Sem economizar palavras, valorizou o amor à família

Fábio Campana não economizava palavras para demonstrar o quanto amava os filhos e a esposa. Dono de personalidade forte e caloroso nos sentimentos, era de fácil amizade e tornava-se íntimo quando gostava de alguém. Valorizava o caráter e a índole das pessoas e não tolerava vulgaridades e o óbvio.

Fábio tratou bem os afetos e enfrentou com firmeza os inimigos. Escritor, poeta, jornalista e publicitário, editou, além do próprio blog, a revista Atenção e o jornal Correio de Notícias. Atuou como colunista político dos jornais Gazeta do Povo, O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná, Gazeta do Paraná e Tribuna do Norte. Comentou política nas rádios BandNews, Banda B e CBN no Paraná.

A paixão por música, história, literatura, poesia e ficção também moveu sua vida. Nos anos 1990, Fábio fundou a Travessa dos Editores, pela qual publicou 120 títulos.

De sua autoria, há dez livros publicados, entre os quais romances e volumes de poesias e de contos. Outras quatro obras foram finalizadas e serão lançados pela família.

Segundo o diplomata Rubens Campana, 36, seu filho, Fábio transitava bem entre pessoas de todas as orientações políticas e apreciava a convivência com aqueles de quem discordava. Ele atuou como secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba e secretário de Comunicação Social em três administrações do governo do Paraná.

Na publicidade, passou por duas agências e no marketing político, fez campanhas para o governo do Paraná e para várias prefeituras. Também dirigiu a comunicação de campanhas que elegeram os presidentes do Paraguai Andrés Rodríguez (1989) e Juan Carlos Wasmosy (1993).

Fábio filiou-se ao Partido Comunista em 1960 e depois foi filiado ao PCdoB até 1981. Foi preso político em duas ocasiões: em 1966 e em 1970. Fábio Campana morreu dia 29 de maio, aos 73 anos, por complicações da Covid-19. Deixa a esposa Denise, os filhos Rubens e Izabel, e o neto Antonio.

Patrícia Pasquini

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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