Ronaldinha da grilagem

Érika Andrade de Almeida Araújo recebia insignificantes R$ 4.800 como advogada quando o marido Rivaldo Barbosa de Araújo, delegado de carreira, foi alçado à chefia da divisão de homicídios às vésperas do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista desta, Anderson Gomes. Como por mágica, sortilégio até acidental coincidência, Érika passou a atender empresas de fachada que atuavam no mercado imobiliário. Não por acaso o mesmo mercado que teria levado os irmãos Brazão a mandar matar a vereadora que criava dificuldades às milícias da grilagem de terras.

Os Brazão, Rivaldo e Érika estão sob prisão preventiva enquanto respondem como mandantes e beneficiários pelos homicídio. Até que uma reviravolta incompreensível dos STJ e STF revele que a morte foi suicídio-homicídio póstumos, vingança de Marielle contra adversário, Érika é considerada cúmplice do marido e dos Brazão. Preparemo-nos para a justiça absolver Érika como um fenômeno empresarial, uma “Ronaldinha dos negócios”. E faria sentido: o que esperar de quem comparte a vida, o leito e a fortuna com outro craque, “um Rivaldo da segurança.” Infelizmente, o Brasil é feito dessas infelizes coincidências.

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Mural da História – 2010

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Pra nunca esquecer

Manoel de Barros (1916 – 2014), fundamental na literatura brasileira. O poeta integrou a época pós-modernista e criou versos bastante singulares, defendendo que “desfazer o normal há de ser uma norma”.

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O mundo começou a tremer

Irã e Israel, irresponsáveis e enlouquecidos, estão doidinhos para dar início à Terceira Guerra Mundial. Rússia e Ucrânia e, em seguida, Hamas e Israel estão nas preliminares. Agora foi a vez do Irã dos iatolás entrar em campo. Presenteou Israel com uma centenas de drones explosivos e alguns mísseis, e espera a reação dos judeus. Os EUA, tradicional aliado de Israel, resmunga, diz não querer guerra, mas está preparadíssimo para entrar no conflito. A Rússia de Putin continua bombardeando a Ucrânia, mas com um olho em Israel. A China não diz nada. Por enquanto. O mesmo acontece com a Coréia do Norte. E a ONU reúne o Conselho de Segurança e faz o que sempre fez: nada. O secretário-geral, António Guterres, recomendou “o fim imediato das hostilidades”… Ninguém ouviu ou deu bola. O interessante é que todos alegam estar se defendendo (!) Mesmo o agressor Irã justificou-se ancorado em uma tal “autodefesa” após o bombardeio de Israel, em 1º de abril, contra a sua embaixada na capital da Síria.

A encrenca preliminar entre a Rússia e a Ucrânia completa três anos sem solução. E a possibilidade de que o combate ultrapasse as fronteiras da Ucrânia é cada vez maior. Vejam o que diz, no Reino Unido, Grant Shapps, ministro britânico da Defesa:

“Dentro de cinco anos poderemos ter diversos conflitos, incluindo a Rússia, a China, o Irã e a Coreia do Norte. Perguntem a si mesmos, olhando para os conflitos atuais em todo o mundo, é mais provável que esse número aumente ou diminua? Eu suspeito que todos sabemos a resposta: é provável que cresça”.

O prazo previsto por Shapps parece ter sido abreviado pelo Irã e por Israel. Por que esperar cinco anos o que pode ser feito já? E a nossa frágil Esfera Azul suspensa no espaço treme de medo. Afinal, os insanos estão no comando do mundo.

Os noticiosos, como de praxe, alardeiam o terror. Está na internet: “A Terceira Guerra Mundial é um conflito que poderia ser desencadeado a qualquer momento e envolveria diversos países de dois ou mais continentes. Pensando em um contexto geopolítico atual, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e as recentes ameaças de uso de armamentos nucleares colocaram o mundo em alerta para uma potencial escalada de conflitos que poderia envolver os Estados Unidos e outros países da Otan e também da União Europeia. Analistas preveem que uma Terceira Guerra Mundial seria marcada pela utilização de ogivas nucleares, o que resultaria em uma catástrofe sem precedentes na história da humanidade.”

Que alegria!!!

Aliás, nem sei porque estou falando disso. Não é a minha área de atuação e causa-me profundo mal-estar… Talvez como registro histórico, já que amanhã poderemos não estar mais aqui. Foi bom enquanto durou, minha querida Terra. Excluindo o abominável ser humano, o resto é o paraíso.

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Lilie_true. © IShotMyself

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Mural da História – 2011

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Onde começa a crise

A sessão antecipou a disputa pela sucessão de Lira.

Foi a votação que analisou a prisão do deputado Chiquinho Brazão que fez o clima entre o governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), esquentar, na avaliação do Palácio do Planalto. Não propriamente pelo resultado, que confirmou a manutenção da detenção do parlamentar, mas pela antecipação da disputa pelo comando da casa.

Lira, como mostrou o Bastidor, e o seu candidato favorito para sucedê-lo, Elmar Nascimento (União Brasil-BA), planejaram usar a sessão sobre Brazão para demonstrar que contam com o apoio do Centrão raiz. A votação seria uma resposta à articulação política governista, que trabalha com nomes alternativos, como Marcos Pereira (Republicanos), hoje o mais provável, e Antônio Brito (PSD-BA), que corre por fora.

Um ministro de Lula disse ao Bastidor que Lira percebeu, ali, que começou a perder poder e que o governo pode, sim, influenciar de forma efetiva na eleição que definirá o presidente da Câmara, em 2025. O que veio depois foi consequência.

Primeiro, com as críticas ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Depois, com a confirmação da demissão do primo de Lira, Wilson Cesar de Lira Santos, do comando do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Alagoas. Na terça-feira (16), em reunião de líderes, o presidente da Câmara deu garantias de que pautará demandas da oposição.

O governo avalia que a eleição começou e que Lira usará a sessão que analisará os vetos de Lula para mostrar que é ele ainda que dá as cartas. O Palácio do Planalto não assistirá passivamente. 

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Mural da História|Café do Teatro

Em algum lugar do passado. © Maringas Maciel

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Mural da História

Fábio Campana (Zapata), El Bigodón, com Arino Buchmann, em algum lugar do passado.

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Lula fala sobre a mãe, não sobre o filho

A reação dos lulistas ao caso de violência doméstica que envolve um dos filhos do presidente põe em xeque seu discurso de defesa das mulheres e passa uma mensagem clara de intimidação

Os filhos de Lula (foto) não são notícia, ou não deveriam ser. Viraram, durante suas presidências, porque se envolveram em suspeitas de corrupção. E também agora, que Luís Cláudio Lula da Silva foi acusado pela ex-mulher de agressões físicas e psicológicas. O presidente da República não teria nada a ver com isso, em princípio. Não tem responsabilidade, nem controle, sobre os atos do filho. Mas a pauta dos direitos das mulheres é base do discurso de Lula e de seus aliados, e esse discurso vem sofrendo um duro desgaste desde que o caso veio à tona.

O presidente tocou no assunto lateralmente na sexta-feira, 12, repetindo um discurso que se acostumou a fazer no contexto do programa Minha Casa, Minha Vida — que entrega as chaves das casas às mulheres —, mas que ganha contornos de constrangimento no contexto atual.

“Uma mulher que pode trabalhar e levar para casa, às vezes levar mais do que o marido, ela ganha respeito e ela vai dizer para o marido: ‘Eu estou com você porque eu gosto de você, porque você me respeita. Se você levantar [a mão] para mim, eu largo você e vou cuidar da minha família, porque mulher não foi feita para apanhar”, discursou o presidente ao lançar um campus de Instituto Federal de Brasília em Ceilândia (DF).
A mãe

Lula seguiu: “A minha mãe era analfabeta, ela não sabia fazer um ‘o’ com o copo, mas ela dizia para mim: ‘Meu filho, se um dia você casar, e você tiver problema com a sua mulher, nunca levante a mão para sua mulher. Se vocês não estiverem vivendo bem, saia de casa, deixe a mulher cuidar da casa e vá procurar o que fazer, mas nunca levante a mão para bater numa mulher. Eu acho que é isso que nós, homens, temos que aprender”.

Diante da história contada pelo presidente, apresenta-se a questão: o que Lula, que não é analfabeto, dizia para Luís Cláudio?

“Layout“

O Estadão revelou no sábado, 13, que a médica Natália Schincariol, que denunciou o filho mais novo do petista por agressões, voltou a ser afastada do trabalho. O motivo teria sido uma crise de ansiedade — o laudo do psiquiatra menciona “sintomas depressivos” associados a “conflitos conjugais” — desencadeada após Luís Cláudio compartilhar um vídeo em que sua ex-mulher é desqualificada por tê-lo denunciado.

“Obrigada pelas sábias palavras”, escreveu o filho de Lula no Instagram ao compartilhar os comentários de Hildegard Angel. “Ele me pareceu mais convincente do que ela”, diz a comentarista na live, violando a primeira regra não escrita do discurso de defesa de mulheres vítimas de violência, e repassando um recado de intimidação que vem sendo dado pelos lulistas desde que a história veio à tona (e sempre que algum dos seus é pego em contradição com o próprio discurso): não mexa com a esquerda.

“Até pelo layout dela. Ela já me pareceu ser uma dessas personalidades midiáticas“, segue Hildegard, para os sorrisos dos colegas de live. “Não é convidativo, não inspira grande confiança, entendeu?”, ela continua, incentivada pelos pares.

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Jeremias

© Ziraldo (1932|2024)

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Orlando Pedroso, d’aprés Ziraldo (1932|2024).

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