O mel e a fumaça

BOLSONARO e a nova ideia de gerico: tirar Fernando de Noronha de Pernambuco e trazer para a União. Sonha em fazer da ilha sua Miami particular, com traficantes do mundo inteiro, fascistas de todas as bandeiras e seu Mar-a-Lago particular, como o mocó de Donald Trump na Flórida. Interesses sempre  os há, a começar pelos dos filhos, que fazem propaganda de armas, cloroquina, estricnina e cafiaspirina. Só um grupo – ainda – pode segurar mais uma terra arrasada pela família Bolsonaro: a bancada evangélica, adversária do jogo (não por princípio, mas porque leva pra outro lado o dinheiro do dízimo).

Puxando Noronha para a União, em seguida Bolsonaro imita Sarney no Amapá, transforma Noronha em Estado e será senador perpétuo. O Paraná, com um governador que não é inimigo, adversário e de vez em quando aliado, podia tentar federalizar a Ilha do Mel. Não tem aquele mulherio de bonitezas de Noronha, as amigas de Giovana Ewbank, mas o mel pode virar cannabis (quando fui lá na juventude nunca vi abelha, mas a fumaça voava com esquadrilha própria). Nossa ilha pode se transformar num Fernando de Noronha júnior. Pode até virar refúgio do outro júnior ou – não é impossível – de Ricardo Barros.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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