deseja ao seu modo e mesquinho traçado. Um risco além e tudo está por um fio.

Aprendamos, senhores, com a primavera que nasce, e, por nascer, já passa, senhora de hibiscos e gerânios, de alamandas e azaléias. Insistir em deter (com que profana engenharia?) o andado das horas é cair num poço sem fundo. Na mitologia maia, o último homem que tentou deter o Tempo ainda hoje gira e gira em sua agônica espiral de medo e pêlo e agrura.Prefiro a novidade que, em toda nascente primavera, feito um recado da vida, o velho ipê me oferece desde a janela de onde o contemplo com olhos que, ai, também um dia foram meus.

23|09|2007

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Cada macaco no seu galho

O Tribunal Superior Eleitoral rejeitou as propostas feitas pelas Forças Armadas sobre as eleições de 2022 e fez muito bem. O pessoal fardado não tem nada que se meter no processo eleitoral. É um procedimento civil que tem regras próprias e gente especializada para executá-las. Aliás, o serviço eleitoral brasileiro é um dos melhores do mundo e já provou ser eficiente, correto e seguro. Ou, como bem disse o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, “o êxito e a credibilidade conquistados pela instituição nesta tarefa maior de promoção da democracia firmam esta Justiça especializada como verdadeiro patrimônio imaterial da sociedade brasileira”.

A mando daquele cujo nome não deve ser dito, sob pena de maldição, os milicos fazem um papelão ao tentar se meter onde não são chamados. O objetivo é um só: melar o processo, levantar suspeitas infundadas nas eleições que se aproximam e bajular o chefete que está se borrando de medo de perder a disputa.

Fachin foi claro ao afirmar que a tropa do Ministério da Defesa confunde “conceitos” e erra ao “apontar risco de inconformidade em testes de integralidade das urnas”. Só podia acontecer. Não é do ramo. E o fim almejado, além de espúrio, é trapaceiro e indecente.

O ex-presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, errara no início do ano ao responder questionamentos das Forças Armadas e oferecer acento para os milicos, com função política, na CTE (Comissão de Transparência Eleitoral). Isso nunca acontecera anteriormente e não tinha razão alguma de ser agora.

Quais os fatos que levaram os militares a apontar baixo nível de confiança no teste de integralidade das urnas? Nenhum. Apenas a possibilidade real (e esperada pelos cidadãos de bem) de o coisa ruim golpista que se assenhorou do poder em Brasília e a camarilha que o cerca sejam varridos do Palácio do Planalto. Mas é aí que se afirma a democracia – ainda que o termo não seja nada simpático à parte dos homens de quepe.

Por força do o artigo 142 da Constituição Federal de 1988, as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, “destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Não consta que a defesa da pátria ou a garantia dos poderes estejam sendo ameaçadas. A não ser pela intromissão indevida e inaceitável das próprias Forças Armadas. Aliás, caberá a elas garantir a realização das eleições e a posse dos eleitos pelo voto popular, sejam eles quem forem. E fim.

P.S. – Imaginem o que diria o eminente Ministro da Defesa se um reservista de terceira categoria, como o que vos escreve, adentrasse um dos nossos quartéis e desse ordem unida para os recrutas.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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