As artes de Coyote

Ao final de cada estação do ano tenho a grata surpresa de receber em minha porta, gentil leitor, uma das mais bem elaboradas revistas de literatura e arte do Brasil, talvez única em seu gênero, que é a muito nossa Coyote. Fundada pelo impagável trio de poetas Ademir Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes, em Londrina, a revista acaba de atingir a 19.ª edição, numa trajetória, até aqui, que a coloca como referência do jornalismo cultural feito no País.

Não poderia ser diferente com o número de outono, distribuído nacionalmente pela editora Iluminuras, desde meados de junho. Da capa à contra-capa, ainda outra vez, Coyote diz, alto e bom som, a que veio. Acho que gozo alguma autoridade para falar da matéria. Vivi, e sofri, epifanias e angústias, por mais de 8 anos, à frente do hoje legendário Nicolau, o premiado tablóide que aliado a uma brava e pequena equipe criamos cá no Paraná. Mesmo patrocinado pelo Governo, alcançamos disturbar a sempre morna cena cultural brasílica.

E tornar Nicolau tudo, menos oficialesco! O que foi, convenhamos, uma rara proeza…

A cada edição de Coyote, que aqui recebo, e a recebo desde o número O, me surpreendo com sua invariável qualidade. Visível o desejo de fazer o novo, de surpreender o leitor, de nos dar, de uma forma generosa, o que há de melhor, sobretudo da cena literária – brasileira ou internacional.

Insisto sempre que jornalismo cultural tem que ser realizado por quem é do ramo -poetas, ficcionistas, críticos. Com algumas altas exceções, entre as quais destaco o meu amigo Alcino Leite Neto, um editor histórico, e que é exclusivamente jornalista. A ele devemos alguns dos grandes momentos do gênero cá na Terra de Vera Cruz. Exceção, repito. Ainda que haja, sim, outras e poucas.

Nesta Coyote outonal, não exagero, tudo são ouros. Entretanto, a entrevista, inédita, de João Cabral de Melo Neto, criteriosamente feita por Thomaz Albornoz Neves; o belíssimo Garrafa ao mar do futuro, da espanhola, radicada no Paraguai, Montserrat Alvarez, na preciosa tradução de Luiz Roberto Guedes e a safra de novos poemas de Ademir Assunção, esse incansável poeta-inventor, além da “punch-prosa” do americano Donald Barthelme, por Caetano Galindo, são os momentos máximos da edição.

E por último mas não menos importante, convém lembrar que Coyote não tem nem nunca teve editoriais. São, de um modo original e particularíssimo, substituídos por trechos, às vezes de uma só frase, de alguém, de qualquer tempo, que pensa a arte e a vida. Neste número, o editorial-epígrafe, comovente, é do quase centenário escritor argentino Ernesto Sábato. Só lendo, pra ver!

12|07|2009

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Carta para Arthur do Val: a condição feminina na guerra e na paz

Jamil Chade

Senhor deputado,

Confesso que não conhecia seu nome, e nem sua denominação de guerra. Mas os áudios indigestos que vazaram com seus comentários sobre a situação na Ucrânia me obrigaram a escrever aqui algumas linhas sobre o que eu vi em campos de refugiados e filas de pessoas desesperadas para escapar da guerra e da pobreza ao longo de duas décadas.

Não estou acusando o senhor e sua comitiva do que estará exposto abaixo. Mas considero que, sem entender essa dimensão do sofrimento humano, fica impossível justificar uma viagem como a que o senhor faz para ajudar a defender um povo.

Ao longo da história, a violência sexual é uma das armas de guerra mais recorrentes para desmoralizar uma sociedade. Ela não tem religião, nem raça. Ela destrói. Demonstra o poder sobre o destino não apenas das vidas, mas também dos corpos e almas.

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Playboy|1980

1982|Martha Thomsen. Playboy Centerfold

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A irrelevância de Bolsonaro

Vladimir Putin mandou avião especial buscar Naftali Bennett, primeiro-ministro de Israel, para mediar o conflito com a Ucrânia. Estava com tanta pressa que o avião encurtou caminho sobrevoando o espaço aéreo da Síria, inimiga de Israel. Antes disso, voluntários israelenses encontravam-se na fronteira da Polônia para prestar assistência e auxiliar na evacuação de ucranianos, judeus e não judeus.

A presença do primeiro-ministro não é gratuita. A Ucrânia tem decisiva composição étnica judaica; Volodymyr Zelensky, o presidente, é judeu. E, na guerra de propaganda que acompanha a militar, a morte de civis ucranianos judeus seria arma decisiva contra Putin, a ser acusado em foros internacionais de pogroms pós-modernos czaristas e estalinistas.

Para não esquecer de Stálin, que manteve a União Soviética protegida pelo cordão sanitário dos países satélites, Vladimir Putin, ainda que usando método na Ucrânia, não tem a mesma força na Rússia.  A agressão à Ucrânia oferece riscos à sua permanência de décadas no poder. Ainda que sustentado pelas forças armadas e pelo sucedâneo da KGB, há oligarcas que perdem com o conflito.

A viagem do chefe de governo de Israel pode ser contraposta à do presidente do Brasil à região naquilo que representam de relevância dos homens de Estado e suas respectivas nações. Israel não compra fertilizantes da Rússia, como o Brasil continental, país de economia agrícola. O pequeno Israel é forte em tecnologia, na qual seu primeiro-ministro se fez milionário.

Convidado para mediar, Naftali foi conduzido à área de conflito. Bolsonaro convidou-se à Rússia sem pauta definida, exposta no retorno com sabor de desculpa esfarrapada, a compra de fertilizantes (cuja venda acabou suspensa pela Rússia). O governo russo manteve o presidente do Brasil confinado em hotel para ser recebido por Putin só após se submeter ao teste de covid, que recusa no Brasil.

Jair Bolsonaro ignorou a Ucrânia e esbaldou-se no tosco discurso da “relação excepcional” com Putin, esboçando a bravata de que obtivera a paz – sem conversar com o presidente da Ucrânia. Na Rússia e no Brasil abandonou os brasileiros da Ucrânia aos azares da guerra. E para preservar o efeito de propaganda da viagem inútil  retarda a evacuação de compatriotas enquanto a guerra avança com bombardeios e mortes.

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O blasé e o coquete

oblaséeocoqueteRoberto Requião e José Dirceu, em, algum lugar do passado. © Lina Faria

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Elza e Mané protagonizam série que revela heroína e gênio doente e eterno

Da imperdível produção fica a constatação, para nunca mais ser posta em dúvida, sobre quem foi importante para quem

Fosse um jogo e ela seria a grande vencedora, porque não apenas uma das maiores cantoras da história da música como alguém que, por amor, sacrificou-se para tentar curar um gênio doente de doença insidiosa, o alcoolismo.

A série em quatro capítulos que está na Globoplay, de autoria e direção de Caroline Zilberman, é dos mais belos e cruéis documentos sobre a lendária Elza Soares e o imortal Mané Garrincha.

Não bastasse recuperar cenas históricas dele nos gramados e dela nos palcos, o documentário é um desfile de depoimentos que reúne outros gênios da raça como Chico Buarque de Holanda, segundo ela essencial na vida do casal no exílio italiano, e Caetano Veloso, ambos aos pés da negra que nunca se curvou diante de todo o sofrimento que enfrentou heroicamente.

Tem também uma tabelinha formidável entre dois colunistas desta Folha, Zeca Camargo, autor da biografia, “Elza”, pela editora Leya, e Ruy Castro, que escreveu “Estrela Solitária, um Brasileiro Chamado Garrincha”, pela Companhia das Letras.

Elza partiu, aos 91 anos, no dia 20 de janeiro de 2022, precisos 39 anos depois da morte de Garrincha, aos 49.

Os dois se encontraram e desencontraram numa vida louca, do ponto mais alto que dois seres humanos podem alcançar até a pior das profundezas, marcadas por mortes cruéis da mãe dela, vítima de bebedeira dele, e do filho deles

José Trajano também está no doc com sua verve e sensibilidade, conhecedor profundo das coisas da música e do futebol, num roteiro, de Rafael Pirrho, que não permite ao espectador desgrudar-se da tela nem por um segundo dos cerca de 200 minutos à altura do casal cuja história é contada com ternura e verdade, sem concessões.

Da imperdível minissérie fica a constatação, para nunca mais ser posta em dúvida, sobre quem foi importante para quem.

Mané Garrincha deve a Elza não só o que ela fez de bem por ele como o mal que lhe causou, gênio que driblou a tudo e a todos, menos a doença do álcool que se acostumou a tomar desde os dez anos de idade.

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Fino traço…

 © Ronald Searle

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Garulhofa

© Johann Sebastian Mastropiero

(para ser cantado com a melodia do tango Garufa)

fué en La farmácia Minerva
no me atendieron
pedi um Sal de Andrews
o Sonrisal
tomé um Calciogenol
irradiado por la Rádio Belgrano
fenomenal
una Emulsión de Scoth
sin bacalao y un pastel de carne
nel Oriental
comi um cachorro-quiente
mas mucho quiente
pele toda mi boca
quede piantao

sinuca
por quê me puso a jugar
piruca
pelado voy a quedar
de porradas
sé que me quieres cubrir
só porque la otra noche
yo me fué
(aladonde?)
en el Bar Rei do Siri
(tchan-tchan)

Solda, Sérgio Mercer, Ernani
Buchmann e Nireu Teixeira na caixinha de fósforos (década de 1970)

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Um homem de vida pautada

“Lamento profundamente e repudio veementemente as graves declarações do deputado Arthur do Val divulgadas pela imprensa. O tratamento dispensado às mulheres ucranianas refugiadas e às policiais do país é inaceitável em qualquer contexto. As declarações são incompatíveis com qualquer homem público. Tenho uma vida pautada pela correção e pelo respeito a todos – tanto no campo público quanto na vida privada. Portanto, jamais comungarei com visões preconceituosas, que podem inclusive ser configuradas como crime”.

A nota de Sérgio Moro contra o deputado Arthur do Val (Mamãe Cheguei; Podemos SP), que viajou à Ucrânia como voluntário no esforço de guerra (passagens pagas pela câmara federal?). Como os cossacos nas aldeias judaicas e os russos na Alemanha de Hitler ele precisa do refrigério do sexo, aqueles pelo estupro, ele pela compra. Dizendo-se pegador, as ucranianas cairão na sua cama, porque tem dinheiro; e com a guerra elas, embora lindas, são pobres e necessitadas. Como jamais será expulso da câmara dos deputados, o deputado tem que ser expulso da Ucrânia. O Brasil já tem um Robinho para passar vergonha. E um Bolsonaro trapalhão que acabou fondo na Ucrânia.

A nota é oportuna pela primazia e pela omissão crítica dos atores políticos. Mas ali não fala o candidato Moro. Ainda é o juiz, no verbo enrolado e na toga sovada, turbinado por advérbio altissonantes e frases de efeito. Aquele “configuradas como crime” ouvidos sensíveis à regência transitivo-direta do verbo. Ali há o borrão do candidato, passado a limpo pelo advogado-amigo que chefia a campanha; o ex-juiz não confia no marqueteiro. O candidato in pectore da classe média curitibana começa a inspirar pena. Não pelas intenções de voto, que caem a cada dia. Faz pena pelas companhias que escolheu, os políticos, diferentes dos bravos procuradores e juízes da Lava Jato, gente com o mesmo molde e talhe.

Nosso ex-juiz virou a Conceição da música de Cauby: a que desceu do morro para subir na cidade, onde se perdeu. Moro como ministro e candidato convive com gente que no tempo de juiz mandava prender. Conviver e dividir palanque sem jogá-los em prisão preventiva, limitado a repudiar em nota e pedir providência ao partido – e apenas para efeito exterior, porque o partido não se pode dar ao luxo de perder deputado. Um partido no qual Moro é tão só um manequim na vitrina. Manequim eventual, como todos os manequins, a ser substituído com a mudança da moda. Moro ganharia fácil uma cadeira vitalícia em academia de letras. Ele é como o personagem de Molière, que fazia prosa sem saber.

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Moças finas

moça-fina© Orlando Pedroso

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Almeida Júnior

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Mr. Bozo

Rússia suspende envio de fertilizante e Bolsonaro fará mais merda para suprir a demanda.

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Divagações genealógicas de agosto

Não sei o que significa, mas ando muito intrigado com o número de pessoas que têm pronome combinando com o sobrenome. Dias desses a pandemia levou o jornalista Rodrigo Rodrigues, mas deixou diversos duplos homônimos (tenho notícia de mais dois). Também conheço a Fernanda Fernandes e o Felipe Felipetto.

Sei que isso vem dos tempos ancestrais, a significar que o prenome era filho do sobrenome, embora as coisas tenham se modificado no ocidente, desde Galileo Galilei. É que, por exemplo, o Felipetto pai se chama José, tendo batizado o filho com nome assim harmônico só por questão de estética.

Entre os árabes as coisas não se modificaram. É preciso destacar a figura do advogado e professor Mansur Teófilo Mansur como prova viva da preservação dos costumes. Ainda espero encontrar um Tufik Tufik Tufik, que será filho do Tufik e neto do Tufik, isso se o imperador de Constantinopla não proibir a tripla repetição.

O tema tem me ocupado as noites insones, mais que a pandemia. Fico a imaginar que eu poderia ter sido batizado como Lopo Lopes, embora meu avô fosse Ernani Lopes, como também sou. Ou Buco Buchmann. Ou se ainda dá tempo de adotar uma criança que batizarei de Ernana, agora que vi no caixa do banco o crachá de uma jovem chamada Pedra.

Ernana Ernani Lopo Lopes Buco Buchmann está me parecendo nome de alta sonoridade. Algo no padrão da nobreza britânica, embora aqui neste pedaço os assuntos referentes a famílias reais se restrinjam ao Roberto Muggiati.

De minha parte, o único rei com quem troquei algumas palavras foi Pelé, que se chama Edson e é filho do Dondinho. Falamos sobre assuntos que nos são dolorosos e ficamos deveras emocionados. Sua majestade e eu sofremos dores abissínias com problemas no fêmur, o que nos faz parte da mesma confraria.

Mas o que isso tem a ver com o Charles Charola, tremendo maconheiro que anda desaparecido, não faço a menor ideia.

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Um novo mundo após o carnaval

Expectativa é de que o próprio Congresso Nacional assuma o debate de como adaptar o Brasil às novas condições provocadas pela guerra.

O mundo mudou com a invasão da Ucrânia e sofre mudanças mais profundas ainda com o desastre climático anunciado pelo mais recente relatório da ONU.

Aqui, no Brasil, quase ninguém riu ou brincou, e era carnaval. Estamos ainda na curva descendente da pandemia e, em termos de instituições políticas, não discutimos estratégias. É como se não houvesse amanhã.

A invasão da Ucrânia, entre os inúmeros temas que suscita, mostrou aos europeus que é necessário superar a dependência do gás importado da Rússia. E também revelou ao Brasil que é necessário superar a dependência dos fertilizantes que nos vendem os russos e belarussos.

Reconheço que este tema é árido. No entanto, defendo a ideia de que os candidatos deveriam discuti-lo na campanha, colocando como objetivo a autossuficiência nacional. Em princípio, parece interessar apenas ao agronegócio. Mas é uma ilusão. O tema subjacente é a segurança alimentar, que deve interessar a todos os que lutam para acabar com a fome no Brasil.

Houve um momento, no fim do século passado, em que o País produzia o fertilizante necessário para sua agricultura. Mas, com o tempo, a produção agrícola cresceu mais e descolou-se do ritmo mais lento dos fertilizantes. Isso é um grande problema, porque o solo nacional não é dos mais férteis. Há toxidez com alumínio em 63% das terras, e em 25% elevada fixação de fósforo.

Uma saída tranquila para este impasse só pode ser encontrada em médio e longo prazos. O governo é apenas uma parte da solução, pois a grandeza da tarefa transcende a sua capacidade.

O que parece tranquilo nesta equação estratégica é o fato de que o Brasil tem os recursos naturais necessários. Há potássio nas rochas verdes de São Gotardo, em Minas. Em Uberlândia, estão sendo realizadas pesquisas muito promissoras com o basalto. Já foi descoberta uma enorme reserva de potássio na Bacia Amazônia e há fósforo em grande quantidade em Mato Grosso.

A fórmula popular do fertilizante é NPK, nitrogênio, fósforo e potássio. Os fertilizantes nitrogenados dependem do preço do petróleo, e isso vai se agravar também com a guerra. O problema do nitrogênio é que, usado sem precisão, pode contribuir muito com o aquecimento global. E o da exploração do potássio na Amazônia é que depende de licenças ambientais e do respeito às características ecológicas da região.

A guerra na Ucrânia não inaugurou este debate no Brasil. Já há pesquisas sobre o tema. O próprio governo já criou comissões para orientá-lo em políticas que levem a uma redução da dependência. O que a guerra possibilita é tirar a discussão do tema dos escaninhos burocráticos e trazê-la para a luz do dia.

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Comunista de direita

Bolsonaro finge que se importa com o preço da gasolina. Depois do último – o cronograma é irregular, mensal em média – pediu que a Petrobras reduza seu lucro para manter o preço acessível. Observe, ele pede, não manda, como faz com a Polícia Federal e com o Instituto do Patrimônio Histórico, nos quais destituiu diretorias para impedir investigação de rachadinhas e atraso em obra do Véio da Havan.

O estadista que viajou à Rússia para brincar de pacificador sabe que nada pode contra a Petrobras, porque a empresa tem dono: seus acionistas, entre eles poderosos investidores dos EUA; sem contar que as ações da empresa, negociadas na Bolsa de Nova Iorque, perderiam valor de mercado se a Petrobras não tivesse lucro. Para azar seu Bolsonaro não pode sequer tirar uma lasquinha da petroleira, como faziam os petistas.

Nosso comunista de direita combate os aumentos apenas para acenar a seus abduzidos com cérebros de camarão, aos quais as mentiras do chefe bastam para acalmar o espírito. Jair Bolsonaro não pode sequer peitar o diretor presidente da Petrobras, o general que fez a cabeça do general que peitou o Supremo para melar a candidatura de Lula. O general é tão forte que sobe sempre mais, da Itaipu para a Petrobras.

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