O veto do MDB ao PP na Caixa

PT e MDB se uniram contra a ida do PP para o comando da Caixa Econômica Federal, como querem Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PI), presidente do partido.

Liderado por Renan Calheiros (MDB-AL), mas não apenas, o grupo está certo de que pode convencer o presidente Lula de que entregar o banco público a novos aliados será não apenas um desprestígio para com os aliados de primeira hora, como atrapalhará o próprio governo.

A Caixa é considerada estratégica. O banco é responsável por financiar políticas públicas das mais diversas, desde projetos de infraestrutura até a habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida. É um poder que muitos aliados antigos não têm.

Outro ponto é que o banco atua muito próximo dos ministérios das Cidades e dos Transportes, ocupados pelo MDB. A avaliação é que, se o banco for para o PP de Arthur Lira, vai haver ruído no andamento das políticas públicas. Tradução: o PP de Lira sabotaria os ministérios, um deles ocupado pelo filho de Renan.

Renan Calheiros e Lira são adversários figadais em Alagoas. E, com o argumento, os petistas do Senado levaram a preocupação ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e pretendem levar também a Lula.

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MON promove encontro para educadores na obra de Delson Uchôa

© Kraw Penas

A edição de julho do programa MON na Escola, realizado pelo Museu Oscar Niemeyer, será no dia 26, com sessões às 9h30 e às 14h. A atividade é voltada para estudantes, professores do ensino público e privado e profissionais de mediação cultural.

O tema deste mês será a exposição “Pintura Vingada”, do artista contemporâneo Delson Uchôa, em cartaz na Sala 1. Haverá uma visita mediada na mostra e, em seguida, uma oficina.

A exposição

Com curadoria de Moacir dos Anjos e curadoria-adjunta de Steve Coimbra, “Pintura Vingada” conta com obras que transitam por todo o processo criativo do artista.

Seu trabalho reúne pinturas e objetos de arte com escalas elevadas e variados suportes, como tecido, couro, resina, borracha e lona. A exposição ainda inclui fotografias de autoria do artista.

Segundo o curador Moacir dos Anjos, a pintura de Delson Uchôa é matéria viva, uma experiência que transforma o olhar. “Suas pinturas são clarões: primeiro cegam e só depois iluminam. Em todas, há uma cor quente que domina o espaço pintado – quase sempre de grandes dimensões – e seu entorno próximo, provocando o estímulo alongado da retina”, diz.

Integrante da “Geração 80”, Uchôa reúne na mostra um pouco de sua extensa trajetória, que inclui passagens nas bienais de Veneza, São Paulo, Havana e Cairo. Suas obras também integram coleções de instituições diversas, confirmando a importância de seu trabalho.

O programa MON na Escola é direcionado a professores do ensino público e privado, alunos de licenciatura e outros profissionais da área de mediação cultural. Os encontros são mensais e gratuitos, com emissão de declaração de participação. É necessário realizar inscrição prévia.

SOBRE O MON 

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço: MON na Escola|Sobre a exposição “Pintura Vingada”|26 de julho|Sessão 1: 9h30 às 11h30|Sessão 2: 14h às 16h|Espaço de Oficinas

Link para inscrição:  bit.ly/MONnaEscolaProfessoresJulho

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O rio

O rio é uma correnteza que começa mínima num local chamado nascente, onde haja um manancial. No início, por haver menos resíduos nas redondezas da fonte, ele segue como um córrego, carregando as poucas impurezas que encontra, largadas ocasionalmente por gente que sobe até onde ele nasce. Depois, à medida que vai descendo, recebe mais porcarias e restos e sobras das pessoas que vivem junto ao seu curso. Aí, com um volume maior de coisas atiradas nele, vira riacho. Continua a descida, atravessa vilarejos, se aproxima das cidades.

Aqui e ali, tenta uma corredeira mas é sempre alcançado pela sujeira. Então circunda instalações industriais, que despejam nele grande fluxo de detritos. Assim, em seu trajeto de dejetos, avança manso e triste, já é um rio pleno de nojeiras borbulhantes, com seus afluentes de detergentes. Mais adiante, já largo e coalhado de insalubridades, passa a ser abastecido por correntes contínuas de esgoto vindas de todos os lados. Corrosivo, rasga lentamente a crosta de podridão para seguir rumo ao estuário. Na foz, cercado de monturos fedorentos e pestilentos, tenta vencer as últimas barreiras insalubres, na ânsia de encontrar o alívio final, para o qual correm todos os rios. Sem forças nem para marolas, deságua suas toneladas de sacos plásticos num infinito depósito de imundícies. O rio chegou, enfim, ao maior lixão do planeta: o mar.

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Assim caminha a humanidade

Ariosto Mastruço – Em 1950, ao sair do Maracanã em prantos, Ariosto Mastruço inventou a expressão “a rosa no cume nasce”, como higiene mental para homens de negócios obscuros e divertimentos para pelancudas que recebem convidados para jantares americanos.

A expressão foi rapidamente assimilada pela população e atualmente, embora um pouco distorcida, a máxima de Mastruço ainda é pronunciada em coquetéis, feijoadas, churrascos e chás de panela. Como se vê, a rosa continua no cume nascendo.

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Bélico não é belo

O governador do Paraná dobra a aposta e amplia os colégios cívico-militares. Ganha uma paçoquinha quem decifrar se ele quer mostrar que os militares são cívicos, que os civis tornam-se cívicos quando militarizados, ou, o que é trágico, que os militares são mais cidadãos que os civis, sem guerras para comprovar o axioma. Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina – onde os recém nascidos vêm da maternidade com cueiros da Wehrmacht – ainda reeditam as forças armadas estaduais da primeira república, que tinham generais e até força aérea.

A ditadura do Estado Novo cortou o barato autonomista e bélico desse pessoal, que agora cria a juventude bélica.

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Registro

Scarlet Rivera e Bob Dylan, backstage.  © Ken Rega

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Jean Wyllys destoa do governo

Uma das promessas de Lula era de acabar com o ódio promovido por seu antecessor

O ex-deputado Jean Wyllys destoa do novo governo, ignora o zeitgeist atual. Sua atitude bélica e histriônica contra o governador do Rio Grande do Sul é datada, ficou em 2022, junto com arruaceiros que hostilizam ministros em aeroportos. A vitória de Lula, amparada por um espectro político plural, foi um sinal importante de que os verdadeiros democratas entenderam que o tempo é de diálogo.

Wyllys prefere o caminho do antagonismo agressivo, comportamento típico de radicais, observado numa parte embolorada da esquerda e abraçado com louvor pelo bolsonarismo. Segue o modelo de gente odiosa, como o deputado Nikolas Ferreira, que ataca e esperneia, incapaz de se relacionar com adversários políticos.

A eleição de 2022 não foi apenas uma resposta pela democracia, mas também pela civilidade contra a barbárie que havia ocupado o poder. Metade do país não aguentava mais um presidente boquirroto, ministros encrenqueiros, apoiadores selvagens. Uma das promessas de Lula era de acabar com o ódio promovido por seu antecessor.

Fez isso na composição de chapa com antigos oponentes, na formação do governo com partidos variados. Um exemplo dessa diplomacia foi a visita ao Palácio Piratini, quando ele e Janja foram recebidos para um almoço por Eduardo Leite e seu namorado, Thalis Bolzan.

O primeiro ato de Jean Wyllys, depois do anúncio de sua nomeação para sabe-se lá o quê, na Secom, foi atacar Leite. O acusa de homofobia por manter as escolas cívico-militares, dando uma declaração homofóbica ao relacionar uma decisão política a “fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”.

Há inúmeros argumentos para rebater a decisão de Leite e a de outros quase 20 governadores que foram poupados por Wyllys. Nenhum que faça menção a orientação sexual.

Lula tem dado o tom de calmaria que tomou conta do país e da política, resta saber se o seu entorno está liberado para desafinar.

Publicado em Mariliz Pereira Jorge - Folha de São Paulo | Com a tag , | Deixar um comentário
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1919

© Albert Arthur Allen

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Que país foi este?

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Xixi juntas?

xixi-juntas © Glória Flüggel

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Vem com a gente!

E já que estamos fazendo propaganda do nosso trabalho, olha que linda essa camiseta nova do Plural/Leminski. Tem todos os tamanhos, cores, modelos e sabores aqui.

Se tem uma coisa que orgulha a gente é fazer um jornal gratuito. Não adiantaria nada ter um monte de informação bacana trancada a sete chaves, principalmente quando a mentirada anda solta pelo mundo. Por isso o Plural sempre vai receber todo mundo de braços abertos, sem cobrar nada.

Mas como a gente sobrevive? É que tem um montão de gente que entende a necessidade de ter um jornal independente em Curitiba. Um jornal que não receba verba de prefeitura nem de governo, que fale o que precisa ser dito. Um jornal que fale de educação, saúde e cultura do jeito que a galera precisa. E esse pessoal topa dar um troco todo mês para o Plural. Lindo né?

Pra convencer você a fazer parte desse movimento, a gente fez um bem bolado com a Arte & Letra, a editora mais bacanizada da cidade. Você assina o Plural e ganha livros deles. Se assinar por seis meses, por exemplo, ganha logo dois. E se assinar por um ano ganha três livros, um original do Benett e um cafuné virtual do redator destas mal-traçadas.

Vem com a gente! Clica aqui.

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Mural da História – 2021

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Tempo – Poluicéia Desvairada!

Promotoras descansando entre uma abordagem e outra na Oscar Freire, em algum lugar do passado. © Lee Swain

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Tempo

pecê lopes joyce vieiraPecê Lopes, jornalista, Teresina, Piauí, em algum lugar do passado. © Joyce Vieira

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Redemption Song

Bob Marley – Tradução de Ivan Justen Santana

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