Combate desigual

Hoje Sérgio Moro será entrevistado no Banda B, rádio e jornal, sua oportunidade para rebater o escracho que sofreu na voz ferina e maldosa de Gilmar Mendes, quando entrevistado no Roda Vida. O veículo do deputado Luiz Carlos Martins assume o resgate dos brios curitibanos depois que o ministro do STF fez de Moro o bacilo do qual derivou o germe do fascismo curitibano. Será o previsto combate desigual, ainda que com a vantagem do preparo ex post facto que o hoje senador não saberá aproveitar.

Porque Gilmar é muito inteligente, um QI anos luz distante do de Moro; sabe ser articulado e, quando convém, objetivo e dispersivo. Aquinhoado de vozeirão másculo e viril, ainda que cavernoso, é o antípoda sonoro de Moro, que grasna como o marreco líder a convocar a revoada de procuradores. Fosse pouco, o Roda Viva tem audiência maior, mais extensa e qualificada, ainda que este que vos insulta acesse diária e religiosamente o Banda B e jamais o Roda Viva, antro dos paulistas com complexo de donos do Brasil.

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Quaxquáx!

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minha companheira
sumiu
enquanto eu estava
no banheiro
minha companheira
mulher danada
deu o fora
enquanto eu escrevia
um poema na privada

(Da série Poesia em Compota)

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Tutti-Frutti

Rita Lee já admitiu usar drogas, entre elas o LSD. Mas não recomendou aos jovens que experimentassem, pois “não se fazem mais drogas como antigamente”.

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Damaresvírus

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Fraga

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O armário das drogas

Estratégia usada pelo então movimento LGBT dos anos 1970 também é válida no combate ao proibicionismo

Em artigo publicado em 1971, um misterioso “Mr. X” relata suas experiências com a maconha. Afirma que a droga o ajudou a entender expressões artísticas e que esses insights perduraram após o uso, ativando a percepção estética no cotidiano.

O autor do texto era um astrônomo que, na década de 1980, produziria a série de TV “Cosmos”, que encantou gerações ao explicar para o público leigo os mistérios do Universo. Sim, Carl Sagan era maconheiro (uso o termo considerado pejorativo para desmistificá-lo). Mas foi obrigado a esconder essa faceta para não ser julgado pela opinião pública.

O conteúdo precioso do artigo teria mais impacto se todos soubessem que seu autor era um profissional competente de uma área que exige raciocínio lógico. Trata-se da estratégia conhecida como “sair do armário”, encampada nos primórdios do então movimento LGBT na São Francisco dos anos 1970.

Tabus comportamentais e preconceitos são criados e mantidos a partir da escuridão. Quando um advogado afirma fumar maconha ou uma médica revela que é lésbica, ilumina-se o debate ao derrubar estereótipos.

Desde que Charles Baudelaire relatou suas experiências com o haxixe em “Paraísos Artificiais”, no século 19, artistas foram agentes fundamentais nessa estratégia. Rita Lee é um exemplo. Sempre falou abertamente sobre o tema, ou com histórias engraçadas ou apontando os problemas que teve com o vício.

Não faz sentido, portanto, que um dos diversos textos publicados pela Folha no dia da morte da cantora tenha sido tachado de moralista e reacionário por abordar esse aspecto importante da vida da artista.

O título do texto foi infeliz ao dizer que a cantora foi guiada pelas drogas, mas isso não é motivo para tamanho chilique. Rita, na verdade, tiraria sarro dessa turma carola.

Pior, boa parte dos indignados defende a descriminalização de substâncias ilícitas. Mas, se jornais não devem dizer que uma roqueira usava drogas, como um cientista poderá revelar que também usa?

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Tomi Ungerer, 1979.

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Quaxquáx!

© Joe Trujeito

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Eternamente Agradecido

No dia 9 de dezembro de 1999, poetas, músicos, publicitários, jornalistas, artistas plásticos, cartunistas, fotógrafos e professores se reuniram no Memorial de Curitiba, no Largo da Ordem, em plena quinta-feira, para fazer uma grande festa. Foi o Bazar do Solda – Brechó Cultural, sob a batuta de Antonio Thadeu Wojciechowski e o pessoal da Oss Propaganda.

Todos os que lá compareceram Me deram as flores em vida/ o sorriso, a mão amiga/ para amenizar meus ais, como na música do Nelson Cavaquinho. Selaví, diria o Boczon. Eu não estava lá, mas confesso que vivi. 

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Faça propaganda e não reclame

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Rose P. © IShotMyself

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Jacu de argola

Ontem fui ao Lucca Café, Batel. Comi e corri de volta pra casa, assustado como jacu de argola, feito o capiau de repente chegado à cidade grande.

Moro vizinho da cloaca redundantemente nauseabunda chamada Mariano Torres, construída sobre um rio fecal e concebida pelo urbanista com forévis de carrapato. No Batel todo mundo sabe a perfume francês, nada de Boticário (saber é cognato de sabor, aquilo que cheira bem a olfato e paladar). A patroa e eu não vestíamos roupas de grife, mas esforçamos no desmazelo estudado do pobre que tenta esnobar o rico. Lá presentes os que camuflam a timidez-insegurança na antipatia-grosseira, saudosa do verde-amarelo, que ignora o vizinho no elevador e elege o genocida.

Todos nos olhavam de esguelha, mesmo as mocinhas vileiras, as ‘companheiras que acomodam os clientes, chamadas pelo coletivo hostess (assim, singular, não hostesses, plural). Minha vingança de pipoqueiro é que os donos da casa e os chiques de plantão não sabem que hostess era o título das coelhinhas da mansão da Playboy, que o dono, Hugh Hefner, comia, filmava escondido  e repassava aos amigos, entre eles os tarados como Donald Trump. Mas o egg benedict, delicioso, sabia a maionese de mamãe, que nos domingos da infância acompanhava a posta e o talharim.

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