Natalie Austin. © Zishy

Publicado em elas | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Comédia da vida privada | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

‘PEC da pedalada’ é aprovada com Lira encarnando Eduardo Cunha

Por uma margem de quatro votos (312 precisando de 308), a Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quinta (4), em primeiro turno, a proposta de emenda constitucional que autoriza o governo Jair Bolsonaro a uma pedalada em suas contas, dando um calote nos precatórios, ou seja, em dívidas públicas. Isso abre caminho para, em ano eleitoral, o presidente bancar seus projetos e os deputados terem acesso a mais dinheiro.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez tudo ao seu alcance para garantir um quórum seguro. Chegou ao ponto de, a algumas horas antes da votação, mudar as regras internas da casa, permitindo o voto pela internet de deputados que estavam em missão externa. Membros da oposição reclamaram que isso havia sido solicitado em outras ocasiões, mas teve a negativa de Lira.

Acréscimos à proposta para permitir o pagamento de dívidas da União na área de educação com Ceará, Bahia, Pernambuco e Amazonas também foram feitos no plenário, colhendo mais alguns votos da oposição nesses estados. Críticos ao projeto, novamente, apontaram que a manobra atropelava as regras da Câmara.

Leonardo Sakamoto

Publicado em Ultrajano | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Sem economizar palavras, valorizou o amor à família

Fábio Campana não economizava palavras para demonstrar o quanto amava os filhos e a esposa. Dono de personalidade forte e caloroso nos sentimentos, era de fácil amizade e tornava-se íntimo quando gostava de alguém. Valorizava o caráter e a índole das pessoas e não tolerava vulgaridades e o óbvio.

Fábio tratou bem os afetos e enfrentou com firmeza os inimigos. Escritor, poeta, jornalista e publicitário, editou, além do próprio blog, a revista Atenção e o jornal Correio de Notícias. Atuou como colunista político dos jornais Gazeta do Povo, O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná, Gazeta do Paraná e Tribuna do Norte. Comentou política nas rádios BandNews, Banda B e CBN no Paraná.

A paixão por música, história, literatura, poesia e ficção também moveu sua vida. Nos anos 1990, Fábio fundou a Travessa dos Editores, pela qual publicou 120 títulos.

De sua autoria, há dez livros publicados, entre os quais romances e volumes de poesias e de contos. Outras quatro obras foram finalizadas e serão lançados pela família.

Segundo o diplomata Rubens Campana, 36, seu filho, Fábio transitava bem entre pessoas de todas as orientações políticas e apreciava a convivência com aqueles de quem discordava. Ele atuou como secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba e secretário de Comunicação Social em três administrações do governo do Paraná.

Na publicidade, passou por duas agências e no marketing político, fez campanhas para o governo do Paraná e para várias prefeituras. Também dirigiu a comunicação de campanhas que elegeram os presidentes do Paraguai Andrés Rodríguez (1989) e Juan Carlos Wasmosy (1993).

Fábio filiou-se ao Partido Comunista em 1960 e depois foi filiado ao PCdoB até 1981. Foi preso político em duas ocasiões: em 1966 e em 1970. Fábio Campana morreu dia 29 de maio, aos 73 anos, por complicações da Covid-19. Deixa a esposa Denise, os filhos Rubens e Izabel, e o neto Antonio.

Patrícia Pasquini

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Ricardo Salles é contratado como comentarista da Jovem Pan

Ninguém melhor para passar pano para os crimes cometidos pelo governo do que um ex-ministro acusado por organização criminosa

A Jovem Pan anunciou nesta quarta-feira (3) mais uma contratação de peso para seu plantel de passadores de pano para Jair Bolsonaro.

Ninguém melhor para o serviço do que um ex-ministro do governo acusado por organização criminosaRicardo Salles (foto) estreia amanhã na emissora, que acaba de virar TV, no jornal “Top Of The Hour”.

Na semana passada, Jair Bolsonaro, que é quase um funcionário da empresa, deu pelo menos três entrevistas ao novo canal. Na segunda (1), Tutinha, dono da JP, anunciou a contratação dos bolsonaristas Alexandre Garcia e Caio Coppolla.

Publicado em Antagonista | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Grandes Tragédias Brasileiras | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

No País dos diminutivos

Helcio Gadret

O tal do “mercado” estressou-se provocando a debandada de quatro integrantes da equipe de “frentistas”, abismados, os técnicos, com a desprezo pela responsabilidade fiscal. Esta, valor caro para qualquer aluno do curso básico de macroeconomia, estes, os estudantes, apreendem-na fundamental para uma economia minimamente organizada

Sabemos que nosso país não é para principiantes. Entretanto, mesmo que alertas, somos com frequência surpreendidos por acontecimentos na política que nos fazem aprendizes inexperientes. O último decêndio de outubro nos brindou com revelações até então insuspeitadas.

O ministro Paulo Guedes deu a largada na temporada dos diminutivos classificando de “nervosinho” esta entidade meio esotérica, o “mercado”. Ora a declaração não faz jus ao seu passado “chicaguiano”. Afinal, depois que a principal liderança da área econômica assume a condição de “fura-teto”, tantas vezes por ele criticada, queria o quê? Calmaria?

Guedes sucumbiu à dupla pressão: da área política do governo para viabilizar o auxílio Brasil de R$ 400, para mais ou para menos, viabilizador da presença do presidente no segundo turno em 2022; do Centrão para garantir a integridade das famosas emendas parlamentares, adubo e irrigação de votos.

waiver (licença) é licencioso porque, sob o manto cínico da proteção aos frágeis, pedala, muda as regras de crescimento das despesas, desorganiza o orçamento, bagunça e escava o fundo do poço das contas públicas em manobras típicas do pior populismo bolsonarista, claramente eleitoreiro.

O tal do “mercado” estressou-se provocando a debandada de quatro integrantes da equipe de “frentistas”, abismados, os técnicos, com a desprezo pela responsabilidade fiscal. Esta, valor caro para qualquer aluno do curso básico de macroeconomia, estes, os estudantes, apreendem-na fundamental para uma economia minimamente organizada. André Esteves, do BTG Pactual, para muitos águia, para muitos outros abutre, interpretou, em recente palestra (disponível no twitter), que o drama não está nos R$ 400 do Auxílio Brasil.  Está sim na “dinâmica” que possa surgir, em sequência, da cabeça do “malucão”. Obrigará o ministro a treinar novas piruetas semelhantes a do corretor do teto de gastos. E tudo poderá, digo eu, qualquer bizarrice, desde que focada no projeto de reeleição.

Botar dinheiro na mão dos desassistidos é bom negócio para o país, desde o Bolsa Escola de FHC aperfeiçoado por Lula no Bolsa Família. O que não pode, muito menos deve, é fazer política social e colher inflação “direto e na veia” (Edmar Bacha). Dá e toma com outra mão. Alternativa há, basta, dentre outras opções, extinguir emendas inúteis, suprimir obrinhas caça-votos (ôpa, olha o diminutivo), limitar o fundo eleitoral, eliminar subsídios de baixa produtividade, consolidar e selecionar programas de transferências, reduzir (necessário que se diga) salários do setor público e… reformas, reformas e reformas… continuar por elas clamando é dever.

As previsões sombrias para o crescimento do país no próximo ano originaram o segundo diminutivo enunciado por Guedes – “conversinha”. Nada disso, papo reto! As principais consultorias, economistas respeitados e as equipes de analistas dos grandes bancos acautelam clientes e, por extensão, nós, o povaréu. Haverá, na melhor das hipóteses, crescimento pífio (2%), na pior (0%) ou mesmo negativo, com inflação acima da meta e do intervalo de tolerância. Continue lendo

Publicado em Ultrajano | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Flagrantes da vida real

Ranieri Gonzalez, o Homem Tatuado. © Maringas Maciel

Publicado em Flagrantes na vida real | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Vexame internacional

O psicopata foi à Europa durante a COP26, mas ficou longe de Glasgow, Escócia, onde se realiza a Conferência sobre as Mudanças Climáticas. Nada teria a dizer lá, que o mundo já não saiba, isto é, que, além de um dos maiores emissores da gás carbônico do planeta, o Brasil é omisso ou condescendente enquanto as florestas continuam sendo dizimadas pelo fogo e pela invasão predatória de fazendeiros, garimpeiros e invasores de terras. Historicamente, nas conferências anteriores sobre o clima, o Brasil costumava ser requisitado por seu papel de articulador em negociações e debates globais envolvendo países em desenvolvimento. JMB preferiu fazer turismo na Itália e confraternizar com a ultradireita italiana à custa do erário brasileiro.

Mesmo nas reuniões preliminares ocorridas em Roma, o nosso capitão foi solenemente esquecido, sem a oportunidade de dialogar com nenhum dos chefes de Estado presentes, com exceção de dois minutos com o presidente da Turquia. Quer dizer, foi sempre um mero figurante. Não chegarei a cometer a maldade cometida em um dos editoriais da Folha, segundo a qual “Bolsonaro foi ignorado até quando tentou puxar assunto com os garçons”, mas não duvido que isso tenha realmente acontecido.

Em Roma, ao visitar o Coliseu, ele foi fortemente vaiado por brasileiros e italianos: “Você é uma vergonha! Incompetente, responsável por mais de 600 mil mortes! Genocida!” Estava acompanhado de toda a sua entourage, inclusive o general Walter Braga Netto, ministro do Exército e Paulo Guedes, ministro da Economia. E ninguém foi capaz de passar-lhe aquele bilhetinho que se costumava entregar ao chato da festa ou reunião e onde se lia “despista e caia fora”.

O fato se repetiu em vários outros locais do território italiano, inclusive na cidade de Anguillara Veneta, no norte da Itália, onde teria nascido o bisavô da figura. A prefeita Alessandra Buoso, ligada ao partido ultradireitista Liga Norte, anunciou que iria conceder-lhe o título de cidadão honorário. Resultado: a prefeitura foi pichada com esterco. E o odor chegou ao Brasil.

Quer dizer, mesmo à distância do território nacional, JMB conseguiu desmoralizar-se um pouco mais e ao país que desgoverna.

Como diria o bom amigo Márcio Augusto, a presença de Messias na Itália foi “aquela fiasqueira!!!”

Já que o presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, não dão seguimento aos ditames legais para destronar a criatura, alguma coisa precisa ser feita para impedir que ela saia do Brasil. Desmoralizar-se internamente, tudo bem; afinal, foi o eleitor brasileiro que, espontaneamente, o colocou no trono. Mas exibir a sua desagradável estampa e o seu precário e mal-intencionado raciocínio internacionalmente, é intolerável.

Só para lembrar – em texto publicado antes das eleições (“Bolsonaro não!”), escrevi aqui:

“Por mais pecados e condescendência que tenha, o Brasil não merece o capitão Bolsonaro. Depois de Sarney, de Collor, de Lula, de Dilma Rousseff e de Michel Temer, era só o que faltava! Melhor fechar o país. Devolvê-lo para os tupis, pataxós, caiapós, guaranis, tamoios, marajoaras, tupinambás, botocudos, xavantes, caingangues, ianomâmis e todos aqueles bravos que foram ‘pacificados’ e ‘catequisados’ pelo pessoal de Cabral (o Pedro Álvares), pagar o prejuízo dos últimos 520 anos e sair de fininho rumo ao oceano”.

Fui em frente: “O cap. Jair Messias Bolsonaro é vazio, oco, não tem programa de governo, não sabe administrar, não é capaz de juntar as ideias. O que fará na presidência da República? Esteve durante sete legislaturas na Câmara de Deputados e o que fez pelo Brasil? Rigorosamente, nada. Apenas meteu-se em confusão, agrediu as mulheres e os homossexuais, defendeu a tortura, pregou o armamento da população, o fuzilamento de pessoas, o fechamento do Congresso e outras asneiras de igual quilate, como fazer a apologia da ditadura militar de 1964”.

E, por fim: “Se o eleitor está pretendendo votar no capitão como forma de protesto, não direi que é um idiota porque tenho amigos queridos que pretendem e não são idiotas, mas digo que é mal informado, irresponsável, inconsequente e odeia o Brasil”.

Três anos depois, os fatos são incontestáveis.

Publicado em Célio Heitor Guimarães - Blog do Zé Beto | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Psicose

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Que país foi este?

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Napoleão de Hospício

Ultrajano

Luiz Antonio do Nascimento

Afinal, então, o que estará planejando esse maldito mentiroso e malvisto presidente que destrói o país? As paredes do Alvorada ouvem-no roncar em noites mal dormidas e curtas, repletas de pesadelos. As do Planalto apenas escutam piadas infames para animar puxa-sacos, protestos silenciosos contra aqueles que fizeram dele um refém de ocasião e cochichos ardilosos sobre seu futuro

Estamos a menos de um ano das eleições mais aguardadas – e relevantes – na história do Brasil. Para ser exato, precisamente 11 meses. Pelo calendário oficial, o primeiro turno deve acontecer dia 2 de outubro de 2022 e o segundo, se houver necessidade, dia 30 do mesmo mês. Levando em conta todas as pesquisas e descartando as ameaças inadmissíveis de Bolsonaro de confrontar as leis, a faixa presidencial voltará ao peito de Lula no primeiro dia de 2023.

Um estudo recente revela que 12% do eleitorado não votará nem em Lula nem em Bolsonaro. E é atrás dessas migalhas que, como pombos famintos, proliferam candidatos por todo lado pregando na testa o cartaz da terceira via viável, tão cobiçada principalmente pelas elites arrependidas do apoio dado a Bolsonaro. Até o cabo Daciolo já anunciou que vai disputar a presidência novamente.

Lula está nas ruas. Percorre o Brasil para recuperar o tempo perdido por causa da armação sórdida que o tirou da campanha de 2018. E Bolsonaro? Bem, ele está na Itália como um “Napoleão de hospício” nas palavras do deputado federal Orlando Silva. Participou do G-20, reunião dos líderes das 20 maiores economias do mundo, como um bufão sem graça, completamente deslocado e desconfortável.

Nem como bufão o homem serve. É um palhaço do mal, faz chorar. Foi hostilizado nas ruas de Roma e estimulou agressões a repórteres que tentavam entrevistá-lo. Tratado como um pária na reunião, nem apareceu na foto de despedida do evento. Só conversou informalmente com a chanceler alemã, a quem confessou que seu principal problema é a inflação; e com seu similar da Turquia, a quem disparou mentiras contando que tem um apoio popular muito grande, a economia está crescendo fortemente, a vacinação está bem avançada e a Petrobras é um problema.

Problema é ele. Nesta segunda-feira, “Napoleão” deve receber o título de cidadão honorário de Anguillara Veneta, terra de seu bisavô paterno, no Norte da Itália. Não será uma cerimônia tranquila. No fim da semana, ativistas jogaram esterco e picharam a sede da prefeitura contra a homenagem. Bolsonaro retornará logo depois ao Brasil. Ele decidiu não participar da conferência do clima, na Escócia, porque, segundo o vice Mourão, “iriam jogar muitas pedras nele”.

Afinal, então, o que estará planejando esse maldito mentiroso e malvisto presidente que destrói o país? As paredes do Alvorada ouvem-no roncar em noites mal dormidas e curtas, repletas de pesadelos. As do Planalto apenas escutam piadas infames para animar puxa-sacos, protestos silenciosos contra aqueles que fizeram dele um refém de ocasião e cochichos ardilosos sobre seu futuro.

Nem partido tem. Quis criar o seu próprio, fracassou. Colocou seu nome em leilão e o resultado não foi animador. E quem o acompanhará nessa caminhada? O vice Mourão, segundo Bolsonaro, “o cunhado que você tem de aturar, não pode mandar embora”, é carta fora do baralho. Fala-se em Brasília até no nome da destrambelhada Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. É mulher, conservadora, evangélica, fundamentalista religiosa e não tão rejeitada assim… Continue lendo

Publicado em Ultrajano | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Instinto fascista

A Itália parece ter estimulado em Bolsonaro seu instinto fascista, pelo menos quanto ao caráter arruaceiro do fascismo. No sábado, o presidente insultou jornalistas durante uma caminhada em Roma. Estimulados por Bolsonaro ou talvez agindo conforme um plano combinado, seguranças agrediram os profissionais de imprensa.

O presidente brasileiro foi o único chefe de Estado que provocou confusão e violência durante o encontro do G20. Deve ser por causa dos ares do fascismo, cujo fedor está impregnado até hoje nas figuras com quem Bolsonaro esteve na Itália, neofascistas comandados por Matteo Salvini, da extrema-direita italiana.

A prefeita Alessandra Buoso, de Anguillara Veneta, que concedeu o título de cidadão honorário, é ligada ao partido de Salvini. A violência acompanhou Bolsonaro ao município, com a polícia investindo contra manifestantes que protestavam contra sua presença.

Como eu disse, são os ares pútridos fascistas, cuja marca foi esta bestialidade. Muito se fala sobre o fascismo e costuma-se superestimar a figura de Benito Mussolini, que foi uma besta quadrada, conforme a avaliação do filósofo Benedetto Croce, um dos maiores intelectuais da Itália.

Croce dizia que Mussolini possuía uma inteligência limitada, uma sensibilidade moral deficiente, era de uma ignorância elementar que o impedia de conhecer e compreender a essência primária das relações humanas, incapaz de uma autocrítica sem escrúpulos, excessivamente vaidoso, sem gosto na mínima palavra ou gesto, oscilando permanentemente entre a arrogância e o servilismo.

Parece alguém que conhecemos, não é mesmo? Os fascistas não são muito mais que isso. O escritor americano Ernest Hemingway dizia que o fascismo era uma mentira contada por um brutamontes.

Umberto Eco afirmou que, ao contrário do que se pensa comumente, o fascismo italiano não tinha uma filosofia própria. O mestre italiano aponta “a debilidade filósofica de sua ideologia”.

Acredito que ninguém duvida que Eco estaria capacitado a dar aulas a todos nós sobre este tema. Pois ele afirmava que o fascismo, de tão difícil definição, serviu para tachar regimes em vários lugares do mundo em diferentes períodos históricos, com disparidades de doutrina, na maioria dos casos de pouca firmeza teórica, a mesma doutrina de que carecia o bagunçado regime comandado por Mussolini.

O ditador italiano tinha a personalidade de fanfarrão e o comportamento covarde quando as coisas apertavam a um ponto que o fizesse temer pelo próprio destino. Bem, aí está outra semelhança com um extremista que conhecemos.

Bolsonaro foi receber o título de cidadão honorário em Anguillara Veneta. Em abril de 1945, a Resistência italiana tomou Milão, que fica relativamente próxima do lugarejo que deu o título honorário ao presidente. Claro que os guerrilheiros da Resistência eram o contrário dos italianos que homenageiam Bolsonaro, gente do partido do neofascista Matteo Salvini.

O confronto entre manifestantes e a polícia impediu a visita de Bolsonaro à Basílica de Santo Antônio, onde, por sinal, também não era bem-vindo. Mas o presidente podia ter substituído a ida à igreja por uma visita ao lugar onde fuzilaram o ditador idolatrado pelos seus parceiros da extrema-direita italiana.

Bolsonaro estava perto de Giulino di Mezzegra, pequena localidade onde Mussolini foi pego pela resistência italiana, quando tentava fugir apavorado para a Suíça. O ditador fascista foi fuzilado ali mesmo, em abril de 1945. Vejam que emoção turística desperdiçada pelo nosso inviável presidente.

No mesmo mês, Mussolini teve seu corpo dependurado de ponta-cabeça junto ao da amante Clara Petacci e de outros fuzilados, em uma viga da estrutura metálica de uma construção inacabada de um posto de gasolina, em Milão. Tudo próximo da cidade onde a prefeita de extrema-direita fez a homenagem a Bolsonaro.

Publicado em Sem categoria | Comentários desativados em Instinto fascista
Compartilhe Facebook Twitter

Bolsonaro chama John Kerry de ‘Jim Carrey’

Presidente confunde nome do ex-secretário de estado dos EUA com o do ator que estrelou filmes como O Mentiroso e Débi & Loide

Não contente com ficar isolado na reunião dos líderes do G20, hostilizar jornalistas (que acabaram agredidos por seus guarda-costas) e pisar no pé de Angela Merkel, Jair Bolsonaro cometeu uma gafe adicional em sua mais recente viagem ao exterior.

Ao mencionar uma conversa com John Kerry, ex-secretário de estado dos EUA e hoje enviado especial de Joe Biden para a mudança climática, Bolsonaro disse: “Sim, conversei com o Jim Carrey também, alguma coisa reservada. Desculpa, não posso falar com vocês”.

Jim Carrey, claro, é o popular ator canadense, astro de filmes como O Mentiroso e Débi & Loide, que não são cinebiografias do presidente brasileiro.

Publicado em Antagonista | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Áudio de diretor do Minas Tênis revela que clube não foi contra Maurício e tomou atitude para protegê-lo

Em um arquivo de áudio vazado, Elói Lacerda de Oliveira Neto, diretor de vôlei masculino do Minas Tênis Clube, disse que só demitiu o central Maurício Souza para proteger o clube e o próprio atleta de perseguição. O jogador foi desligado na última quarta-feira (27), após a repercussão de um post homofóbico.

Na mensagem, que teve a autoria confirmada pelo UOL Esporte, Elói ainda disse que a demissão aconteceu após “uma semana apanhando da imprensa” e que o contrato de Maurício foi pago integralmente até maio do ano que vem (no vôlei brasileiro, os contratos não são mensais, e sim por temporada, períodos de agosto a maio). O dirigente ainda afirma que a demissão ocorreu porque o clube não teve apoio para manter o atleta.

“Fui eu que dispensei o Mauricio tá? Ta todo mundo vindo bater, mas as pessoas deixaram o Minas desamparado. Durante uma semana apanhando da imprensa, da comunidade LGBT. Fomos obrigados a dispensar o Mauricio, se não ele seria destruído. Pagamos o contrato integral até maio, não ficou desamparado. Fizemos porque não tivemos apoio”, disse no áudio.

Publicado em Ultrajano | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter