O que há para ouvir

Rádio Galena (cadeia de montanhas junto à costa) – Empresa particular, operando em OM, FM, bula de remédio e Mercedes Benz. Programação totalmente gravada, 32 horas diárias de bom humor e malícia, facécias, pilhérias e chistes. As chalaças cheiram a chamusco, alusões irônicas a todo instante, piadas picantes e situações macabras que fariam corar o Marquês de Sade.

Recomendável para quem operou amígdala recentemente. Música de Les Luthiers, composições de Johann Sebastian Mastropiero. Os locutores são todos mancos, não sabem crasear e estão com o pagamento atrasado há 36 meses. Entre quatro e cinco da tarde a emissora faz um minuto de barulho pela morte da poesia.

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Inesquecível

Lina Wertmüller – 14 de agosto de 1928 |9 de dezembro de 2021| Roma, Itália

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Castigat ridendo mores

Mauro Zanatta. © Maringas Maciel

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Tempo

Zé Beto, vulgo Roberto José da Silva, quando tinha cabelo, barba e exercia a função de repórter da revista Placar. © Foto de Misquici.

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De Israel para o Brasil — o alívio de ter os meus de volta

Foi a primeira vez que vi meus sogros juntando algumas roupas numa mochila para vir embora sem saber se um dia voltarão

“O único problema da viagem foi que eles não paravam de nos dar comida”, disse meu sogro, com o habitual bom humor, no alto de seus 88 anos, depois de uma viagem de 36 horas entre Tel Aviv e São Paulo, com escala no Recife. Ele e minha sogra, 83, estão entre os 494 brasileiros que o governo repatriou até o final da manhã desta sexta (13).

Chorei de alívio ao ver as imagens na TV dos dois descendo do avião da Força Aérea, com o auxílio dos militares que participaram da missão. Havia a bordo ajuda psicológica e todo aparato para atender os que estavam de passagem por Israel e alguns que, como eles, abandonaram parte de sua vida e de seus amigos.

Israel foi o refúgio da minha sogra quando, aos 16 anos, fugiu de injustiças sistemáticas, de perseguições e de detenções arbitradas pelo governo do Egito contra judeus-egípcios. O Brasil foi o destino de seu irmão, que mais tarde trouxe a família toda para viver por aqui.

Agora, Paula e Bernardo estão em casa. Depois de terem os voos comerciais remarcados e cancelados, contataram a embaixada em Israel e entraram na lista com mais 2.700 cidadãos, que devem continuar a retornar nas próximas semanas. Um esforço admirável do governo brasileiro, que prontamente se organizou para que todos voltem em segurança. Negociação mais difícil por aqueles que estão na Faixa de Gaza. Torço para que consigam escapar daquela região e dos horrores de uma guerra que sempre faz de inocentes as maiores vítimas, pessoas que querem apenas viver em paz. Dos dois lados.

Não foi a primeira vez, em mais de 10 anos de convívio, que acompanhei com aflição a rotina de misseis no céu de Israel e as idas e vindas dos meus sogros para bunkers no meio da noite. Mas foi a primeira vez que os vi juntando algumas roupas numa mochila para vir embora sem saber se um dia voltarão. Embarcaram num avião devido à gravidade inédita da situação, às imagens de horror, ao acordar num país em guerra.

Foi também a primeira vez que senti o antissemitismo tão explícito e generalizado. Qualquer declaração de solidariedade em relação aos brutais assassinatos no sábado da manhã de 7 de outubro foi cobrada imediatamente com uma conjunção adversativa. Bandeiras, muitas justas, sim, foram levantadas quando vítimas ainda eram fuziladas. Não é só uma questão de timing, é pura desumanidade de quem cobra humanidade dos outros. O ódio brutal que cega e não os deixa ver que muitos judeus de todas as nacionalidades querem para si e para palestinos o mesmo: viver com dignidade.

Judeus de todas as nacionalidades tiveram o direito à dor negado porque, afinal, os palestinos sofrem há décadas. Judeus de todas as nacionalidades são culpados pela política de Netanyahu. Judeus de todas as nacionalidades têm que chorar em silêncio pelos seus que foram mortos, estuprados, carbonizados, decepados porque fizeram por merecer. Não é mera retórica. As redes sociais estão cheias de declarações assim. Na foto de uma brasileira morta li o comentário de outra mulher que dizia “já vai tarde”. É a politização da barbárie. A naturalização do horror. Na cabeça de muita gente, para demonstrar empatia a uns é preciso demonizar outros. O ser humano será engolido por ele mesmo.

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Todo dia é dia

palíndromo-doisThiago E é poeta, músico e faz parte do grupo Validuaté e Poesia Tarja Preta.

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Elas

sára-saudková© Sára Saudková

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Todo dia é dia

antena_da_roça-555

eu não quero sangue azul
quero vermelho
vermelho do sangue
de todos os sangues
sangue do meu sangue
sangue do meu suíngue

Solda

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O Messias

Letargia (do latim lethargia: lethe — esquecimento e argia — inação) é a perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento por causa fisiológica, ainda não identificada, levando o indivíduo a um estado mórbido em que as funções vitais estão atenuadas de tal forma que parece estarem suspensas.

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Mural da História – 2010

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Mural da História

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Cinema

Os fuzis – Direção de Rui Guerra, 1965 – Copacabana Filmes. Átila Iório, Ivan Cândido, Nelson Xavier, Paulo Cesar  Pereio, Maria Gladys, Hugo Carvana, Joel Barcelos, Mauricio Loyola e Leonides Bayer. Cartaz de Ziraldo

Ano de 1963, policiais chegam a uma cidade pobre do Nordeste brasileiro para impedir que a população saqueie um depósito de alimentos. Em meio a um cenário desolador, os policiais ficam chocados com a negligência do governo que, ao invés de mandar alimentos para os moradores famintos, manda soldados.

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Beco

Roberto Prado (1957) – Roberto Prado, com suas palavras, sua poesia, feito um artesão de apurado gosto, no uso de sons e de seus sentidos, persegue a linguagem para decantar, destilar a língua, chegando a possuir até mesmo as letras que o silêncio tem. (José Arrabal)

Dezenas de autores, todos já falecidos, não demonstraram interesse em participar da Academia Paranaense de Letras, por diversos motivos: porque achavam que a entidade não os representava (por motivos estéticos, ideológicos ou por diferenças pessoais com acadêmicos), por proibição estatutária (caso da presença feminina), por viver longe do Paraná, por timidez do escritor ou por desinteresse da própria Academia em estimular possíveis candidaturas. Sem esquecer que o limite de 40 membros sempre se mostrou um permanente limitador. Entre esses, selecionamos dezenas de nomes que fizeram parte da vida científica e cultural do Paraná, sem passar pela nossa instituição. Exceto Júlia Wanderley, autora de artigos e textos diversos, mas sem obra em volume, os demais tiveram livros publicados. Outros nomes podem ser sugeridos.

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Fraga

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